Mapeamento do perfil térmico corpóreo durante atividade de voo do beija-flor (Eupetomena macroura)

Abstract

Hummingbirds are small sized birds characterized by their elongated beaks, iridescent feathers, and incredible flight capacity. Their flight is sustained by several anatomical and physiological specializations that have a high energetic cost. This entails a high energetic metabolism that significantly increases metabolic heat production and requires an effective mechanism to dissipate this excessive heat. Hummingbirds' thermal windows are responsible for controlling that, they are the main places of heat exchange between them and the surrounding environment. In this sense, the thermoregulation mechanism in hummingbirds proves to be a challenge, since they need an efficient structure able to dissipate the heat accumulated due to their high energy flight metabolism, but also conserve heat and avoid lethargy during the periods they are not at flight. The focus of this study is to understand how the dynamics of heat exchange between bird and environment happens, and its exactly location through the usage of thermal images which reflect superficial temperatures on the animal's body. Using those thermographs, we analyzed the bird's main body regions involved in temperature equilibrium. The results showed that the eyes region is not controlled by the animal, and it is responsible for an intense heat dissipation. It also likely reflects the body temperature of these birds. On a different note, other regions such as beak, head, chest and legs seems to be dynamic regions that undergo alterations according to environmental temperature, having great potential to be thermal windows. The axial area has a great potential of heat exchange in both species and it needs to be better analyzed. Moreover, different species of different sizes had the same thermal profile response in relation to changes in the environment

Os beija flores são aves de pequeno porte, caracterizados normalmente pelo bico longo e fino, pelas cores iridescentes das penas e pela grande capacidade de voo. O voo dos beija flores, tem um alto gasto energético, o qual é sustentado por diversas especializações anatômicas e fisiológicas. Sua alta capacidade de voo implica em um altíssimo metabolismo de atividade o que por sua vez resulta em uma alta produção de calor metabólico que precisa ser dissipada para o ambiente. Essa dissipação é feita através de janelas térmicas, que são os principais locais de troca de calor do animal com o ambiente. Sendo assim, a termorregulação de beija-flores é um grande desafio já que ao mesmo tempo que tem de dissipar seu calor produzido pela alta energética do voo também tem que conservar calor quando estão parados para não ficarem letárgicos. Esse estudo procurou entender como e por onde funciona a dinâmica de troca de calor entre a ave e o ambiente por meio de imagens térmicas que refletem a temperatura superficial do corpo do animal. Por meio de termografias foram então analisadas quais as principais regiões do copo dessas aves que são responsáveis pela regulação da temperatura. Os resultados mostraram que, pincipalmente, as regiões dos olhos são regiões não controladas pelo animal e de intensa dissipação de calor, provavelmente refletindo a temperatura corporal dessas aves. Enquanto isso as outras regiões como cabeça, tórax, bico e membros inferiores, principalmente as duas últimas, se mostraram regiões dinâmicas que alteram as temperaturas conforme a mudança da temperatura do ambiente tendo grande potencial para serem janelas térmicas. A região axilar parece ser um local de grande potencial de trocas de calor nessas espécies de aves, e merecem ser melhor analisadas. Além disso, espécies distintas e de tamanho distinto responderam de forma bastante similar no perfil e trocas térmicas em relação...