Logotipo do repositório
 

Publicação:
Avaliação in vitro da atividade do extrato de própolis verde sobre células planctônicas e sésseis de isolados clínicos da levedura Trichosporon asahii

Carregando...
Imagem de Miniatura

Orientador

Menezes, Luciana da Silva Ruiz

Coorientador

Pós-graduação

Biologia Geral e Aplicada - IBB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A levedura Trichosporon asahii faz parte da microbiota humana, causando principalmente infecções superficiais. No entanto, na última década tem causado infecções disseminadas em pacientes imunocomprometidos, além de apresentar sensibilidade diminuída a maioria dos antifúngicos utilizados na rotina terapêutica. Considerando os desafios da prática clínica para o enfrentamento de infecções fúngicas e o aumento de resistência aos antifúngicos clínicos, buscam-se alternativas terapêuticas nos produtos naturais. Assim, o presente trabalho teve co-mo objetivos determinar a atividade antifúngica (concentração inibitória mínima - CIM e con-centração fungicida mínima - CFM) in vitro do extrato etanólico de própolis verde e de quatro antifúngicos comerciais sobre células planctônicas de isolados clínicos de T. asahii; avaliar a interação entre os extratos com os melhores resultados de atividade antifúngica in vitro com os antifúngicos anfotericina B e fluconazol; avaliar a capacidade antibiofilme (inibição e remo-ção) do extrato de própolis verde frente aos isolados de T. asahii; avaliar a ultraestrutura de biofilmes de tratados com própolis; avaliar a citotoxicidade de diferentes concentrações do extrato de própolis verde sobre células animais. Foram estudadas dez cepas clínicas de T. asa-hii mantidas em micoteca, extrato de própolis verde alcóolico a 11,05% (m/v) e os antifúngicos anfotericina B, caspofungina, fluconazol e voriconazol. Os ensaios antimicrobianos in vitro foram realizados com base no EUCAST para determinação da CIM e CFM. Para anfotericina, caspofungina e voriconazol, foram testadas concentrações de 0,03-16mg/L, para fluconazol de 0,25-128mg/L e para a própolis de 2,15-1105mg/L. Os valores de CIM variaram entre 0,5mg/L e 4mg/L para anfotericina B, 4mg/L e >16mg/L para caspofungina, 0,5 e 4mg/L para flucona-zol e 0,06 e 0,5mg/L para o voriconazol. A CFM para anfotericina B variou entre 2 e 4 mg/L, >16mg/L para caspofungina, 2 e 8 mg/L para fluconazol e entre 0,5 e 2 mg/L para voriconazol. Para a própolis, os valores de CIM e CFM variaram entre 276,25 e 552,2mg/L. Ao combinar anfotericina B e fluconazol com o extrato de própolis, houve ação antagonista para ambas os compostos. Ensaios de formação de biofilmes mostraram que todas as cepas testadas foram capazes de produzir biofilmes. O tratamento com o extrato de própolis foi realizado nas con-centrações 100%CIM, 75%CIM, 50%CIM, 25%CIM e 20%CIM e foi aplicada para análise de erradicação e inibição da formação de biofilmes. Nos ensaios de erradicação, a redução de biomassa foi observada em todas as concentrações testadas (1,6-99%), mas houve pouca alte-ração na atividade metabólica (0,46-50,77%). Em contraste, nos ensaios de inibição, houve redução de biomassa (5,3-100%) e atividade metabólica (11,9-81,1%) para a maioria das con-centrações testadas. A erradicação de biofilmes analisada por Microscopia Eletrônica de Var-redura mostrou a redução da complexidade dos biofilmes formados após o tratamento. O en-saio de citotoxicidade em fibroblastos animais mostrou que as concentrações de 69,06 mg/L, 138,125 mg/L e 276,25 mg/L são tóxicas, mas a viabilidade celular aumenta nas concentrações mais altas testadas. Os resultados mostraram o efeito inibitório do extrato de própolis verde sobre as cepas clínicas de T. asahii, considerados importantes para apoiar estudos de seu uso como potencial alvo terapêutico ou adjuvante para o tratamento das infecções fúngicas.

Resumo (inglês)

The yeast Trichosporon asahii is part of the human microbiota, mainly causing superficial infections. However, in the last decade, it has been responsible for disseminated infections in immunocompromised patients, in addition to exhibiting reduced susceptibility to most antifungals used in routine therapy. Considering the challenges of clinical practice in managing fungal infections and the increasing resistance to clinical antifungals, natural products have been explored as alternative therapies. Thus, the present study aimed to determine the in vitro antifungal activity (minimum inhibitory concentration - MIC and minimum fungicidal concentration - MFC) of the ethanolic extract of green propolis and four commercial antifungal agents on planktonic cells of clinical isolates of T. asahii; to evaluate the interaction between the extracts with the best antifungal activity in vitro and the antifungals amphotericin B and fluconazole; to evaluate the anti-biofilm capacity (inhibition and removal) of the green propolis extract against T. asahii isolates; to assess the ultrastructure of biofilms treated with propolis; and to evaluate the cytotoxicity of different concentrations of the green propolis extract on animal cells. Ten clinical strains of T. asahii maintained in a microbiological collection were studied, along with alcoholic green propolis extract at 11.05% (m/v) and the antifungals amphotericin B, caspofungin, fluconazole, and voriconazole. In vitro antimicrobial assays were performed based on EUCAST guidelines to determine the MIC and MFC. For amphotericin B, caspofungin, and voriconazole, concentrations of 0.03-16 mg/L were tested, for fluconazole 0.25-128 mg/L, and for propolis 2.15-1105 mg/L. MIC values ranged from 0.5 mg/L to 4 mg/L for amphotericin B, 4 mg/L to >16 mg/L for caspofungin, 0.5 mg/L to 4 mg/L for fluconazole, and 0.06 mg/L to 0.5 mg/L for voriconazole. The MFC for amphotericin B ranged from 2 to 4 mg/L, >16 mg/L for caspofungin, 2 to 8 mg/L for fluconazole, and 0.5 to 2 mg/L for voriconazole. For propolis, MIC and MFC values ranged from 276.25 to 552.2 mg/L. When combining amphotericin B and fluconazole with propolis extract, an antagonistic effect was observed for both drugs. Biofilm formation assays showed that all tested strains were capable of producing biofilms. Treatment with the propolis extract was performed at concentrations of 100% MIC, 75% MIC, 50% MIC, 25% MIC, and 20% MIC and was applied to analyze biofilm eradication and inhibition. In eradication assays, biomass reduction was observed at all tested concentrations (1.6-99%), but there was little change in metabolic activity (0.46-50.77%). In contrast, in inhibition assays, biomass reduction (5.3-100%) and metabolic activity reduction (11.9-81.1%) were observed for most tested concentrations. Biofilm eradication analyzed by Scanning Electron Microscopy revealed a reduction in the complexity of biofilms formed after treatment. Cytotoxicity assays in animal fibroblasts showed that concentrations of 69.06 mg/L, 138.125 mg/L, and 276.25 mg/L were toxic, but cell viability increased at higher concentrations tested. The results showed the inhibitory effect of the green propolis extract on clinical strains of T. asahii, considered important to support studies of its use as a potential therapeutic target or adjuvant for the treatment of fungal infections.

Descrição

Palavras-chave

Microbiologia médica, Fungos patogênicos, Antifúngicos, Produtos naturais, Biofilmes, Virulência, Antifungal, Natural products, Virulence

Idioma

Português

Como citar

MONARI, Gabrielle Pires de Morais. Avaliação in vitro da atividade do extrato de própolis verde sobre células planctônicas e sésseis de isolados clínicos da levedura Trichosporon asahii. Orientadora: Luciana da Silva Ruiz Menezes. 2025. Dissertação (Mestrado em em Biologia Geral e Aplicada) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu.2025

Itens relacionados

Unidades

Departamentos

Cursos de graduação

Programas de pós-graduação