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Ação imunomoduladora da própolis sobre monócitos de gestantes portadoras de pré-eclâmpsia e células endoteliais de veia umbilical humanas (HUVECs)

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Supervisor

Sforcin, José Maurício

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Relatório de pós-doc

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Objetivo: A própolis é um produto apícola utilizado na medicina popular para o tratamento de doenças inflamatórias. A pré-eclâmpsia (PE) é um distúrbio hipertensivo da gestação, caracterizado por inflamação sistêmica que leva a desfechos maternos e fetais adversos. Este estudo avaliou o efeito imunomodulador de um extrato de própolis verde brasileira em monócitos de gestantes com pré-eclâmpsia de início precoce (EOPE) e tardio (LOPE). Métodos: O sangue periférico foi coletado de 16 gestantes com EOPE, 16 com LOPE e 20 gestantes normotensas (NT). Os monócitos foram cultivados com extrato de própolis verde brasileira. A expressão de p65NF-κB, ERK1/2, receptor CD192 e citocinas (IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12, TNF-α) foi analisada por citometria de fluxo. A capacidade antioxidante foi analisada pelo ensaio FRAP, e os níveis de Hsp70, HMGB1, MCP-1 e HO-1 foram detectados por ELISA. Principais achados: Os grupos PE, especialmente EOPE, apresentaram níveis plasmáticos significativamente mais elevados de HMGB1, Hsp70 e MCP-1. Os monócitos de gestantes com PE exibiram maior expressão de p65NF-κB, ERK1/2 e CD192, bem como de citocinas pró-inflamatórias, acompanhadas por redução da expressão de IL-10. O tratamento com própolis reduziu significativamente os marcadores inflamatórios, ao mesmo tempo em que aumentou a expressão de IL-10. Conclusão: Esses achados reforçam o potencial da própolis como terapia adjuvante para modular o perfil inflamatório em pacientes com PE, especialmente nos casos de início precoce.

Resumo (inglês)

Objective: Propolis is a beekeeping product used in folk medicine to treat inflammatory diseases. Preeclampsia (PE) is a hypertensive disorder during pregnancy, characterized by systemic inflammation leading to adverse maternal and fetal outcomes. This study evaluated the immunomodulatory effect of a Brazilian green propolis extract in monocytes from early-onset (EOPE) and late-onset (LOPE) pregnant women. Methods: Peripheral blood was collected from 16 EOPE, 16 LOPE and 20 normotensive (NT) pregnant women. Monocytes were cultured with Brazilian green propolis extract. The expression of p65NF-κB, ERK1/2, CD192 receptor, and cytokines (IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12, TNF-α) was analyzed by flow cytometry. The antioxidant capacity was analyzed by the FRAP assay, Hsp70, HMGB1, MCP-1, and HO-1 levels were detected by ELISA. Key findings: PE groups, especially EOPE, showed significantly higher plasma levels of HMGB1, Hsp70, and MCP-1. Monocytes from PE women exhibited increased expression of p65NF-κB, ERK1/2, and CD192, as well as proinflammatory cytokines, accompanied by reduced IL-10 expression. Propolis treatment significantly reduced inflammatory markers while upregulating the IL-10 expression. Conclusion: These findings support its potential as an adjunctive therapy to modulate the inflammatory profile in patients with PE, especially in those with early-onset cases.

Resumo (português)

Na pré-eclâmpsia (PE) a ocorrência de liberação de padrões moleculares associados a dano (DAMPs) associada ao estresse oxidativo, ativação de monócitos, elevada produção de citocinas pró-inflamatórias, radicais livres, moléculas de adesão e diminuição dos antioxidantes, podem causar as alterações endoteliais características desta doença. Assim, o estudo de agentes que possam modular o estado inflamatório dessas gestantes necessita de maiores investigações. Neste contexto, a própolis é um produto apícola com inúmeras propriedades farmacológicas e possui grande potencial para atenuar a disfunção endotelial presente nessa síndrome da gestação. O presente estudo teve como objetivo avaliar a ação imunomoduladora do extrato de própolis verde brasileira sobre biomarcadores de disfunção endotelial e estresse oxidativo envolvidos na PE, em modelo in vitro de células endoteliais humanas (HUVECs). As HUVECs foram cultivadas na presença ou ausência de plasma de 16 gestantes com PE precoce (PEP), 16 gestantes com PE tardia (PET) e 20 gestantes normotensas (NT), além das DAMPs HMGB1 e Hsp70, tratadas na presença ou ausência do extrato de própolis verde brasileira. Os níveis de HMGB1 e Hsp70 foram determinados no plasma das gestantes por ensaio imunoenzimático. A análise da expressão Flt-1, VEGFR2, endoglina, E-selectina, ICAM-1 e VCAM-1 pelas HUVECs foi determinada por citometria de fluxo. As concentrações das citocinas IL-6 e IL-8, bem como dos fatores angiogênicos endoglina solúvel (sEng) e fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), foram avaliadas no sobrenadante de cultura por ELISA. A produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) foi mensurada por ensaio de fluorescência. O tratamento com extrato de própolis verde brasileira foi capaz de reduzir a expressão de biomarcadores associados à disfunção endotelial, ao estresse oxidativo e às citocinas inflamatórias IL-6 e IL-8, tanto na presença do plasma de gestantes com PE, quanto na presença das DAMPs. Além disso, a própolis modulou favoravelmente o desequilíbrio angiogênico, promovendo o aumento dos níveis de VEGF e a redução da concentração de sEng. Esses achados apontam para a possibilidade de utilização da própolis verde como uma estratégia terapêutica complementar na PE, especialmente no controle da resposta inflamatória e proteção da integridade endotelial. No entanto, apesar dos resultados promissores obtidos in vitro, são necessários estudos adicionais em modelos animais e ensaios clínicos controlados para validar sua eficácia, elucidar os mecanismos moleculares subjacentes e garantir sua segurança no contexto gestacional.

Resumo (português)

In preeclampsia (PE), the release of damage-associated molecular patterns (DAMPs), together with oxidative stress, monocyte activation, increased production of pro-inflammatory cytokines, free radicals, adhesion molecules, and reduced antioxidant levels, may cause the endothelial alterations characteristic of this disorder. Thus, the investigation of agents capable of modulating the inflammatory state in these pregnant women requires further studies. In this context, propolis is a beekeeping product with numerous pharmacological properties and great potential to attenuate the endothelial dysfunction present in this pregnancy syndrome. The present study aimed to evaluate the immunomodulatory effects of Brazilian green propolis extract on biomarkers of endothelial dysfunction and oxidative stress involved in PE, using an in vitro model of human endothelial cells (HUVECs). HUVECs were cultured in the presence or absence of plasma from 16 women with early-onset PE (EOPE), 16 women with late-onset PE (LOPE), and 20 normotensive (NT) pregnant women, as well as in the presence of the DAMPs HMGB1 and Hsp70, with or without treatment with Brazilian green propolis extract. Plasma levels of HMGB1 and Hsp70 were measured in pregnant women by enzyme immunoassay. The expression of Flt-1, VEGFR2, endoglin, E-selectin, ICAM-1, and VCAM-1 in HUVECs was determined by flow cytometry. The concentrations of cytokines IL-6 and IL-8, as well as the angiogenic factors soluble endoglin (sEng) and vascular endothelial growth factor (VEGF), were assessed in culture supernatants by ELISA. Reactive oxygen species (ROS) production was measured using a fluorescence assay. Treatment with Brazilian green propolis extract reduced the expression of biomarkers associated with endothelial dysfunction, oxidative stress, and the inflammatory cytokines IL-6 and IL-8, both in the presence of plasma from PE patients and in the presence of DAMPs. Moreover, propolis favorably modulated the angiogenic imbalance by increasing VEGF levels and reducing sEng concentrations. These findings highlight the potential of green propolis as an adjunct therapeutic strategy in PE, particularly in controlling the inflammatory response and protecting endothelial integrity. However, despite the promising in vitro results, further studies in animal models and controlled clinical trials are required to validate its efficacy, elucidate the underlying molecular mechanisms, and ensure its safety in the gestational context.

Descrição

Palavras-chave

Pré-eclâmpsia, Própolis verde, Citometria de fluxo, Disfunção endotelial, Citocinas

Idioma

Português

Citação

VASQUES, Vanessa Rocha Ribeiro. Ação imunomoduladora da própolis sobre monócitos de gestantes portadoras de pré-eclâmpsia e células endoteliais de veia umbilical humanas (HUVECs). Supervisor: José Maurício Sforcin. 2025. Relatório (Pós-doutorado) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, 2025.

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