Poder da comunicação: uma perspectiva geopolítica das retóricas midiáticas sobre o conflito ucraniano na imprensa brasileira

Abstract

Esse trabalho tem como objetivo investigar a perspectiva de criação de storytellings sobre a Guerra da Ucrânia analisando como é caracterizado a Rússia no conflito e assim analisando sob a ótica do poder da comunicação de Manuel Castells. Sendo executando o trabalho por meio de análise de artigos de jornais das mídias digitais da Folha de São Paulo e Estado de São Paulo com uso da inteligência artificial Gemini do Google. A qual seu resultado passou por um exame da teoria de Castells com relação a comutação e programação das informações e da participação e exclusão de mídias. A qual concluímos que há construção de storytellings que deprecia e cria aversão com relação a Rússia demonstrando que há intuito em solapar as relações e criar opinião pública que faça o Brasil diminuir suas relações com a Rússia para diminuir a parceria política no campo do revisionismo da ordem mundial ocidental liderada pelos Estados Unidos.

This paper aims to investigate the creation of storytelling narratives about the Ukraine War, focusing on how Russia is characterized in the conflict, and analyzing it through the lens of Manuel Castells' communication power theory. The study was conducted by analyzing articles from the digital media platforms Folha de São Paulo and Estado de São Paulo, using Google's Gemini artificial intelligence. The results were examined in light of Castells' theory, particularly regarding the switching and programming of information, as well as the inclusion and exclusion of media participants. The study concludes that the construction of storytelling narratives tends to devalue and create aversion toward Russia, suggesting an intention to undermine relations and shape public opinion in Brazil, potentially leading to a reduction in political ties with Russia. This could be seen as an effort to weaken the partnership in the context of revisionist challenges to the Western world order led by the United States.