Avaliação da estrutura de criação de suínos em pequenas propriedades localizadas no Cinturão Verde, Ilha Solteira - SP

Abstract

A atividade suínicola é algo que vem tomado grande expressão dentro do mercado mundial, sendo uma importante proteína de origem animal, estando entre as mais consumidas e produzidas em vários países, nesse contexto. O Brasil vem se destacando como um importante produtor apresentando crescimento considerável a partir de 2003. No estado de São Paulo, a suinocultura caracteriza-se como uma atividade de cunho familiar sendo realizada em pequenas propriedades, tornando em muitos casos, a principal fonte de renda a muitos trabalhadores. Devido a pouco recurso financeiro, muitos produtores não conseguem investir em uma infra-estrutura de criação adequada, o que gera uma baixa produção, problemas sanitários e contribuí diretamente para se tornarem uma fonte potencial de poluição, pois os seus dejetos quando não tratados adequadamente e lançados diretamente podem gerar sérios danos ao meio ambiente, como a contaminação do solo e corpos hídricos. Nesse contexto, o presente trabalho buscou avaliar a infra-estrutura de criação de suínos em pequenas propriedades investigando o tipo de material utilizado para a construção e suas condições. Observou-se outros fatores, tais como o fornecimento de água e alimentos, a questão dos dejetos como a sua retirada das instalações e seu reaproveitamento, e quanto os medicamentos aplicados nos animais. Os dados obtidos foram embasados em um questionário aplicado durante as visitas nas pequenas propriedades localizadas no Cinturão Verde, município de Ilha Solteira – SP, entre o período de junho de 2010 a junho de 2011. Pôde-se observar que houve uma grande variação quanto ao tipo de material utilizado para construção e à sua qualidade também. No fornecimento de água verificou-se que em 82% dos casos, ainda é efetuada por meio de tanques. No que se diz a respeito a limpeza das baias, a maioria (71%) diz ser realizado por meio de raspagem, destes, apenas 18% realizam o tratamento prévio dos dejetos retirados e a reaproveitam. Na área sanitária apenas 29% dos produtores realizam a aplicação de vermífugos, em praticamente todos os casos não se foca na venda ou a comercialização desses animais em massa, essas criações são voltadas para o seu próprio consumo ou para aquela região mesmo, de modo que eles não conseguem obter lucro com a venda e assim não investir, gerando sérios problemas aos animais e ao ambiente em que se encontram.