Publicação: Avaliação da tolerância à glicose durante o período de lactação e pós-desmame no modelo experimental de diabete gestacional
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Autores
Orientador
Kiss, Ana Carolina Inhasz 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ciências Biomédicas - IBB
Título da Revista
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma desordem metabólica que pode levar a uma série de complicações a curto e longo prazo para a mãe e seus descendentes. Uma das formas de diagnóstico do DMG é o teste de tolerância oral à glicose (TTOG). Apesar de diversos estudos indicarem um risco aumentado para o desenvolvimento de DM2 e, também, para recorrência de DMG em gestações subsequentes, gestantes diagnosticadas com DMG geralmente não passam por um acompanhamento da glicemia no período pós-parto. Para melhor compreensão dos mecanismos fisiopatológicos pelos quais o DMG afeta o organismo materno, diversos modelos experimentais foram desenvolvidos. Relatos na literatura sobre como a glicemia materna evolui no período pós-parto são escassos. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar a tolerância à glicose durante o período de lactação e pós-desmame no modelo experimental de diabete gestacional. Para avaliar o perfil glicêmico dos animais foi empregado um teste de tolerância oral à glicose (TTOG) em diferentes momentos. Primeiramente foi realizado o TTOG para obtenção de uma medida basal no dia pós-natal (DPN) 75. Em seguida, o TTOG foi realizado durante a prenhez (dia de prenhez (DP) 15), repetido na lactação (DPN 5 e DPN 14) e 4 dias após o desmame da ninhada (DPN 25) para avaliar o metabolismo da glicose nesses diferentes períodos. A hiperglicemia moderada foi induzida no DP 7 através da administração de streptozotocina (STZ). Parte das ratas prenhes (Grupo STZ, n=15) receberam injeção intraperitoneal de STZ, diluído em tampão citrato, enquanto que as demais fêmeas (Grupo Controle, n=9) receberam somente tampão citrato. Houve um efeito significativo de período, mostrando que a tolerância à glicose variou de acordo com o período reprodutivo. No entanto, não foi observada interação do metabolismo com o período reprodutivo, demonstrando que, apesar de os animais apresentarem diferenças nesses parâmetros, não há interação entre eles, ou seja, as curvas glicêmicas se comportam de maneira semelhante apesar das ratas hiperglicêmicas apresentarem intolerância à glicose. Como conclusão, ocorreu uma mudança no perfil glicêmico dos animais no período pós-parto quando comparado ao período de prenhez. No entanto, apesar das ratas com diabete gestacional apresentarem intolerância à glicose, o comportamento das curvas glicêmicas foi semelhante em ambos os grupos nos diferentes períodos.
Resumo (inglês)
Gestational diabetes mellitus (GDM) is a metabolic disorder that leads to a series of short- and long-term consequences to the mother and their offspring. GDM diagnosis can be done through the oral glucose tolerance test (OGTT). Although several studies indicate an increased risk of developing DM2 and also of recurrent GDM in subsequent pregnancies, pregnant women diagnosed with GDM generally do not undergo blood glucose monitoring in the postpartum period. To better understand the pathophysiological mechanisms by which GDM affects the maternal organism, several experimental models have been developed. However, reports on how maternal glycemia evolves during the postpartum period are scarce. Thus, the aim of the present study was to evaluate glucose tolerance during lactation and post-weaning in an experimental model of gestational diabetes in rats. To evaluate the glycemic profile of those animals, an OGTT was performed at different time points. First, the OGTT was performed to obtain a baseline measurement on the postnatal day (PND) 75, before mating. Then, the OGTT was performed during pregnancy (pregnancy day (PD) 15), repeated during lactation (PND 5 and 14) and 4 days after litter weaning (PND 25), to assess glucose metabolism in these different reproductive stages. Moderate hyperglycemia was induced on PD 7 by streptozotocin (STZ) administration. A subset of pregnant rats (STZ Group, n=15) received an intraperitoneal injection of STZ (35 mg/kg), diluted in citrate buffer, while the other females (Control Group, n=9) received only the citrate buffer. There was a significant reproductive stage effect, in which glucose tolerance varied across pregnancy and lactation. However, there was no interaction of glucose metabolism with the reproductive stage, demonstrating that, although females show differences in glucose tolerance during pregnancy and lactation, the glycemic curves behave similarly in the same reproductive stages, in spite of hyperglycemic rats showing glucose intolerance when compared to Control females. In conclusion, the glycemic profile of the rats in the postpartum period changes when compared to pregnancy, however those changes happen in hyperglycemic and normoglycemic females similarly.
Descrição
Palavras-chave
Diabete, Tolerância à glicose, Prenhez, Lactação, Roedores
Idioma
Português