A geopolítica do esporte na nova ordem mundial: uma análise dos BRICS nos megaeventos – Copa do Mundo e Olimpíadas
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Data
Autores
Orientador
Gomes, Maria Terezinha Serafim 

Coorientador
Pós-graduação
Geografia - FCT
Curso de graduação
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A nova ordem internacional pós-1991 reestruturou as dinâmicas do poder global, desencadeando uma série de mudanças significativas nos âmbitos político, econômico e social. Os vácuos de poder deixado pela União Soviética foram ocupados por outros atores do sistema internacional, incluindo atores não estatais. Paralelamente, os esportes consolidam-se como instrumentos de poder, juntamente com seus agentes, como a FIFA (Federação Internacional de Futebol e Associados) e o COI (Comitê Olímpico Internacional), assim como os megaeventos, tais como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Nesse cenário, ocorre a formação dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), uma coalizão de nações que constitui o bloco do Sul-Global, detendo a capacidade de confrontar a hegemonia e a influência do Ocidente. Esses países nas últimas duas décadas instrumentalizaram o esporte, sediando megaeventos, buscando ocupar novas posições no sistema internacional, uma estratégia de Soft Power. Portanto, nosso objetivo é analisar o esporte como um instrumento de poder e sua instrumentalização a partir dos BRICS, com foco na realização das Olimpíadas e da Copa do Mundo, buscamos entender quais são os propósitos dos BRICS em abrigar os megaeventos e qual as razões para o deslocamento em direção aos países emergentes. A metodologia da pesquisa foi implementada por meio de uma análise sistemática da bibliografia, buscando outros estudos que já abordaram a temática, utilizando o Portal de Periódicos da CAPES e as plataformas Scopus, Web Of Science e Google Acadêmico. Os dados foram organizados e elaborados por meio da ferramenta Bibliometrix. Nessa ordem multipolar, o Soft Power ganhou espaço como ferramenta geopolítica. Com isso, os megaeventos assumem papel relevante para os países emergentes, tornando-se cada vez mais integrados ao cenário dos Jogos Internacionais, seja ao sediá-los ou ao participar através de suas empresas, que exportam a imagem do país para a opinião pública internacional. Por outro lado, a FIFA e o Comitê Olímpico Internacional buscam expandir para novos mercados, com foco especial no eixo Ásia-Pacífico. O esporte é um objeto analítico que ainda recebe pouca atenção da comunidade geográfica, embora alguns geógrafos dispersos tenham investigado o tema. Dessa forma, buscamos incentivar o uso do esporte como objeto de análise na Geografia, promovendo a integração desses autores e evidenciando que o fenômeno esportivo, principalmente no contexto das questões internacionais, é pesquisado por outros campos do conhecimento em várias regiões do mundo.
Resumo (inglês)
The new post-1991 international order restructured the dynamics of global power, triggering a series of
significant changes in the political, economic and social spheres. The power vacuum left by the Soviet Union were filled by other actors in the international system, including non-state actors. At the same time, sports consolidate themselves as instruments of power, together with their agents, such as FIFA (International Football Federation and Associates) and the IOC (International Olympic Committee), as well as mega events, such as the World Cup and the Olympic Games. In this scenario, the BRICS (Brazil, Russia, India, China and South Africa) are formed, a coalition of nations that constitutes the Global South bloc, with the capacity to confront the hegemony and influence of the West. These countries in the last two decades have instrumentalized sports, hosting mega events, seeking to occupy new positions in the international system, a Soft Power strategy. Therefore, our objective is to analyze sport as an instrument of power and its instrumentalization from the BRICS perspectives, focusing on the holding of the Olympics and the World Cup, we seek to understand the purposes of the BRICS in hosting mega-events and the reasons for the shift towards emerging countries. The research methodology was implemented through a systematic analysis of the bibliography, searching for other studies that have already addressed the topic, using the CAPES Portal and the Scopus, Web Of Science and Google Scholar platforms. The data was organized and prepared using the Bibliometrix tool. In this multipolar order, Soft Power gained space as a geopolitical tool. As a result, mega-events assume a relevant role for emerging countries, becoming increasingly integrated into the International Games scenario, whether by hosting or by sponsoring them through their companies, which export the country's image to international public opinion. On the other hand, FIFA and the International Olympic Committee seek to expand into new markets, with a special focus on the Asia-Pacific axis. Sports are an analytical object that still receives little attention from the geographic community, although a few scattered geographers have investigated the topic. We, therefore, seek to encourage the use of sports as an object of analysis in Geography, which is researched by other fields of knowledge in various part of the world, promoting the integration of these authors and highlighting the sporting phenomenon, mainly in the context of international issues.
Resumo (francês)
La nouvelle ordre internationale post-1991 a restructuré les dynamiques du pouvoir mondial, entraînant une série de transformations significatives aux niveaux politique, économique et social. Les vides de pouvoir laissés par l’Union soviétique ont été comblés par d’autres acteurs du système international, y compris des acteurs non étatiques. Parallèlement, le sport s’est consolidé comme un instrument de pouvoir, avec ses principaux agents, tels que la FIFA (Fédération Internationale de Football Association) et le CIO (Comité International Olympique), ainsi que les méga-événements, comme la Coupe du Monde et les Jeux Olympiques. Dans ce contexte, les BRICS (Brésil, Russie, Inde, Chine et Afrique du Sud) émergent en tant que coalition de nations formant le bloc du Sud global, dotées de la capacité de contester l’hégémonie et l’influence de l’Occident. Au cours des deux dernières décennies, ces pays ont instrumentalisé le sport en accueillant des méga-événements afin d’occuper de nouvelles positions dans le système international, dans une stratégie relevant du Soft Power. Ainsi, notre objectif est d’analyser le sport en tant qu’instrument de pouvoir et son instrumentalisation par les BRICS, en mettant l’accent sur l’organisation des Jeux Olympiques et de la Coupe du Monde. Nous cherchons à comprendre quels sont les objectifs des BRICS en accueillant ces méga-événements et quelles sont les raisons du déplacement de ces compétitions vers les pays émergents. La méthodologie de cette recherche repose sur une analyse systématique de la bibliographie existante, en s’appuyant sur des études antérieures traitant de cette thématique. Les sources ont été consultées via le Portail de Périodiques de la CAPES ainsi que sur les plateformes Scopus, Web of Science et Google Scholar. Les données ont été organisées et traitées à l’aide de l’outil Bibliometrix. Dans ce nouvel ordre multipolaire, le Soft Power a gagné en importance en tant qu’outil géopolitique. Ainsi, les méga-événements jouent un rôle central pour les pays émergents, devenant de plus en plus intégrés à la scène des Jeux Internationaux, que ce soit en tant qu’hôtes ou à travers la participation de leurs entreprises, qui projettent l’image de leur pays auprès de l’opinion publique internationale. Par ailleurs, la FIFA et le Comité International Olympique cherchent à s’étendre vers de nouveaux marchés, en mettant particulièrement l’accent sur l’axe Asie-Pacifique. Le sport demeure un objet d’analyse encore peu exploré par la communauté géographique, bien que certains géographes s’y soient déjà intéressés de manière dispersée. De ce fait, nous souhaitons encourager l’usage du sport comme objet d’analyse en géographie, en favorisant l’intégration des chercheurs travaillant sur cette thématique et en mettant en évidence que le phénomène sportif, notamment dans le cadre des relations internationales, fait l’objet de recherches dans d’autres disciplines et dans diverses régions du monde.
Resumo (espanhol)
El nuevo orden internacional posterior a 1991 reestructuró la dinámica del poder global, desencadenando una serie de cambios significativos en los ámbitos político, económico y social. El vacío de poder dejado por la Unión Soviética fue llenado por otros actores del sistema internacional, incluidos actores no estatales. Al mismo tiempo, los deportes se consolidan como instrumentos de poder, junto a sus agentes, como la FIFA (Federación Internacional de Fútbol y Asociados) y el COI (Comité Olímpico Internacional), así como los megaeventos, como la Copa del Mundo y la Copa del Mundo. Juegos olímpicos. En este escenario se forman los BRICS (Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica), una coalición de naciones que constituye el bloque del Sur Global, con capacidad de enfrentar la hegemonía e influencia de Occidente. Estos países en las últimas dos décadas han instrumentalizado el deporte, albergando megaeventos, buscando ocupar nuevas posiciones en el sistema internacional, una estrategia de Soft Power. Por lo tanto, nuestro objetivo es analizar el deporte como instrumento de poder y su instrumentalización desde las perspectivas de los BRICS, centrándonos en la realización de los Juegos Olímpicos y el Mundial, buscamos comprender los propósitos de los BRICS al albergar megaeventos y las razones. para el giro hacia los países emergentes. La metodología de investigación se implementó a través de un análisis sistemático de la bibliografía, buscando otros estudios que ya abordaron el tema, utilizando el Portal CAPES y las plataformas Scopus, Web Of Science y Google Scholar. Los datos fueron organizados y preparados utilizando la herramienta Bibliometrix. En este orden multipolar, el poder blando ganó espacio como herramienta geopolítica. Como resultado, los megaeventos asumen un papel relevante para los países emergentes, integrándose cada vez más en el escenario de los Juegos Internacionales, ya sea acogiéndolos o patrocinándolos a través de sus empresas, que exportan la imagen del país a la opinión pública internacional. Por otro lado, la FIFA y el Comité Olímpico Internacional buscan expandirse hacia nuevos mercados, con especial foco en el eje Asia-Pacífico. Los deportes son un objeto analítico que todavía recibe poca atención por parte de la comunidad geográfica, aunque algunos geógrafos dispersos han investigado el tema. Buscamos, por tanto, incentivar el uso de deportes como objeto de análisis en Geografía, que es investigado por otros campos del conocimiento en diversas partes del mundo, promoviendo la integración de estos autores y resaltando el fenómeno deportivo, principalmente en el contexto de las cuestiones internacionales.
Descrição
Palavras-chave
Geografia do esporte, Geopolítica do esporte, BRICS, Soft power, Copa do mundo e olimpíadas, Geography of sport, Geopolitics of sport, BRICS, Soft power, World cup and olympics, Géographie du sport, Géopolitique du sport, Coupe du monde et jeux olympiques, Geografía del deporte, Geopolítica del deporte, Copa del mundo y juegos olímpicos
Idioma
Português
Citação
PITOCO DA SILVA, Elvis Simões. A geopolítica do esporte na nova ordem mundial: uma análise dos BRICS nos megaeventos – Copa do Mundo e Olimpíadas. Orientador: Maria Terezinha Serafim Gomes. 2025. 267 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2024.
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