Publicação: Polimorfismos em éxons do gene MICA e o impacto funcional dessas variantes em diferentes regiões biogeográficas.
Carregando...
Data
2023-01-10
Autores
Orientador
Castelli, Erick da Cruz 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ciências Biomédicas - IBB
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
O gene MICA codifica moléculas imunomoduladoras que atuam como sinalizadoras de estresse celular, como, por exemplo, infecções e estresse oxidativo. Há duas isoformas de MICA, uma ancorada na membrana (mMICA) e outra solúvel (sMICA). Ambas isoformas interagem com os receptores NKG2D promovendo ações distintas. mMICA interage com os receptores ativando a citotoxicidade das células NK. sMICA promove a inativação das células NK e consequente supressão da resposta imune. Polimorfismos em MICA podem influenciar em qual isoforma será produzida, a interação com o NKG2D ou favorecer mecanismos de escape imunológico. O objetivo deste estudo foi analisar polimorfismos em éxons do gene MICA e a frequência dos SNPs e alelos em 5 regiões biogeográficas, em mais de 5000 amostras com sequenciamento completo de genoma, obtidas em bancos de dados públicos. No geral, as variantes encontradas com altas frequências estavam presentes em todas as regiões biogeográficas. Além disso, alguns SNPs, como rs1140700 e o rs1063635, apresentam impacto funcional. Ao todo foram encontrados 19 alelos de MICA, sendo MICA*008 o mais frequente. Este alelo está associado com a produção da isoforma solúvel devido a presença de um códon de parada prematura, que impede a transcrição da região transmembrana. Apesar da maior parte das amostras terem alelos associados com a codificação de mMICA, as frequências de sMICA foram elevadas e são diferentes nas regiões biogeográficas. Nas análises do dimorfismo MICA-129, a maioria das amostras tinham alelos que codificam o aminoácido valina, que já foi associado com fraca interação com os receptores NKG2D. As amostras do Brasil demonstraram um padrão diferente do esperado nas análises de sMICA e de MICA-129, apresentando frequências maiores do que as observadas na Europa ou África, possivelmente relacionadas com o componente Português existente no Brasil uma vez que as amostras européias incluídas neste estudo não contemplam a região de Portugal. Além disso, sMICA já foi associado com MICA-129-Val em estudos anteriores. Sugerimos que essa associação pode estar sendo sustentada pelo alelo *008 que está presente no grupo de alelos que codificam valina. Dessa forma, alguns polimorfismos e alelos de MICA podem estar associados a mecanismos de escape imunológico.
Resumo (inglês)
The MICA gene encodes immunomodulatory molecules that act as cellular stress signals, such as, for example, infections and oxidative stress. There are two isoforms of MICA, one anchored to the membrane (mMICA) and the other soluble (sMICA). Both isoforms interact with NKG2D receptors promoting different actions. mMICA interacts with receptors activating NK cell cytotoxicity. sMICA promotes the inactivation of NK cells and consequent suppression of the immune response. Polymorphisms in MICA can influence which isoform will be produced, the interaction with NKG2D or favor immune escape mechanisms. The aim of this study was to analyze polymorphisms in exons of the MICA gene and the frequency of SNPs and alleles in 5 biogeographical regions, in more than 5000 samples with whole genome sequencing, obtained in public databases. Overall, the variants found with high frequencies were present in all biogeographical regions. Furthermore, some SNPs, such as rs1140700 and rs1063635, have functional impact. In all, 19 MICA alleles were found, with MICA*008 being the most frequent. This allele is associated with the production of the soluble isoform due to the presence of a premature stop codon, which prevents the transcription of the transmembrane region. Although most samples had alleles associated with mMICA encoding, sMICA frequencies were high and are different across biogeographical regions. In MICA-129 dimorphism analyses, most samples had alleles encoding the amino acid valine, which has been associated with weak interaction with NKG2D receptors. Samples from Brazil showed a different pattern than expected in the sMICA and MICA-129 analyses, showing higher frequencies than those observed in Europe or Africa, possibly related to the Portuguese component existing in Brazil since the European samples included in this study do not include the region of Portugal. Furthermore, sMICA has been associated with MICA-129-Val in previous studies. We suggest that this association may be supported by the *008 allele that is present in the group of alleles that encode valine. Thus, some MICA polymorphisms and alleles may be associated with immune escape mechanisms.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português