Dispositivo de racialidade e desenvolvimento curricular: reflexões autoetnográficas de uma professora de matemática inserida no contexto da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
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Data
Orientador
Peralta, Deise Aparecida 

Coorientador
Pós-graduação
Educação para a Ciência - FC
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A presente investigação vincula-se ao Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, desenvolvida no Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Avançadas em Currículo (Nipac). O estudo emerge das reflexões de uma mulher que, aos quarenta anos, se reconheceu como mulher negra e, a partir dessa descoberta, passou a (re)significar seus propósitos profissionais na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O objetivo deste estudo é construir uma autoetnografia, capaz de lançar visibilidade às minhas experiências e à defesa do desenvolvimento curricular pautado na educação para as relações étnico-raciais no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac). A análise percorre a perspectiva do Feminismo Negro, considerando as conexões entre a Educação Matemática e a diversidade de pessoas e culturas. A metodologia adotada fundamenta-se na autoetnografia, compreendida como o entrelaçamento de análises “etno” de experiências cotidianas no Ifac e de documentos. Esse processo tem como pano de fundo o aprofundamento teórico sobre possibilidades de Desenvolvimento Curricular de Matemática para as Relações Étnico-Raciais, com base na compreensão do Dispositivo de Racialidade, de Sueli Carneiro. Além disso, acompanha os processos de subjetificação e (auto)(trans)formação vivenciados ao longo do meu doutoramento. A constituição dos dados envolveu narrativas autoetnográficas, análises bibliográficas e análises documentais. Quanto aos resultados e à contribuição da pesquisa, evidenciamos a possibilidade de articulação entre a crítica ao dispositivo de racialidade que oprimem principalmente a mulher negra e a postura transgressora como proposta ao desenvolvimento curricular, viável e necessário para uma Educação Matemática Antirracista.
Resumo (inglês)
This research is linked to the Graduate Program in Science Education at the Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, developed at the Interdisciplinary Center for Advanced Research in Curriculum (NIPAC). The study emerges from the reflections of a woman who, at the age of forty, recognized herself as a black woman and, from this discovery, began to re-signify her professional goals in the Federal Network of Professional, Scientific and Technological Education. The objective of this study is to construct an autoethnography, capable of shedding visibility on my experiences and the defense of curricular development based on education for ethnic-racial relations at the Federal Institute of Education, Science and Technology of Acre (Ifac). The analysis covers the perspective of Black Feminism, considering the connections between Mathematics Education and the diversity of people and cultures. The methodology adopted is based on autoethnography, understood as the interweaving of “ethno” analyses of everyday experiences at Ifac and documents. This process has as its backdrop the theoretical deepening on possibilities of Mathematics Curricular Development for Ethnic-Racial Relations, based on the understanding of Sueli Carneiro's Raciality Device. In addition, it accompanies the processes of subjectification and (self)(trans)formation experienced throughout my doctorate. The constitution of the data involved autoethnographic narratives, bibliographic analyses and documentary analyses. Regarding the results and contribution of the research, we highlighted the possibility of articulation between the critique of the raciality device that mainly oppresses black women and the transgressive stance as a proposal for curricular development is viable and necessary for an Anti-Racist Mathematics Education.
Resumo (espanhol)
Esta investigación está vinculada al Programa de Posgrado en Educación en Ciencias de la Universidad Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, desarrollado en el Centro Interdisciplinario de Investigación Avanzada en Currículo (NIPAC). El estudio surge de las reflexiones de una mujer que, a los cuarenta años, se reconoció como mujer negra y, a partir de ese descubrimiento, comenzó a redefinir sus propósitos profesionales en la Red Federal de Educación Profesional, Científica y Tecnológica. El objetivo de este estudio es construir una autoetnografía, capaz de visibilizar mis experiencias y la defensa del desarrollo curricular basado en la educación para las relaciones étnico-raciales en el Instituto Federal de Educación, Ciencia y Tecnología de Acre (Ifac). El análisis abarca la perspectiva del Feminismo Negro, considerando las conexiones entre la Educación Matemática y la diversidad de personas y culturas. La metodología adoptada se basa en la autoetnografía, entendida como el entrelazamiento de análisis “etno” de experiencias cotidianas en el Ifac y documentos. Este proceso tiene como telón de fondo la profundización teórica de las posibilidades de Desarrollo Curricular de Matemáticas para las Relaciones Étnico-Raciales, a partir de la comprensión del Dispositivo de Racialidad de Sueli Carneiro. Además, acompaña los procesos de subjetivación y (auto)trans)formación vividos a lo largo de mi doctorado. La recolección de datos involucró narrativas autoetnográficas, análisis bibliográficos y análisis documentales. En cuanto a los resultados y aportes de la investigación, destacamos la posibilidad de articulación entre la crítica al dispositivo de racialidad que oprime principalmente a las mujeres negras y el posicionamiento transgresor como propuesta de desarrollo curricular, viable y necesaria para una Educación Matemática Antirracista.
Descrição
Palavras-chave
Currículo, Dispositivo de racialidade, Feminismo negro, Identidade, Educação profissional, Curricular development, Raciality device, Black feminism, Identity, Professional education
Idioma
Português
Citação
Castro, Josicléia Ribeiro de Castro. Dispositivo de racialidade e desenvolvimento curricular: reflexões autoetnográficas de uma professora de matemática inserida no contexto da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. 2025. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência) – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru, 2025.