Publicação: A medicalização do TDAH em crianças e adolescentes durante a pandemia de COVID-19.
Carregando...
Arquivos
Data
Autores
Orientador
Rondina, Regina de Cássia 

Coorientador
Pós-graduação
Ensino e Processos Formativos - FCAV/FEIS/IBILCE
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é definido como uma síndrome neurocomportamental, influenciada parcialmente por fatores de natureza genética e neurobiológica. Inicia durante a infância e se caracteriza por sintomas de desatenção inconsistentes com o nível de desenvolvimento, além de características como hiperatividade e impulsividade. A relação direta entre o aumento no número de diagnósticos do TDAH no país e o crescimento da medicalização de crianças e adolescentes em fase escolar vêm sendo intensamente relatados nas últimas décadas. Estudos recentes sinalizam que o isolamento social e as restrições de mobilidade adotados durante os primeiros meses da pandemia de COVID-19 afetaram negativamente a saúde mental de pacientes diagnosticados com TDAH; bem como os índices de prescrição e consumo de medicamentos para o tratamento deste transtorno. No Brasil, ainda há relativamente poucos estudos que quantifiquem e analisem o impacto da pandemia de COVID-19 nos pacientes com TDAH. Partindo-se, portanto, desta relativa escassez de estudos de cunho quantitativo e a devida importância do tema; faz-se o questionamento: A pandemia de COVID-19 pode ter repercutido na medicalização de crianças e adolescentes diagnosticadas com TDAH? Considerando-se fundamental a elaboração de novas pesquisas nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 na medicalização de crianças e adolescentes diagnosticadas com TDAH no Brasil. Para tal, realizamos primeiramente uma pesquisa bibliográfica nas bases científicas PubMed, Google Scholar, BVS e Web of Science utilizando-se os descritos “TDAH”, “Medicalização”, “Crianças” e “Adolescentes” e, posteriormente, uma pesquisa documental de dados relativos à medicalização do TDAH no Brasil no período de dois anos antes e dois anos após início da pandemia de COVID-19. Todos os dados foram devidamente selecionados, sistematizados em tabelas e/ou gráficos e analisados estatisticamente. Foi possível concluir que as medidas de restrição de mobilidade e isolamento social utilizadas nos primeiros meses da pandemia impactaram os índices de medicalização de crianças e adolescentes com TDAH. Com este estudo esperamos contribuir para com a ampla discussão acerta da relação da pandemia de COVID-19 e a medicalização de crianças e adolescentes diagnosticados com TDAH.
Resumo (inglês)
Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is defined as a neurobehavioral syndrome, partially influenced by genetic and neurobiological factors. It begins during childhood and is characterized by symptoms of inattention inconsistent with the level of development, as well as characteristics such as hyperactivity and impulsivity. The direct relationship between the increase in the number of ADHD diagnoses in the country and the growth in the medicalization of children and adolescents at school has been intensely reported in recent decades. Recent studies indicate that social isolation and mobility restrictions implemented during the first months of the COVID-19 pandemic negatively affected the mental health of patients diagnosed with ADHD; as well as the rates of prescription and consumption of medications for the treatment of this disorder. In Brazil, there are still relatively few studies that quantify and analyze the impact of the COVID-19 pandemic on patients with ADHD. Based on this relative scarcity of quantitative studies and the due importance of the topic; The question is: Could the COVID-19 pandemic have had an impact on the medicalization of children and adolescents diagnosed with ADHD? Considering that the development of new research in this sense is essential, the present work aims to evaluate the impact of the COVID-19 pandemic on the medicalization of children and adolescents diagnosed with ADHD in Brazil. To this end, we first carried out a bibliographical search in the scientific databases PubMed, Google Scholar, BVS and Web of Science using the descriptions “ADHD”, “Medicalization”, “Children” and “Adolescents” and, subsequently, a documentary data search relating to the medicalization of ADHD in Brazil in the period two years before and two years after the start of the COVID-19 pandemic. All data were properly selected, systematized in tables and/or graphs and statistically analyzed. It was possible to conclude that the mobility restriction and social isolation measures used in the first months of the pandemic impacted the medicalization rates of children and adolescents with ADHD. With this study we hope to contribute to the broad discussion of the relationship between the COVID-19 pandemic and the medicalization of children and adolescents diagnosed with ADHD.
Descrição
Palavras-chave
Medicalização, TDAH, Criança, Adolescente, Medicalization, Attention deficit hyperactivity disorder, Child, Adolescent
Idioma
Português
Como citar
ARAUJO, João Leopoldo Oliveira. A medicalização do TDAH em crianças e adolescentes durante a pandemia de COVID-19.. 2024. Dissertação (Mestrado em Ensino e Processos Formativos) – Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas (Ibilce), São José do Rio Preto, 2024.