Logo do repositório
 

Modernismo, nacionalismo e mexicanidade na obra de Paul Strand (1916-1940)

Carregando...
Imagem de Miniatura

Orientador

Barbosa, Carlos Alberto Sampaio

Coorientador

Pós-graduação

História - FCHS

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

O presente trabalho tem por objetivo analisar a obra do fotógrafo Paul Strand, focando em três fases: o início de sua carreira, marcada pelo modernismo, a fase nacionalista e sua experiência mexicana que culminou no portfólio Photographs of Mexico e no filme Redes. Strand defendia a fotografia como forma de expressão autônoma, cuja essência residia na objetividade. Influenciado pela arte moderna, ele explorou temas abstratos e retratos de pessoas comuns, buscando a união entre objetividade e expressão. Para ele, a câmera era uma ferramenta científica que, quando controlada pelo artista, revelava a essência da realidade. Na década de 1920, Strand se voltou para o interior dos EUA, buscando temas ligados à natureza e à cultura nativa. Influenciado por pintores como John Marin e escritores como Waldo Frank, ele explorou paisagens, construções e cidades fantasmas, buscando um “passado utilizável” para a reconstrução cultural do país. Strand fotografou rochas, igrejas e comunidades rurais, buscando uma conexão entre o homem e o ambiente. Durante a década de 1920, seu engajamento político e social se intensificou, buscando respostas no passado para problemas do presente. Entre 1932 e 1934, Strand viajou pelo México, registrando paisagens, comunidades indígenas e a religiosidade popular. Ele se aproximou do governo mexicano e da Secretaría de Educación Pública (SEP), que foram indispensáveis para a sua estadia no país e para a realização de seus projetos. O resultado dessa experiência foi o filme Redes e o portfólio Photographs of Mexico, que representam a união de sua fotografia artística com preocupações sociais. O filme, sobre a luta de pescadores contra a exploração, reflete o engajamento político de Strand e a política cultural da SEP. O portfólio, com fotos de indígenas, paisagens e esculturas religiosas, constrói uma representação imagética do México, explorando símbolos da identidade nacional. A experiência mexicana foi decisiva para Strand, mudando sua abordagem e unindo fotografia artística com preocupações sociais. Seu trabalho no México representa a culminação de sua busca por uma fotografia que retratasse a dignidade humana e a relação do homem com o ambiente em que vive.

Resumo (inglês)

This work aims to analyze the work of photographer Paul Strand, focusing on three phases: the beginning of his career, marked by modernism, the nationalist phase, and his Mexican experience that culminated in the portfolio Photographs of Mexico and the film Redes. Strand advocated photography as an autonomous form of expression, whose essence resided in objectivity. Influenced by modern art, he explored abstract themes and portraits of ordinary people, seeking the union between objectivity and expression. For him, the camera was a scientific tool that, when controlled by the artist, revealed the essence of reality. In the 1920s, Strand turned to the American countryside, seeking themes related to nature and native culture. Influenced by painters like John Marin and writers like Waldo Frank, he explored landscapes, buildings, and ghost towns, seeking a “usable past” for the cultural reconstruction of the country. Strand photographed rocks, churches, and rural communities, seeking a connection between man and the environment. During the 1920s, his political and social engagement intensified, seeking answers in the past to present-day problems. Between 1932 and 1934, Strand traveled through Mexico, recording landscapes, indigenous communities, and popular religiosity. He approached the Mexican government and the Secretaría de Educación Pública (SEP), which were indispensable for his stay in the country and for carrying out his projects. The result of this experience was the film Redes and the portfolio Photographs of Mexico, which represent the union of his artistic photography with social concerns. The film, about the struggle of fishermen against exploitation, reflects Strand’s political engagement and the cultural policy of the SEP. The portfolio, with photos of indigenous people, landscapes, and religious sculptures, constructs an imagetic representation of Mexico, exploring symbols of national identity. The Mexican experience was decisive for Strand, changing his approach and uniting artistic photography with social concerns. His work in Mexico represents the culmination of his search for photography that portrayed human dignity and the relationship between man and the environment in which he lives.

Resumo (espanhol)

El presente trabajo tiene como objetivo analizar la obra del fotógrafo Paul Strand, centrándose en tres fases: el inicio de su carrera, marcado por el modernismo, la fase nacionalista y su experiencia mexicana que culminó en el portafolio Photographs of Mexico y en la película Redes. Strand defendía la fotografía como forma de expresión autónoma, cuya esencia residía en la objetividad. Influenciado por el arte moderno, exploró temas abstractos y retratos de personas comunes, buscando la unión entre objetividad y expresión. Para él, la cámara era una herramienta científica que, cuando era controlada por el artista, revelaba la esencia de la realidad. En la década de 1920, Strand se volvió hacia el interior de los Estados Unidos, buscando temas relacionados con la naturaleza y la cultura nativa. Influenciado por pintores como John Marin y escritores como Waldo Frank, exploró paisajes, construcciones y pueblos fantasmas, buscando un “pasado utilizable” para la reconstrucción cultural del país. Strand fotografió rocas, iglesias y comunidades rurales, buscando una conexión entre el hombre y el medio ambiente. Durante la década de 1920, su compromiso político y social se intensificó, buscando respuestas en el pasado para los problemas del presente. Entre 1932 y 1934, Strand viajó por México, registrando paisajes, comunidades indígenas y la religiosidad popular. Se acercó al gobierno mexicano y a la Secretaría de Educación Pública (SEP), que fueron indispensables para su estancia en el país y para la realización de sus proyectos. El resultado de esta experiencia fue la película Redes y el portafolio Photographs of Mexico, que representan la unión de su fotografía artística con las preocupaciones sociales. La película, sobre la lucha de los pescadores contra la explotación, refleja el compromiso político de Strand y la política cultural de la SEP. El portafolio, con fotos de indígenas, paisajes y esculturas religiosas, construye una representación imagética de México, explorando símbolos de la identidad nacional. La experiencia mexicana fue decisiva para Strand, cambiando su enfoque y uniendo la fotografía artística con las preocupaciones sociales. Su trabajo en México representa la culminación de su búsqueda de una fotografía que retratara la dignidad humana y la relación del hombre con el entorno en el que vive.

Descrição

Palavras-chave

Strand, Paul, 1890-1976, Fotografia - México, Modernismo (Arte), Nacionalismo, Mexicanidade, Photography, Modernism, Nationalism, Mexicanness

Idioma

Português

Citação

MARTINS, Anderson Montagner. Modernismo, nacionalismo e mexicanidade na obra de Paul Strand (1916-1940). 2025. 244 f. Tese (Doutorado em História) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Faculdade de Ciências e Letras, Assis, 2025.

Itens relacionados

Unidades

Unidade
Faculdade de Ciências e Letras
FCLAS
Campus: Assis


Departamentos

Cursos de graduação

Programas de pós-graduação