Prevalência das más oclusões em pacientes com deficiências

Abstract

Disabled patients have a high prevalence of malocclusion and the knowledge of their distribution and their particularities assist in establishing preventive orthodontic procedures, and corrective interceptors specific to the various types of pathologies. The aim of this study was to evaluate the prevalence of malocclusion in patients with disabilities and compare with other studies that performed similar studies in patients with and without disabilities. We evaluated 101 patients of the Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE) of Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP who had a previous diagnosis of disability. Patients were divided into three groups, Mental Retardation, Cerebral Palsy and Down Syndrome. They were evaluated according to the facial pattern, Angle malocclusion classification, transverse dental relationships, sagittal dental relationships, crowding and habits. The results indicate that Class II malocclusion was more prevalent in the three groups. Facial pattern type I was characteristic on Cerebral Palsy and Mental Retardation while type II occurred more frequently in Down Syndrome. The posterior crossbite affected more than half of patients with Down Syndrome. The anterior open bite was more prevalent in Cerebral Palsy (34.3%) compared to other disabilities. It was noted that the absence of crowding was more prevalent in all groups, and regarding the habits, mouth breathing occurred most frequently

Pacientes com deficiências apresentam alta prevalência de más oclusões e o conhecimento das suas distribuições, bem como das suas particularidades, auxiliam no estabelecimento de procedimentos ortodônticos preventivos, interceptores e corretivos específicos para os diversos tipos de patologias. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência das más oclusões em pacientes com deficiência e comparar com outros trabalhos que realizaram pesquisas semelhantes em pacientes com e sem deficiências. Foram avaliados 101 pacientes do Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE) da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP que apresentavam prévio diagnóstico da deficiência. Os pacientes foram divididos em três grupos, Retardo Mental, Paralisia Cerebral e Síndrome de Down. Foram avaliados segundo o padrão facial, má oclusão de Angle, problemas transversais, sagitais, apinhamento dentário e hábitos deletérios. Os resultados encontrados foram que a má oclusão Classe II apresentou-se mais prevalente nos três grupos. O padrão facial tipo I foi característico na Paralisia Cerebral e Retardo Mental, enquanto que o tipo II ocorreu com mais frequência na Síndrome de Down. A mordida cruzada posterior acometeu mais da metade dos pacientes com Síndrome de Down. A mordida aberta anterior foi mais prevalente na Paralisia Cerebral (34,3%) quando-se comparada às outras deficiências. Foi observado nos três grupos que a ausência de apinhamento foi mais prevalente, e, em relação aos hábitos, a respiração bucal ocorreu com maior frequência