Influência de soluções desinfetantes convencionais e fitoterápicas sobre a dureza SHORE A de um silicone facial submetido ou não ao envelhecimento acelerado

Abstract

The association between infections and prostheses wearers is commonly observed by dentists mainly in situations of deficient hygienic care. Protocols for conventional disinfections may not be effective and also affect the properties of biomaterials. Thus, phytotherapy has been proposed to be a scientific relevant alternative. The objective of this study was to evaluate the influence with conventional solutions (water, neutral soap and 4% chlorhexidine), and plant extracts (Cymbopogon nardus and Hydrastis canadensis) during 30 days of disinfection on the SHORE A hardness of MDX4-4210 silicone before and after accelerated aging. Two hundred discs were fabricated using two shades of pigments and an opacifier distributed in four groups (colorless, colorless with opacifier, medium pigment with opacifier and black pigment with opacifier). The opacifier significantly increased the silicone hardness. However, medium shade pigments promoted an opposite effect. The colorless group was not influenced by the chemical disinfection and aging. For the colorless with opacifier group, Hydrastis canadensis and the disinfection with water and neutral soap promoted a significant reduction in the hardness of the silicone compared to baseline. The group with black pigment and opacifier showed significant reduction in hardness after disinfection with water and neutral soap. The different methods of disinfection did not promoted significant difference only for the medium shade group. Although MDX4-4210 silicone had its SHORE A hardness affected by opacifiers, pigments and disinfecting solutions, the mean values of all groups were within the range of hardness considered desirable for facial prostheses

A associação entre infecções e pacientes usuários de próteses é fato observado pelos protesistas, especialmente quando a higienização é deficitária. A utilização de protocolos de desinfecção convencionais mostra que o processo nem sempre é efetivo, podendo inclusive alterar as propriedades do material. Assim, a fitoterapia passa a ter relevância científica. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de soluções desinfetantes convencionais (água e sabão neutro e clorexidina a 4%) e extratos de plantas (Cymbopogon nardus e Hydrastis canadensis) durante 30 dias, sobre a dureza de um silicone para prótese facial analisado em durômetro digital, antes e após envelhecimento acelerado. Foram confeccionadas 200 amostras utilizando-se duas tonalidades de pigmentos e um opacificador, obtendo-se quatro grupos (incolor, incolor com opacificador, pigmento médio com opacificador e pigmento preto com opacificador). Quando os grupos foram comparados entre si, notou-se que o opacificador teve influência estatisticamente significativa no aumento da dureza, entretanto o uso do pigmento de tonalidade média promoveu um efeito contrário. O grupo incolor não sofreu influência da desinfecção química e do envelhecimento. Para o grupo incolor com opacificador, o Hydrastis canadensis e a lavagem com água e sabão promoveram uma redução estatisticamente significativa na dureza do material em relação ao período inicial. O grupo com pigmento preto e opacificador sofreu influência estatisticamente significativa da lavagem com água e sabão, diminuindo a dureza do material. Os diferentes métodos de desinfecção apenas não promoveram diferença estatisticamente significativa para o grupo de tonalidade média. Concluiu-se que apesar do silicone MDX4-4210 ter sofrido alterações na sua dureza SHORE A em função do...