Publicação: Variabilidade da frequência cardíaca na avaliação da inflamação em equinos
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Data
2024-10-09
Autores
Orientador
Ferraz, Guilherme de Camargo 
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Coorientador
Pós-graduação
Ciência Animal - FCAV
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
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Resumo
Resumo (português)
Os cavalos, como animais de presa, desenvolveram mecanismos para mascarar sinais de dor e estresse, o que dificulta sua identificação precoce e representa um desafio clínico significativo. A dor, uma experiência sensorial e emocional associada a dano tisular, é um indicador vital do bem-estar físico e emocional. Para diagnosticar e monitorar a dor em equinos, ferramentas não invasivas são essenciais, permitindo avaliar estados fisiológicos, inflamatórios e neurológicos, além de verificar a eficácia de tratamentos analgésicos e prevenir a progressão de condições agudas para crônicas. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) destaca-se como um marcador útil, refletindo a interação entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático, além de alterações nos intervalos RR. Mudanças na VFC indicam respostas autonômicas ao estresse e à dor, contribuindo para uma gestão mais precisa e ética do bem-estar equino. O objetivo deste estudo foi caracterizar a VFC em cavalos com quadro de dor ortopédica transitória. Utilizaram-se 6 equinos distribuídos aleatoriamente em um ensaio do tipo 'crossover', com dois grupos experimentais (Controle-GC e Meloxicam-GM). Induziuse sinovite transitória na região do carpo intermediário por meio da administração intra-articular de lipopolissacarídeo (LPS) oriundo da E. coli 055:B5, na dose de 10 unidades, sendo que o grupo GM foi premedicado com 0,6 mg/kg de meloxicam. Em seguida, a VFC foi avaliada durante 5 ou 30 minutos em seis etapas: M0, M2, M4, M8, M24 e M48 horas após a aplicação do LPS. Os dados de VFC foram processados no software Kubios. Aplicou-se análise de variância para medidas repetidas no tempo, seguida pelo teste de Tukey (P < 0,05). Houve alteração nas variáveis RR, alta frequência (HF) em unidades normalizadas (n.u.), baixa frequência (LF), relação entre baixa frequência (LF) e alta frequência (HF) LF/HF (ms²), transformada rápida de Fourier da baixa frequência (FFT-LF, n.u.), transformada rápida de Fourier da alta frequência (FFT-HF, n.u.), ix transformada rápida de Fourier da alta frequência (FFT-HF, ms²) e transformada rápida de Fourier da relação entre baixa frequência (LF) e alta frequência (HF) FFTLF/HF (ms²). A elevação na HF pode indicar maior tônus simpático, refletindo um possível cenário doloroso. A média elevada dos intervalos RR e LF indica predominância do tônus simpático e eficácia do meloxicam no controle da inflamação e dor. A VFC, tanto no domínio da frequência quanto no domínio do tempo, pode estimar o controle da dor em equinos submetidos à indução transitória de sinovite.
Resumo (inglês)
Horses, as prey animals, have developed mechanisms to mask signs of pain and stress, making early identification difficult and posing a significant clinical challenge. Pain, a sensory and emotional experience associated with tissue damage, is a vital indicator of physical and emotional well-being. Non-invasive tools are essential for diagnosing and monitoring pain in horses, allowing for the assessment of physiological, inflammatory, and neurological states, as well as the evaluation of the effectiveness of analgesic treatments and the prevention of the progression from acute to chronic conditions. Heart rate variability (HRV) emerges as a useful marker, reflecting the interaction between the sympathetic and parasympathetic nervous systems and changes in RR intervals. Changes in HRV indicate autonomic responses to stress and pain, contributing to more accurate and ethical management of equine well-being. This study aimed to characterize HRV in horses with a transient orthopedic pain condition. Six horses were randomly assigned in a crossover trial design into two experimental groups (Control-GC and Meloxicam-GM). Transient synovitis was induced in the intermediate carpal joint by intra-articular administration of lipopolysaccharide (LPS) from E. coli 055:B5 at a dose of 10 units, with the GM group being premedicated with 0.6 mg/kg of meloxicam. HRV was then evaluated for 5 or 30 minutes at six time points: M0, M2, M4, M8, M24, and M48 hours after LPS administration. HRV data were processed using Kubios software. A repeated measures analysis of variance followed by Tukey’s test (P < 0.05) was applied. Changes were observed in the RR intervals, high frequency (HF) normalized units (n.u.), low frequency (LF), the ratio of low frequency to high frequency (LF/HF, ms²), Fast Fourier Transform low frequency normalized units (FFT-LF n.u.), Fast Fourier Transform high frequency normalized units (FFT-HF n.u.), Fast Fourier Transform high frequency in milliseconds squared (FFT-HF ms²), and Fast Fourier xi Transform low frequency to high frequency ratio (FFT-LF/HF ms²). Increased HF may indicate higher parasympathetic tone, reflecting a possible painful scenario. The elevated mean RR intervals and LF suggest a predominance of sympathetic tone and the effectiveness of meloxicam in controlling inflammation and pain. HRV, both in the frequency and time domains, can estimate pain control in horses subjected to transient synovitis induction.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português
Como citar
RODRIGUEZ, I. D. M. - Variabilidade da frequência cardíaca na avaliação da inflamação em equinos. 2025. 52 p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) – Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", Jaboticabal, 2024. .