A morte como analogia do fazer poético em Agrestes de João Cabral de Melo Neto
Carregando...
Data
Autores
Orientador
Borsato, Fabiane Renata 

Coorientador
Pós-graduação
Estudos Literários - FCLAR
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
Esta pesquisa pretende verificar uma possibilidade de leitura metapoética para a obra Agrestes (1985), de João Cabral de Melo Neto. Na seção derradeira do livro, intitulada “A ‘indesejada das gentes’”, estão presentes quatorze poemas sobre a morte, friamente perscrutada pelos eus-poéticos. Eles não a sentem ou temem, mas, antes, indagam-na. Em resumo, a seção trata sobre as diversas possibilidades de reação frente às diversas formas de findar a própria vida. Com efeito, o distanciamento analítico da vozes dos poemas corrobora a formulação de métodos de avaliação de sistemas poéticos. Não só, mas o próprio título da seção estabelece um intertexto com um verso de Bandeira, que, no poema “Consoada”, da obra Opus 10 (1952), tematiza a morte sob o nome de “a indesejada das gentes”. Sendo a morte, de saída, um ente textual, somado ao fato de que os textos da seção estão, muitas vezes, inçados de vocabulário metalinguístico, verificamos haver uma possibilidade de leitura metapoética, em que os tipos de morte figurados funcionam como metáforas do fazer poético.
Resumo (inglês)
This research aims to explore the possibility of a metapoetic reading of the work Agrestes (1985), by João Cabral de Melo Neto. In the last section of the book, titled “A ‘indesejada das gentes’”, there are fourteen poems about death, severely scrutinized by the poetic voices. They neither feel nor fear it, but rather question it. In short, the section addresses the various possible reactions to the different ways of ending one’s own life. Indeed, the analytical detachment of the poetic voices supports the development of methods for evaluating poetic systems. Moreover, the very title of the section establishes an intertextual link with a verse by Manuel Bandeira, who, in the poem “Consoada”, from the collection Opus 10 (1952), thematizes death under the name “A indesejada das gentes”. Since death is, from the outset, a textual entity, and given that the texts in this section are often saturated with metalinguistic vocabulary, we find a possible metapoetic reading in which the types of death depicted function as metaphors for the poetic process.
Descrição
Palavras-chave
Poesia, Agrestes, Analogia, João Cabral de Melo Neto, Morte, Analogy, Metapoetry, Death
Idioma
Português
Citação
ESTUPIÑA, Henrique Castilho. A morte como analogia do fazer poético em Agrestes de João Cabral de Melo Neto. 2025. 122 p. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2025.

