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Efeito da suplementação de fitase e da forma física da ração na utilização da energia e produção de calor em frangos de corte

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Orientador

Sakomura, Nilva Kazue

Coorientador

Pós-graduação

Ciência Animal - FCAV

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Objetivou-se com esta tese avaliar o efeito da suplementação de fitase e da forma física da ração na utilização de energia, partição da produção de calor, digestibilidade dos nutrientes, desempenho e rendimento de carcaça de frangos de corte. Os ensaios foram realizados no Laboratório de Ciências Avícolas da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Jaboticabal, São Paulo. Para avaliar o efeito da suplementação de fitase foram realizados dois ensaios, um de desempenho, digestibilidade dos nutrientes, mineralização óssea, rendimento de carcaça e outro de metabolismo energético. No primeiro ensaio, foram avaliados dois controles negativos (CN) para 1000 e 1500FTU de fitase e a suplementação de fitase nos CN, com nove repetições de 30 aves cada, totalizando 1080 frangos de corte. Foram avaliados em quatro fases, 1-7 dias; 8-21 dias; 22-35 dias; e 36-42 dias, o desempenho das aves. Aos 21 dias foi determinado a digestibilidade do cálcio, fósforo, proteína e energia. Aos 21 e 42 dias foram avaliados o teor de cinzas, cálcio e fósforo da tíbia. Aos 23 e 41 dias foi mensurado a composição corporal, através do DEXA, e aos 43 dias, avaliado o rendimento de carcaça e cortes. Os CN apresentaram redução no consumo de ração, ganho de peso e piora na conversão alimentar, porém quando foi adicionado a fitase, em ambos os níveis houve melhora nesses parâmetros. A suplementação da fitase aumentou (P<0,05) a digestibilidade do fósforo, proteína e energia, e resultou em maior mineralização óssea das tíbias, assim como o conteúdo mineral ósseo mensurado pelo DEXA. Foi observado efeito (P<0,05) no rendimento de carcaça apenas para o grupo de 1500FTU de fitase. A suplementação de fitase melhorou o desempenho, digestibilidade e mineralização óssea de frangos de corte em dietas com redução de cálcio, fósforo e energia. No segundo ensaio, para avaliar o particionamento e utilização da energia, foram utilizados 160 frangos de corte de 11 a 20 dias. Os tratamentos consistiram em controle positivo, controle negativo (CN) com redução dos níveis nutricionais e o CN com 1000 e 2000 FTU de fitase. Foram mensurados a produção de calor total, consumo de ração e produção de excretas para o cálculo da energia metabolizável aparente (EMA) e corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn). Para o cálculo da energia líquida (EL) da dieta, e a retenção de energia no corpo, foi utilizado um valor fixo do Fasting heat production de 107kcal/kg0,75. A energia retida (ER) no corpo foi determinado em ER como proteína e gordura. Foi observado efeito (P<0,05) na ingestão de EL, ER total e ERp e ERg, o CP apresentou valores superiores ao CN e quando se adicionou os dois níveis de fitase houve um maior conteúdo de EL da dieta, e maior retenção de energia no corpo, igual ao CP. O RQ (quociente respiratório) apresentou menor valor (P<0,05) para o CN em relação aos demais tratamentos. O sistema de EL foi capaz de detectar diferenças evidenciando a melhora do aproveitamento energético de dietas suplementadas com fitase em frangos de corte. Para avaliar o efeito da forma física da ração, foi realizado um ensaio com seis tratamentos com quatro repetições de oito aves cada, para o metabolismo energético, sendo ração: farelada, peletizada, finos, peletes + finos em comedouros separados e peletes + finos misturados, e um tratamento pair feeding em pelete do tratamento farelado. Foram utilizados 192 frangos de corte de 17 a 26 dias. Os ensaios foram realizados em câmaras respirométricas para mensurar a produção de calor total, consumo de ração, produção de excretas e calculado os valores de EMA, EMAn, EL, RE e incremento calórico (IC). Foi mensurado o peso da moela, proventrículo, intestino, fígado e gordura abdominal de duas aves por parcela no final do ensaio. Para os tratamentos que receberam as dietas pelete + finos separados ou misturado foi realizado uma análise de preferência alimentar. Foi observado melhora na disponibilidade e utilização da energia das aves que receberam peletes, o que resultou em maior teor de ER, principalmente como gordura. Também apresentaram maior peso relativo de gordura abdominal, fígado, intestino e proventrículo. As aves tiveram maior preferência por pelete quando foi fornecido pelete e finos misturados do que em comedouros separados. Concomitantemente a esse ensaio, foi realizado um ensaio de desempenho em galpão com os mesmos tratamentos, exceto o pair feeding do ensaio de metabolismo. Foram utilizados 1500 frangos de corte machos de 11 a 42 dias, divididos em duas fases, 11 a 21 e 22 a 42 dias. Foram avaliados consumo de ração e peso corporal, e calculado ganho de peso e conversão alimentar. Aos 42 dias, foi avaliado rendimento de carcaça e cortes e realizado abate comparativo para determinar a deposição de proteína e gordura corporal. Foi observado maior (P<0,05) consumo de ração, ganho de peso e melhor conversão alimentar nas aves que receberam pelete. Neste ensaio, as aves que tiveram maior preferência por peletes foram as que receberam peletes e finos em comedouros separados. O rendimento de carcaça não foi afetado pelos tratamentos, e a deposição de proteína e gordura não apresentou efeito (P<0,05), porém foi observado maior conteúdo de gordura abdominal.

Resumo (inglês)

The aims of this thesis were to evaluate the effects of phytase supplementation and the physical form of feed on energy utilization, heat production partitioning, nutrient digestibility, performance, and carcass yield of broiler chickens. The trials were conducted at the Poultry Sciences Laboratory of the Faculty of Agricultural and Veterinary Sciences – UNESP, Jaboticabal Campus, São Paulo. To evaluate the effect of phytase supplementation, two trials were carried out: one for performance, nutrient digestibility, bone mineralization, and carcass yield, and another for energy metabolism. In the first trial, two negative controls (NC) were evaluated for 1000 and 1500 FTU of phytase matrix of nutrients, with and without phytase supplementation, with nine replications of 30 birds each, totaling 1,080 broiler chickens. They were evaluated in four phases: 1-7 days, 8-21 days, 22-35 days, and 36-42 days, assessing bird performance. At 21 days, the digestibility of calcium, phosphorus, protein, and energy was determined. At 21 and 42 days, the ash, calcium, and phosphorus content of the tibia were evaluated. At 23 and 41 days, body composition was measured using DEXA, and at 43 days, carcass and cuts yield were evaluated. The NC showed reduced feed intake, body weight gain, and worsened feed conversion ratio. However, phytase supplementation at both levels improved these parameters. Phytase supplementation increased (P<0.05) the digestibility of phosphorus, protein, and energy, leading to greater bone mineralization of the tibias, as well as higher bone mineral content measured by DEXA. An effect (P<0.05) on carcass yield was observed only in the 1500 FTU phytase group. Phytase supplementation improved performance, digestibility, and bone mineralization in broiler chickens on diets with reduced calcium, phosphorus, and energy. In the second trial, 160 broiler chickens aged 11 to 20 days were used to evaluate energy partitioning and use. The treatments included positive control (PC), negative control (NC) with reduced nutritional levels, and NC with 1000 and 2000 FTU of phytase. Total heat production, feed intake, and excreta production were measured to calculate apparent metabolizable energy (AME) and AME corrected by nitrogen balance (AMEn). To calculate the net energy (NE) of the diet and energy retention in the body, a fixed fasting heat production value of 107 kcal/kg0.75 was used. Retained energy (RE) in the body was determined in RE as protein and fat. An effect (P<0.05) was observed on the intake of NE, total RE, RE as protein (REp), and RE as fat (Ref). The PC presented higher values than the NC, and when phytase was added, there was a greater content of NE in the diet and greater retention of energy in the body, comparable to PC. The respiratory quotient (RQ) was lower (P<0.05) for NC compared to the other treatments. There were differences in the NE, showing improved energy utilization in diets supplemented with phytase in broiler chickens. To evaluate the effect of the physical form of the feed, a trial was conducted with six treatments, each with four replications of eight birds, for energy metabolism: mash, pellet, fines, pellets + fines in separate feeders, pellets + fines mixed, and a pair feeding treatment in pellets of the mash treatment. 192 broiler chickens aged 17 to 26 days were used. The trial was conducted in respirometric chambers to measure total heat production, feed intake, and excreta production, and to calculate the values of AME, AMEn, NE, RE, and heat increment xvi (HI). The weights of the gizzard, proventriculus, gut, liver, and abdominal fat of two birds per unit were measured at the end of the trial. For treatments that received separate or mixed pellet + fines diets, a food preference analysis was carried out. Improved energy availability and use were observed in birds that received pellets, resulting in a higher RE content, mainly as fat. They also presented greater relative weights of abdominal fat, liver, gut, and proventriculus. Birds showed a greater preference for pellets when pellets and fines were provided mixed rather than in separate feeders. Concomitantly with this trial, a performance trial was conducted in a barn with the same treatments, except for pair feeding in the metabolism trial. 1500 male broilers aged 11 to 42 days were used, divided into two phases: 11 to 21 and 22 to 42 days. Feed intake and body weight were evaluated, and body weight gain and feed conversion ratio were calculated. At 42 days, carcass and cuts yield were evaluated, and comparative slaughter was conducted to determine protein and fat deposition in the body. Greater (P<0.05) feed intake, weight gain, and better feed conversion ratio were observed in birds that received pellets. Birds showed a greater preference for pellets when pellets and fines were provided in separate feeders. Carcass yield was not affected by the treatments, and protein and fat deposition showed no significant effect (P<0.05), although a higher abdominal fat content was observed.

Descrição

Palavras-chave

Energia, Peletização, Aquicultura

Idioma

Português

Citação

LEME, B.B. - Efeito da suplementação de fitase e da forma física da ração na utilização da energia e produção de calor em frangos de corte - 2025, 91f - Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Jaboticabal, 2025.

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