Relação entre vias alternativas de alimentação, dietas enterais e deficiência de ferro e cobre

Abstract

Introdução: A terapia nutricional enteral pode ser realizada por meio de dietas enterais industrializadas (DEI) ou dietas enterais artesanais (DEA). Essas dietas podem ser administradas por diferentes vias alternativas de alimentação (VAA). Esse conjunto de dieta e VAA pode resultar em deficiências nutricionais relacionadas ao ferro e cobre. A dieta pode ser deficiente desses micronutrientes, e a escolha da VAA pode influenciar o metabolismo e a absorção desses nutrientes. Objetivo: Verificar a frequência de deficiência de ferro e/ou cobre em pacientes em uso de via alternativa de alimentação, acompanhados no ambulatório de terapia nutricional e disfagia do HCFMB, e se o uso de diferentes tipos de dietas enterais e vias alternativas de alimentação afetam o estado nutricional desses micronutrientes. Métodos: Foi realizada a coleta de dados gerais, antropométricos, informações sobre o tipo de dieta, sua composição e administração, tipo de VAA, exames bioquímicos e hematológicos, além do perfil de ferro e cobre, a partir dos prontuários dos pacientes acompanhados no ambulatório de terapia nutricional e disfagia do HCFMB. Os participantes foram divididos em 4 grupos para comparações. As variáveis descritivas foram expressas em média, desvio padrão, mediana e quartis (Q1 e Q3), e as variáveis categóricas em número e porcentagem. Para a comparação dos grupos, utilizou-se o teste ANOVA para variáveis contínuas e o teste de χ² para as análises de proporções. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram incluídos no estudo 109 pacientes, dos quais 37 apresentaram deficiência de ferro e 6 pacientes com deficiência de cobre. Na comparação entre os grupos, foram identificadas diferenças estatísticas significativas em relação à idade, histórico de diabetes, ingestão de cobre abaixo dos valores recomendados pelo EAR, concentrações de VCM, HCM, RDW, cobre sérico, PCR, ureia, creatinina e gama GT, além das frequências de hipocromia e microcitose. Conclusão: Concluímos que existe deficiência de ferro e cobre em pacientes em uso de VAA. No entanto, não encontramos associação entre o tipo de via de alimentação e as dietas enterais com a deficiência de ferro e/ou cobre. Contudo, não podemos descartar a possibilidade de que esses fatores possam influenciar o estado nutricional desses micronutrientes

Introduction: Enteral nutritional therapy can be performed through industrialized enteral diets (DEI) or artisanal enteral diets (DEA). These diets can be administered through different alternative feeding routes (VAA). This combination of diet and VAA can result in nutritional deficiencies related to iron and copper. The diet may be deficient in these micronutrients, and the choice of VAA can influence the metabolism and absorption of these nutrients. Objective: To verify the frequency of iron and/or copper deficiency in patients using alternative feeding routes, followed at the nutritional therapy and dysphagia outpatient clinic of HCFMB, and whether the use of different types of enteral diets and alternative feeding routes affect the nutritional status of these micronutrients. Methods: General and anthropometric data, information on the type of diet, its composition and administration, type of VAA, biochemical and hematological tests, in addition to the iron and copper profile, were collected from the medical records of patients followed at the nutritional therapy and dysphagia outpatient clinic of HCFMB. Participants were divided into 4 groups for comparison. Descriptive variables were expressed as mean, standard deviation, median, and quartiles (Q1 and Q3), and categorical variables were expressed as number and percentage. ANOVA was used to compare groups for continuous variables and the χ² test for proportion analyses. The significance level adopted was 5%. Results: A total of 109 patients were included in the study, of whom 37 had iron deficiency and 6 patients had copper deficiency. When comparing the groups, statistically significant differences were identified regarding age, history of diabetes, copper intake below the values recommended by the EAR, concentrations of VCM, HCM, RDW, serum copper, PCR, urea, creatinine, and gamma GT, in addition to the frequencies of hypochromia and microcytosis. Conclusion: We conclude that there is iron and copper deficiency in patients using VAA. However, we found no association between the type of feeding route and enteral diets with iron and/or copper deficiency. However, we cannot rule out the possibility that these factors may influence the nutritional status of these micronutrients.

Introducción: La terapia nutricional enteral puede realizarse a través de dietas enterales industrializadas (DEI) o dietas enterales artesanales (DEA). Estas dietas pueden administrarse a través de diferentes vías de alimentación alternativas (AFR). Esta combinación de dieta y VAA puede resultar en deficiencias nutricionales relacionadas con el hierro y el cobre. La dieta puede ser deficiente en estos micronutrientes y la elección de VAA puede influir en el metabolismo y la absorción de estos nutrientes. Objetivo: Verificar la frecuencia de deficiencia de hierro y/o cobre en pacientes que utilizan vías de alimentación alternativas, seguidos en la consulta externa de terapia nutricional y disfagia del HCFMB, y si el uso de diferentes tipos de dietas enterales y vías de alimentación alternativas afectan el estado nutricional. de estos micronutrientes. Métodos: Se recolectaron datos generales y antropométricos, información sobre el tipo de dieta, su composición y administración, tipo de AAV, pruebas bioquímicas y hematológicas, así como el perfil de hierro y cobre, de las historias clínicas de los pacientes seguidos en la consulta externa. . de terapia nutricional y disfagia en HCFMB. Los participantes se dividieron en cuatro grupos para realizar comparaciones. Las variables descriptivas se expresaron como media, desviación estándar, mediana y cuartiles (Q1 y Q3), y las variables categóricas como número y porcentaje. Para comparar los grupos se utilizó la prueba ANOVA para variables continuas y la prueba χ² para análisis de proporciones. El nivel de significancia adoptado fue del 5%. Resultados: Se incluyeron en el estudio un total de 109 pacientes, de los cuales 37 presentaban deficiencia de hierro y 6 pacientes deficiencia de cobre. En la comparación entre los grupos se identificaron diferencias estadísticamente significativas en relación a la edad, antecedentes de diabetes, ingesta de cobre por debajo de los valores recomendados por la EAR, concentraciones de VCM, HCM, RDW, cobre sérico, PCR, urea, creatinina y gamma GT, además de las frecuencias de hipocromía y microcitosis. Conclusión: Concluimos que existe deficiencia de hierro y cobre en pacientes usuarios de VAA. Sin embargo, no encontramos asociación entre el tipo de vía de alimentación y las dietas enterales con la deficiencia de hierro y/o cobre. Sin embargo, no podemos descartar la posibilidad de que estos factores puedan influir en el estado nutricional de estos micronutrientes.