Hipossalivação medicamentosa em pacientes odontológicos: revisão de literatura e elaboração de folheto informativo

Abstract

A saliva desempenha e auxilia inúmeras funções do nosso organismo além de ter várias ações, como auxiliar o processo da mastigação, da fala, da deglutição, da ação antibacteriana, antiviral e antifúngica, entre outras. Uma vez que a quantidade de saliva esteja diminuída ou alterada sua composição pelo uso de medicamentos, por exemplo, todas estas funções poderão estar sendo diretamente prejudicadas. A hipossalivação é a diminuição objetiva do fluxo salivar e pode ser identificada pela medida deste fluxo e pela identificação de alguns sinais quando se realiza o exame clínico da mucosa oral e pode vir acompanhada da xerostomia, que é a sensação de boca seca, portanto subjetiva. Ela pode ser responsável pelo prejuízo na homeostase, desregulando o pH da cavidade bucal, predispondo à formação de placa bacteriana, favorecendo o aumento da acidez local pela falta do tamponamento salivar, o que aumenta o risco da cárie e da doença periodontal além de outras afecções bucais. Temos várias causas para a hipossalivação, sendo que a medicamentosa é uma das mais comuns, sendo que estes medicamentos podem ser denominados xerogênicos e os grupos que tem maior capacidade de induzir esta alteração são os psiquiátricos, os anticolinérgicos, os anti-histamínicos, entre outros. A hipossalivação é diagnosticada pela medida do fluxo salivar, mas algumas evidências clínicas podem indicar a alteração como, mucosa ressecada, brilhante, mudança na viscosidade da saliva indo de uma saliva mais viscosa além de aderência da espátula de madeira quando o exame intraoral é realizado. O tratamento da hipossalivação/xerostomia visa a estimulação da secreção da saliva, se possível e a utilização de substitutos da mesma, visando lubrificação, além de melhora na qualidade de vida do paciente.

Saliva performs and helps numerous functions in our body, in addition to having several actions, such as helping the process of chewing, speech, swallowing, antibacterial, antiviral and antifungal action, among others. Once the amount of saliva is reduced or its composition altered by the use of medication, for example, all these functions may be directly impaired. Hyposalivation is the objective decrease in salivary flow and can be identified by measuring this flow and by identifying some signs when performing the clinical examination of the oral mucosa and may be accompanied by xerostomia, which is the feeling of dry mouth, therefore subjective. It may be responsible for the damage to homeostasis, deregulating the pH of the oral cavity, predisposing to the formation of bacterial plaque, favoring an increase in local acidity due to the lack of salivary buffering, which increases the risk of caries and periodontal disease, in addition to other conditions. buccal. We have several causes for hyposalivation, and medication is one of the most common, and these medications can be called xerogenic and the groups that have the greatest capacity to induce this alteration are psychiatric, anticholinergic, antihistamines, among others. . Hyposalivation is diagnosed by measuring salivary flow, but some clinical evidence may indicate the alteration, such as dry, shiny mucosa, change in saliva viscosity going from a more viscous saliva, in addition to adherence of the wooden spatula when the intraoral examination is performed. Treatment of hyposalivation/xerostomia aims at stimulating saliva secretion, if possible, and the use of saliva substitutes, aiming at lubrication, in addition to improving the patient's quality of life.