Práticas integrativas e complementares: um subsistema integrado ao macrosistema de saúde brasileiro (SUS)

Abstract

Traditional, complementary and alternative medicine have gained prominence in the West, especially after the recommendation from World Health Organization (WHO) for the associated countries to offer them in order to reduce inequalities in health conditions around the world. In this context, the National Policy on Integrative and Complementary Practices is created in Brazil, which legitimates and encourages their provision in the Unified Health System of Brazil (SUS). Using a bibliographical survey and documentary research from the city of Campinas, this study intended to understand the impacts of the use of complementary and integrative therapies included in Unified Health System of Brazil (SUS) and how they are articulated to the hegemonic medical model used in this system, the biomedical one. The results evidenced a reduction in the use of anti-inflammatory drug in the city of Campinas after the adoption of alternative practices at the municipal health system and also the complementary feature of these therapeutics associated with the hegemonic model

As práticas tradicionais, complementares e alternativas em saúde tem ganhado notoriedade no Ocidente, principalmente após a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que os países associados passem a oferecê-las a fim de diminuir as desigualdades nas condições de saúde no mundo. Nesse contexto é criada no Brasil a Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares, que legitima e incentiva a oferta das mesmas no Sistema Único de Saúde (SUS). Através de levantamento bibliográfico e de pesquisa documental do município de Campinas, buscou-se nesse trabalho compreender os impactos das terapias complementares e integrativas incluídas no SUS e a forma como elas se articulam ao modelo médico hegemônico utilizado nesse sistema, biomédico. Os resultados evidenciaram a redução no consumo de medicamento anti-inflamatório no município de Campinas após a adoção de práticas alternativas na rede municipal de saúde e o caráter complementar dessas terapêuticas associadas ao modelo hegemônico