Logotipo do repositório
 

Publicação:
A expansão da OCDE na América Latina: análise dos processos de acessão dos países da região

Carregando...
Imagem de Miniatura

Orientador

Mello, Flavia de Campos

Coorientador

Pós-graduação

Relações Internacionais - IPPRI

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Esta dissertação analisa a expansão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na América Latina, evidenciando por que determinados países optaram por aderir à entidade e de que forma internalizaram suas diretrizes de governança. A investigação parte do pressuposto de que a adesão à OCDE não constitui um simples aprimoramento técnico-administrativo, mas reflete decisões estratégicas de política externa, orientadas por condicionantes sistêmicos e, sobretudo, por coalizões domésticas. Para isso, adota-se uma abordagem teórico-metodológica baseada em dois pilares: (i) a compreensão do overlapping institucional na região, isto é, a sobreposição de mandatos e agendas (OCDE, BID, AP, UE), que reforça a difusão de reformas pró-mercado; e (ii) a análise dos processos de política externa, destacando o protagonismo de governos, ministérios econômicos, grupos empresariais e think tanks. A pesquisa concentra-se nos quatro países latino-americanos (México, Chile, Colômbia e Costa Rica), observando que, embora cada um apresente particularidades históricas e econômicas, há uma convergência fundamental: o interesse em projetar-se globalmente e atrair investimentos estrangeiros, tendo na OCDE um “selo de qualidade” que confere legitimidade internacional. O estudo revela que a expansão da organização na região se vincula tanto à busca de credibilidade junto a potências do Atlântico Norte quanto ao respaldo de governos que almejam maior abertura econômica e integração às cadeias globais de valor. Assim, identificam-se dinâmicas domésticas em que o empresariado, os ministérios de perfil econômico e a mídia exercem influência decisiva, deslocando o papel tradicional dos ministérios de relações exteriores. Metodologicamente, a dissertação recorre a documentos oficiais, relatórios da OCDE, artigos acadêmicos e notícias de jornais para triangular diferentes perspectivas. Os resultados indicam que a adesão à OCDE surge de um processo complexo de barganhas e convergências internas, potencializado pela atuação conjunta de instituições internacionais alinhadas à agenda dos países desenvolvidos. Conclui- se que a expansão da OCDE na América Latina, longe de ser meramente funcional, encerra escolhas políticas e econômicas que envolvem disputas, definições de inserção internacional e rearranjos institucionais ajustados aos padrões do “Ocidente”.

Resumo (inglês)

This dissertation analyzes the expansion of the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) in Latin America, highlighting why certain countries have opted to join the institution and how they have internalized its governance guidelines. The research departs from the premise that OECD membership is not merely a technical-administrative improvement but rather reflects strategic foreign policy decisions shaped by systemic factors and, above all, by domestic coalitions. To this end, a theoretical-methodological approach based on two pillars is adopted: (i) understanding institutional overlapping in the regio n- that is, the overlap of mandates and agendas (OECD, IDB, PA, EU) - which reinforces the dissemination of market- oriented reforms; and (ii) analyzing foreign policy processes, emphasizing the leading role of governments, economic ministries, business groups, and think tanks. The study focuses on the four Latin American member countries (Mexico, Chile, Colombia, and Costa Rica), noting that although each has unique historical and economic characteristics, there is a fundamental convergence: the desire to project themselves globally and attract foreign investment, for which the OECD functions as a “seal of quality” bestowing international legitimacy. The research finds that the organization’s expansion in the region is tied both to the pursuit of credibility vis- à-vis North Atlantic powers and to the support of governments seeking greater economic openness and integration into global value chains. Accordingly, it identifies domestic dynamics in which the business community, economic ministries, and the media wield decisive influence, displacing the traditional role of ministries of foreign affairs. Methodologically, the dissertation draws on official documents, OECD reports, academic articles, and newspaper coverage to triangulate different perspectives. The findings indicate that OECD membership arises from a complex process of domestic bargaining and convergence, facilitated by the joint activities of international institutions aligned with the agenda of developed countries. The conclusion is that the OECD’s expansion in Latin America, far from being merely functional, entails political and economic choices that involve disputes, definitions of international positioning, and institutional rearrangements calibrated to the standards of the “West.”

Resumo (espanhol)

Esta disertación analiza la expansión de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE) en América Latina, destacando por qué determinados países optaron por adherirse a la organización y de qué manera internalizaron sus directrices de gobernanza. La investigación parte del supuesto de que la adhesión a la OCDE no constituye una mera mejora técnico-administrativa, sino que refleja decisiones estratégicas de política exterior, orientadas por condicionantes sistémicos y, sobre todo, por coaliciones domésticas. Con este fin, se adopta un enfoque teórico-metodológico basado en dos pilares: (i) la comprensión de la superposición institucional en la región, es decir, la coincidencia de mandatos y agendas (OCDE, BID, AP, UE), que refuerza la difusión de reformas promotoras del mercado; y (ii) el análisis de los procesos de política exterior, subrayando el papel protagónico de los gobiernos, los ministerios económicos, los grupos empresariales y los think tanks. La investigación se centra en los cuatro países latinoamericanos miembros (México, Chile, Colombia y Costa Rica), observando que, si bien cada uno presenta particularidades históricas y económicas, existe una convergencia fundamental: el interés en proyectarse globalmente y atraer inversiones extranjeras, encontrando en la OCDE un “sello de calidad” que otorga legitimidad internacional. El estudio revela que la expansión de la organización en la región está vinculada tanto a la búsqueda de credibilidad ante las potencias del Atlántico Norte como al respaldo de gobiernos que aspiran a una mayor apertura económica e integración en las cadenas globales de valor. De esta forma, se identifican dinámicas domésticas en las que el empresariado, los ministerios de perfil económico y los medios de comunicación ejercen una influencia decisiva, desplazando el rol tradicional de los ministerios de relaciones exteriores. Metodológicamente, la disertación recurre a documentos oficiales, informes de la OCDE, artículos académicos y noticias de prensa para triangular distintas perspectivas. Los resultados indican que la adhesión a la OCDE surge de un proceso complejo de negociaciones y convergencias internas, potenciado por la actuación conjunta de instituciones internacionales alineadas con la agenda de los países desarrollados. Se concluye que la expansión de la OCDE en América Latina, lejos de ser meramente funcional, entraña opciones políticas y económicas que implican disputas, definiciones de inserción internacional y reajustes institucionales acordes a los estándares de “Occidente.”

Descrição

Palavras-chave

Política externa, Governança internacional, OCDE, Foreign policy, International governance, OECD, Política exterior, Gobernanza internacional, OCDE

Idioma

Português

Como citar

PEREIRA, Lucas. A expansão da OCDE na América Latina: análise dos processos de acessão dos países da região. Orientadora: Flavia de Campos Mello. 2025. 198 f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – UNESP/UNICAMP/PUC-SP, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas, São Paulo, 2025.

Itens relacionados

Unidades

Departamentos

Cursos de graduação

Programas de pós-graduação