Avaliação do PD-L1 em leucoplasias bucais: Análise imuno-histoquímica

Abstract

Os carcinomas espinocelulares de boca podem se desenvolver a partir de lesões potencialmente malignas (LPM), sendo a leucoplasia bucal (LB) a mais frequente. O ligante 1 de morte celular programada (PD-L1) é um glicoproteína de superfície de mebrana, frequentemente expresso em células apresentadoras de antígeno e até mesmo em células tumorais, sendo assim é considerado um importante ponto de verificação imunológico. A regulação positiva de PD-L1 poderia suprimir a ativação de células T e inibir as respostas imunes antitumorais. Estudos recentes demonstram que o excesso de PD-L1 no microambiente tumoral é considerado como fator prognóstico ruim. Para que intervenções prévias a malignizações sejam satisfatórias é necessário compreender os mecanismos imunoinibitórios em LPM. No entanto, a expressão do PD-L1 no microambiente de LB não foi esclarecida. Assim, esperamos a partir deste trabalho avaliar a espressão do PD-L1 e correlacionar com características demográficas, clínicopatológicas e biocomportamental de pacientes com LB. Este trabalho é estudo caso-controle constituido de 80 pacientes com LB e 47 pacientes saudáveis. A análise do PD-L1 foi realizada pela técnica de imuno-histoquímica e associada com as características demográficas, clínicopatológicas e biocomportamental adquiridas nos prontuários dos pacientes. Para análise estatística o teste qui-quadrado foi utilizado para analisar a diferença da expressão do PD-L1 nas células subepiteiais e nos scores do epitélio entre os grupos. Foi utilizado o teste qui-quadrado para analisar diferenças da expressão do PD-L1 nas células subepiteliais e intensidade de expressão epitelial entre variáveis demográficas, clinicopatológicas e biocomportamentais em pacientes com LB. Nossos resultados mostraram que pacientes do sexo masculino com LB apresentaram maior número de células subepiteliais expressas por PD-L1, em relação aos pascientes sexo feminino (p=0,027). Pacientes etilistas apresentaram uma maior quantidade de células subepiteliais expressas por PD-L1 em relação aos pacientes não etilistas (p=0,002). Pacientes elitistas apresentaram maiores scores de expressão epitelial por PD-L1 em comparação aos pacientes não etilistas (p=0,006). Pacientes com LB localizadas no lábio inferior apresentaram maior quantidade de células expressas por PD-L1 em relação as demais localizações (p=0,031). Assim, variáveis demográficas, clinicopatológicos e biocomportamentais influenciaram a quantidade de células expressas subepiteliais e intensidade de expressão epiteliais por PD-L1 em LB.

Oral squamous cell carcinomas can develop from potentially malignant lesions (PML), with oral leukoplakia (OL) being the most common. Programmed cell death ligand 1 (PD-L1) is a membrane surface glycoprotein, frequently expressed on antigen-presenting cells and even on tumor cells, and is therefore considered an important immunological checkpoint. Upregulation of PD-L1 could suppress T cell activation and inhibit antitumor immune responses. Recent studies demonstrate that excess PD-L1 in the tumor microenvironment is considered a poor prognostic factor. For interventions prior to malignancy to be satisfactory, it is necessary to understand the immunoinhibitory mechanisms in PML. However, the expression of PD-L1 in the OL microenvironment has not been clarified. Therefore, from this work we hope to evaluate the expression of PD-L1 and correlate it with demographic, clinicopathological and biobehavioral characteristics of patients with OL. This study is a case-control study consisting of 80 patients with OL and 47 healthy patients. PD-L1 analysis was performed using the immunohistochemistry technique and associated with demographic, clinicopathological and biobehavioral characteristics acquired from the patients' medical records. For statistical analysis, the chi-square test was used to analyze the difference in PD-L1 expression in subepithelial cells and epithelial scores between groups. The chi-square test was used to analyze differences in PD-L1 expression in subepithelial cells and epithelial scores between demographic, clinicopathological and biobehavioral variables in OL patients. Our results demonstrated that male patients with OL had a greater number of subepithelial cells expressed by PD-L1, compared to female patients (p=0.027). Alcoholic patients had a greater amount of subepithelial cells expressed by PD-L1 compared to non-alcoholic patients (p=0.002). Elitistic patients had higher PD-L1 epithelial expression scores compared to non-alcoholic patients (p=0.006). Patients with OL located in the lower laboratories had a greater number of cells expressing PD-L1 compared to other locations (p=0.031). Thus, demographic, clinicopathological and biobehavioral variables influenced the amount of subepithelial expressed cells and the intensity of epithelial expression by PD-L1 in OL.