Atenção!


O atendimento às questões referentes ao Repositório Institucional será interrompido entre os dias 20 de dezembro de 2025 a 4 de janeiro de 2026.

Pedimos a sua compreensão e aproveitamos para desejar boas festas!

Logo do repositório

Reconstrução e genealogia: estudo sobre a teoria crítica contemporânea

Carregando...
Imagem de Miniatura

Orientador

Segatto, Antonio Ianni

Coorientador

Pós-graduação

Ciências Sociais - FCLAR

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A teoria crítica contemporânea tem se dedicado à questão sobre como é possível justificar adequadamente entre os atores sociais o padrão de ideais sobre o qual deve basear sua crítica social sem incorrer em uma forma paternalista e reprodutora de estruturas de dominação. Essa tarefa deve estar de acordo com pelo menos duas principais diretrizes para a crítica social, a saber: uma análise das relações de poder e uma discussão sobre a autonomia como capacidade reflexiva. Ambas as questões se interrelacionam de forma complexa em um problema que evidencia a necessidade de uma discussão teórico-metodológica mais atenta, especialmente acerca do papel dos atores sociais como agentes da crítica. Em resposta a esse contexto, Axel Honneth propõe, na virada aos anos 2000, um modelo de crítica reconstrutiva com reserva genealógica, combinando ao mesmo tempo as ideias: de que é na própria realidade que estão presentes os conteúdos para a crítica, de que um exame genealógico pode revelar se as práticas dessa realidade podem ter se desorientado e se convertido em práticas que reproduzem a dominação e de que é nas mãos dos próprios atores sociais que deve estar a razão última da tomada de decisão para resolução de problemas. No entanto, essa proposta experimental não encontrou lugar nos trabalhos posteriores do autor, adotando a linha unidirecional da reconstrução normativa. A partir desse contexto, esse estudo propõe realizar uma discussão a partir da bibliografia relevante concernente, primeiro, acerca das questões da autonomia como capacidade reflexiva e da dominação como impedimento a essa capacidade, e, segundo, sobre ambos os modelos inicialmente combinados por Honneth como articuladores dessas questões, os modelos reconstrutivo e genealógico, perscrutando os trabalhos que os baseiam ou dimensionam em suas principais características, a fim de extrair seus elementos fundamentais. Desse modo, visa-se examinar se essa proposta metodológica mantém seu aparente potencial para lidar com as questões do diagnóstico e análise das relações de dominação social e da abertura à agência crítica autônoma dos atores sociais, em termos de uma capacidade reflexiva desobstruída, sem perder de vista a relação dialógica entre teóricos e não-teóricos, visando uma resolução conjunta dos problemas que afetam a realidade social.

Resumo (inglês)

Contemporary critical theory has addressed the question of how it is possible to adequately justify among social actors the standard of ideals on which they should base their social critique without incurring a paternalistic way that reproduces structures of domination. This task must be in accordance with at least two main guidelines for social critique, namely: an analysis of power relations and a discussion of autonomy as a reflective capacity. Both questions are interrelated in a complex way in a problem that highlights the need for a more attentive theoretical and methodological discussion, especially regarding the role of social actors as agents of critique. In response to these questions, Axel Honneth proposed, at the turn of the 2000s, a model of reconstructive critique with genealogical proviso, combining at the same time the ideas: that it is in reality itself that the contents for critique are present, that a genealogical examination can reveal whether the practices of this reality may have become disoriented and converted into practices that reproduce domination, and that it is in the hands of the social actors themselves that the ultimate reason for decision-making for problem-solving should lie. However, this experimental proposal did not find a place in the author's later works, adopting the unidirectional line of the normative reconstruction. From this context, this study proposes to conduct a discussion based on the relevant bibliography concerning, first, the issues of autonomy as a reflective capacity and domination as an impediment to this capacity, and, second, the both models initially combined by Honneth, the reconstructive and genealogical models, examining the works that base or measure them in their main characteristics, in order to extract their fundamental elements. In this way, the aim is to examine whether this methodological proposal maintains its apparent potential to deal with the issues of diagnosing relations of social domination and the openness to the autonomous critical agency of social actors, in terms of an unobstructed reflective capacity, without losing sight of the dialogical relationship between theorists and non-theorists, aiming at a joint resolution of the problems that affect social reality.

Descrição

Palavras-chave

Ciências sociais -- Filosofia, Ciencias sociais -- Metodologia, Filosofia Alemã, Teoria Crítica, Genealogia (Filosofia), Domination, Agency, Reconstruction, Genealogy, Addressed of critique

Idioma

Português

Citação

MOURA, Matheus Garcia de. Reconstrução e genealogia: estudo sobre a teoria crítica contemporânea. 2025. 197f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2025.

Itens relacionados

Unidades

Item type:Unidade,
Faculdade de Ciências e Letras
FCLAR
Campus: Araraquara


Departamentos

Cursos de graduação

Programas de pós-graduação