Publicação: Gli amori difficili (1970) de Italo Calvino: a presença do silêncio e da ironia no pós-guerra italiano
Carregando...
Data
2023-09-01
Orientador
Andrade, Cátia Inês Negrão Berlini de 

Coorientador
Pós-graduação
Letras - FCLAS 33004048019P1
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
Este trabalho visa, a partir dos contos presentes na obra Gli amori difficili (1970), de Italo Calvino, realizar uma análise partindo da concepção de silêncio que, na narrativa, se contrapõe com a ironia, esta, por sua vez, utilizada para denunciar a condição que a sociedade italiana vivenciava logo após a II Guerra Mundial. Para Eni Orlandi (1997), o silêncio não representa a inexistência de sons e sim algo que tem significado e se distingue do implícito, que necessita do que foi dito para atingir seu sentido. De acordo com a mesma pesquisadora, “a linguagem empurra o que ela não é para o “nada”. Percebemos, assim, que em Gli amori difficili os sentidos também se multiplicam a partir do momento em que as pessoas se calam e permitem que o silêncio signifique mais que as palavras “arrancadas dolorosamente do silêncio”. Tomamos por base as obras de Cristina Benussi (2001), Ulla Musarra Schroeder (1987) e Calvino (2022) sobre a escrita calviniana, além da obra de Linda Hutcheon (2000) sobre a ironia. Além disso, é perceptível, na obra, a presença de uma fina ironia que, da mesma maneira que o recurso do silêncio, é utilizada para significar e denunciar o momento histórico e destacar a ideia de uma sociedade que se cala em virtude dos traumas do Pós- Guerra. Percebemos, deste modo, que a partir do estudo e análise de Gli amori Difficili (1970), é possível destacar que o uso do silêncio e da ironia são recursos utilizados por Calvino como forma de retratar a sociedade italiana, e a partir desta toda a humanidade, no período do imediato Pós- Guerra, abordando o sofrimento dos homens acuados por situações extremas e afetados pelo difícil momento histórico.
Resumo (inglês)
This work aims, from the short stories present in the literary work Gli amori difficili (1970), by Italo Calvino, to carry out an analysis based on the conception of silence which, in the narrative, is opposed to irony, this one in turn is used to denounce the condition experienced by Italian society shortly after World War II. For Eni Orlandi (1997), silence does not represent the absence of sounds, but something that has meaning and is distinguished from the implicit instead, which needs what it has been said previously to reach its meaning. According to the same researcher, “language pushes what it is not into “nothing”. We thus perceive that in Gli amori difficili, the meanings also multiply from the moment people are silent and allow silence to mean more than words “painfully torn from silence”. We base ourselves on the works of Cristina Benussi (2001), Ulla Musarra Schroeder (1987) and Calvino (2022) on Calvinian writing, in addition to the work of Linda Hutcheon (2000) on irony. Furthermore, the aforementioned work shows a fine irony which, in the same way as the feature of silence, is used to signify and denounce the historical moment and it highlights the idea of a silent society due to the traumas of the Post-War. We perceive, therefore, from the study and analysis of Gli amori Difficili (1970), it is possible to point out that the presence of silence and irony are resources used by Calvino as a way of portraying Italian society, and from this, all humanity in the period of the immediate Post-War, addressing the suffering of men cornered by extreme situations and affected by the difficult historical moment.
Resumo (italiano)
Questo lavoro si propone, dai racconti presenti nell'opera Gli amori difficili (1970), di Italo Calvino, di effettuare un'analisi basata sulla concezione del silenzio che, nella narrazione, si oppone a l’ironia, questa, a sua volta, utilizzato per denunciare la condizione che la società italiana ha vissuto poco dopo la seconda guerra mondiale. Per Eni Orlandi (1997), il silenzio non rappresenta l'assenza di suoni, ma qualcosa che ha un significato e si distingue dall'implicito, che ha bisogno di ciò che è stato detto per raggiungere il suo significato. Secondo la stessa ricercatora, "il linguaggio spinge ciò che non è a "niente". Percepiamo, quindi, che in Gli amori difficili i sensi si moltiplicano anche dal momento in cui si tace e si lascia intendere il silenzio più delle parole "dolorosamente strappate dal silenzio".
Ci basiamo sulle opere di Cristina Benussi (2001), Ulla Musarra Schroeder (1987) e Calvino (2022) sulla scrittura calvinista, e il lavoro di Linda Hutcheon (2000) sull'ironia. Si nota inoltre, nell'opera, la presenza di una sottile ironia che, come la caratteristica del silenzio, viene usata per significare e denunciare il momento storico e mettere in luce l'idea di una società che tace a causa dei traumi del dopoguerra.
Percepiamo, così, che dallo studio e dall'analisi di Gli amori difficili (1970), è possibile evidenziare che l'uso del silenzio e dell'ironia sono risorse utilizzate da Calvino come un modo per ritrarre la società italiana, e da ciò tutta l'umanità, nell'immediato dopoguerra, affrontando le sofferenze degli uomini intrappolati da situazioni estreme e colpiti dal difficile momento storico.
Descrição
Idioma
Português
Como citar
CABREIRA, Bárbara Coelho Ciciliato. Gli amori difficili (1970): a presença do silêncio e da ironia no Pós- Guerra italiano. 2023. Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Assis, 2023.