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Marcadores clínicos, nutricionais e bioquímicos relacionados à cardiotoxicidade após tratamento com antracíclicos em pacientes com neoplasia de mama.

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Orientador

Gaiolla, Paula Schmidt Azevedo

Coorientador

Pós-graduação

Fisiopatologia em Clínica Médica - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A quimioterapia com antraciclinas, como a doxorrubicina, é amplamente utilizada no tratamento do câncer, mas pode causar danos cardíacos a longo prazo. Embora fatores como dose cumulativa e comorbidades sejam reconhecidos como preditores de cardiotoxicidade, o papel de variáveis nutricionais, funcionais e bioquímicas permanece pouco esclarecido. Este estudo avaliou se alterações no estado nutricional, força muscular e biomarcadores bioquímicos estão associadas à disfunção ventricular e ao remodelamento cardíaco um ano após o início do tratamento com doxorrubicina. Foram coletados dados clínicos, nutricionais, funcionais e bioquímicos em três momentos: basal (M0), três meses (M1) e um ano após o início da quimioterapia (M2). As comparações entre os momentos utilizaram testes t pareados ou de Wilcoxon, conforme a distribuição dos dados. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (LVEF) foi analisada como variável dicotômica (queda ≥10 pontos vs. sem queda), e preditores foram avaliados por regressão logística ajustada para idade e estadiamento. Análises de mediação e moderação investigaram o papel das alterações clínicas no remodelamento cardíaco. A LVEF média não se alterou entre M0 e M2; contudo, 28% das pacientes apresentaram queda ≥10 pontos percentuais. Alterações significativas foram observadas nos escores da Avaliação Subjetiva Global (SGA), força de preensão manual (HG), ângulo de fase (PhA), razão entre água extracelular e total (EW/TW), albumina e hemoglobina. A SGA, isoladamente ou combinada à força muscular, associou-se à redução da LVEF. Esses achados sugerem que o declínio nutricional e funcional pode contribuir para a cardiotoxicidade, e seu monitoramento precoce pode auxiliar na prevenção de disfunção cardíaca em pacientes oncológicos.

Resumo (inglês)

Anthracycline-based chemotherapy, such as doxorubicin, is widely used in cancer treatment, but is associated with long-term cardiac damage. Although cumulative dose and comorbidities are established predictors of cardiotoxicity, the role of nutritional, functional, and biochemical parameters remains unclear. This study investigated whether changes in nutritional status, muscle strength, and biochemical biomarkers are associated with cardiac dysfunction and remodeling one year after initiating doxorubicin therapy. Clinical, nutritional, functional, and biochemical data were collected at three time points: baseline (M0), three months (M1), and one year after chemotherapy (M2). Paired t-tests or Wilcoxon signed-rank tests were used for comparisons. Left ventricular ejection fraction (LVEF) was analyzed as a dichotomous variable (≥10- point decline vs. no decline) and predictors were assessed using logistic regression adjusted for age and cancer stage. Mediation and moderation analyses have explored the role of clinical changes in cardiac remodeling. Although the mean LVEF remained stable between M0 and M2, 28% of the participants experienced ≥10-point decline. Significant changes were observed in the Subjective Global Assessment (SGA), handgrip strength (HG), phase angle (PhA), extracellular-to-total water ratio (EW/TW), albumin, and hemoglobin. SGA alone or in combination with HG was associated with a reduction in LVEF. These findings suggest that nutritional and functional decline may contribute to chemotherapy-related cardiac damage, and early monitoring of these parameters may help identify patients at a higher risk and guide preventive strategies.

Descrição

Palavras-chave

Cardiotoxicidade, Estado nutricional, Quimioterapia, Fração de ejeção, Câncer de mama

Idioma

Português

Citação

CARVALHO, Raíssa Pierri. Marcadores clínicos, nutricionais e bioquímicos relacionados à cardiotoxicidade após tratamento com antracíclicos em pacientes com neoplasia de mama.. 2025. Tese (Doutorado em Fisiopatologia em Clínica Médica). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina, Botucatu, 2025.

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