Investigação da potencial associação entre uma nova adesina autotransportadora (Eaa: EPEC autotransporter adhesin) e a fimbria de aderência agregativa II (AAF/II) na formação de biofilme em isolados de Escherichia coli enteroagregativa.
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Data
Autores
Orientador
Hernandes, Rodrigo Tavanelli 

Coorientador
Fernandes, Iranildo do Amarante 

Pós-graduação
Curso de graduação
Botucatu - IBB - Ciências Biológicas
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
A formação de biofilme é um atributo de virulência no qual adesinas são essenciais para a adesão bacteriana a superfícies bióticas e abióticas. A Escherichia coli enteroagregativa (EAEC), um dos seis patotipos de E. coli diarreiogênica, é caracterizada pela produção do padrão de adesão agregativa (AA) em células epiteliais infectadas, definido pela organização bacteriana em um arranjo semelhante a tijolos empilhados. Esse fenótipo é mediado principalmente por uma das cinco variantes das fímbrias de adesão agregativa (AAF/I–V). Dada a natureza multifatorial da produção de biofilme, decidimos investigar se uma nova proteína autotransportadora, denominada Adesina Autotransportadora de EPEC (Eaa), poderia contribuir para a formação de biofilme em diferentes contextos genéticos de EAEC. Dados anteriores de nosso laboratório mostraram que a produção de Eaa por um isolado de EAEC, portador de genes associados à biogênese da AAF/II (P184-1), aumentou significativamente a produção de biofilme. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar a contribuição da Eaa para a formação de biofilme em diferentes isolados de EAEC produtores de AAF/II. Primeiramente, 25 isolados de EAEC (aggR⁺/aafA⁺) foram testados quanto à produção do padrão AA em células HeLa e para a suscetibilidade à ampicilina (AmpS). Em seguida, os isolados de EAEC AA+ e AmpS foram testados quanto à produção de biofilme em superfície de poliestireno. Isolados representativos de EAEC que produziam biofilme foram transformados com o plasmídeo pIC (vetor plasmidial pBAD-Myc/His-A contendo o gene que codifica a Eaa), bem como com o vetor vazio, e submetidos ao ensaio de produção de biofilme. Em seguida, o operon aafDA foi deletado de um isolado característico, o qual foi então transformado com os plasmídeos pIC e pBAD, e esses foram submetidos a testes de produção de biofilme. Dos 25 isolados de EAEC testados, 22 produziram o padrão AA em células HeLa e foram suscetíveis à ampicilina. Entre esses 22 isolados, 17 (77,3%) foram classificados como produtores fortes e 5 (22,7%) como produtores moderados de biofilme. A comparação de dez isolados de EAEC (classificados como produtores fortes de biofilme) contendo o plasmídeo pIC com os mesmos isolados contendo o plasmídeo pBAD mostrou que todos os isolados portadores do pIC apresentaram aumento na produção de biofilme, sendo essa diferença considerada estatisticamente significativa em três deles (P < 0,05). Os ensaios de biofilme realizados com o isolados IAL 9867ΔaafDA pIC e IAL 9867ΔaafDA pBAD revelaram que não houve diferença na produção de biofilme por esses isolados. Dessa forma, o aumento na produção de biofilme por Eaa, só foi observada quando na presença de genes associado à biogênese de AAF/II. Diante dos resultados observados, o presente estudo conclui que a Eaa pode contribuir para a produção de biofilme por certos isolados de EAEC portadores de genes associados à biogênese da AAF/II.
Descrição
Palavras-chave
Biologia, Microbiologia, Genética molecular
Idioma
Português
Citação
Pereira, Luísa. Investigação da potencial associação entre uma nova adesina autotransportadora (Eaa: EPEC autotransporter adhesin) e a fimbria de aderência agregativa II (AAF/II) na formação de biofilme em isolados de Escherichia coli enteroagregativa. Orientador: Rodrigo Tavanelli Hernandes. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucau, 2025

