Publicação: Efeito do tiametoxam e difenoconazol em abelhas Apis mellifera e produtividade da cultura do morangueiro por meio da polinização dirigida
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Data
Autores
Orientador
Orsi, Ricardo de Oliveira 

Coorientador
Pós-graduação
Zootecnia - FMVZ
Curso de graduação
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
Algumas plantas dependem de polinizadores para auxiliá-las na sua reprodução, como o morangueiro, que pode produzir frutos deformados sem valor comercial, quando realiza apenas a autopolinização; sendo assim as abelhas auxiliam na polinização cruzada e produção de frutos com qualidade. Entretanto, o cultivo convencional do morangueiro depende do uso de agrotóxicos para o combater pragas e doenças, o que aumenta o risco de exposição das abelhas aos agrotóxicos na visitação das flores da cultura. Inseticidas neonicotinóides, utilizados na cultura do morangueiro agem no cérebro causando lesões no sistema cognitivo, olfativo e de navegação relacionados com o voo e comportamento de forrageamento; assim como os fungicidas trizóis que afetam o metabolismo e eliminação de agrotóxicos do organismo, comprometendo a defesa imunológica das abelhas. Diante do exposto os objetivos gerais da presente tese foram investigar os efeitos do inseticida tiametoxam (TMX) e fungicida difenoconazol (DFC) nas abelhas Apis mellifera em laboratório e em experimento de campo. Desta forma, a tese está dividida em quatro capítulos, o capítulo um introduz os temas estudados; o capítulo dois refere-se a revisão sistemática sobre o TMX e DFC e seus efeitos nas abelhas; o capítulo três que consiste no experimento realizado em laboratório e a campo. Em laboratório foram realizados testes de sobrevivência contaminando as abelhas com o TMX, DFC e associação dos dois produtos. A exposição foi realizada via ingestão de xarope de mel contaminado, sendo os tratamentos: C – Controle ingestão: xarope de mel; TMX - Inseticida Tiametoxam: xarope de mel contendo 1,25 µg de i.a./abelha; DFC – Fungicida Difenoconazol: xarope de mel contendo 125 µg de i.a./abelha; T+D – Associação: xarope de mail contendo 1,25 µg de i.a. de tiametoxam acrescido de 125 µg de i.a./abelha, e via contato por meio de gotícula (2 µL) de solução contendo os agrotóxicos diluídos em água destilada (C – Controle contato: água destilada; TMX – Inseticida Tiametoxam: 0,2 µg de i.a./µL; DFC contato – Fungicida Difenoconazol: 2,5 µg de i.a./µL; T+D contato – Associação: 0,2 µg de i.a. de tiametoxam acrescido de 2,5 µg de i.a./µL). A etapa de campo consistiu em oito unidades experimentais de ambiente protegido, cada uma munida com uma colônia de A. mellifera alojada em colmeias do tipo núcleo Langstroth e dez vasos de morangueiro da variedade San Andreas. As plantas foram pulverizadas com a dose de bula do TMX e DFC, reduzida para a área de 0,16 m², sendo assim os tratamentos utilizados: C – Controle: plantas pulverizadas com água destilada; S/A - Sem Abelhas (autopolinização): plantas pulverizadas com água destilada; TMX - inseticida Tiametoxam: 0,00075g de i.a./m² diluído em água destilada; DFC – Fungicida Difenoconazol: 0,06 ml de i.a./m² diluído em água destilada; T+D – Associação: 0,00075g de i.a. de tiametoxam acrescido de 0,06 ml de i.a. de difenoconazol/m² diluídos água destilada. Analisou-se o desenvolvimento populacional das colônias ao longo de sete semanas e mortalidade diária de abelhas durante 15 dias após a aplicação dos tratamentos, bem como quantidade, peso, comprimento e diâmetro, acidez titulável, sólidos solúveis totais e PH dos frutos produzidos. Por fim, o capítulo quatro com as implicações do trabalho. Os testes de sobrevivência em laboratório demostraram que os agrotóxicos isolados ou associados são prejudiciais e provocam mortalidades das abelhas em pouco tempo, destacando-se os tratamentos TMX e T+D que apresentaram como doses letais, tanto para as exposições via ingestão como contato. A campo os parâmetros analizados não apresentaram diferenças significativas comparando controle e tratamentos.
Resumo (inglês)
Some plants depend on pollinators to help them reproduce, such as the strawberry tree, which can produce deformed fruit with no commercial value when it only self-pollinates, so bees help with cross-pollination and the production of quality fruit. However, conventional strawberry cultivation depends on the use of pesticides to combat pests and diseases, which increases the risk of bees being exposed to pesticides when visiting the crop's flowers. Neonicotinoid insecticides, used in strawberry cultivation, act on the brain causing damage to the cognitive, olfactory and navigation systems related to flight and
foraging behavior; as well astrizole fungicides that affect the metabolism and elimination of pesticides from the body, compromising the immune defense of bees. In view of the above, the general objectives of this thesis were to investigate the effects of the insecticide thiamethoxam (TMX) and the fungicide difenoconazole (DFC) on Apis mellifera bees in the laboratory and in a field experiment. The thesis is divided into four chapters: chapter one introduces the topics studied; chapter two refers to the systematic review of TMX and DFC and their effects on bees; chapter three consists of the laboratory and field experiments. In the laboratory, survival tests were carried out by contaminating the bees with TMX, DFC and a combination of the two products. Exposure was via ingestion of contaminated honey syrup, the treatments being: C - Ingestion control: honey syrup; TMX - Thiamethoxam insecticide: honey syrup containing 1.25 µg a.i./bee; DFC - Difenoconazole fungicide: honey syrup containing 125 µg a.i./bee; T+D - Association: mail syrup containing 1.25 µg a.i. of thiamethoxam plus 125 µg a.i. /bee, and via contact using a droplet (2 µL) of solution containing the pesticides diluted in distilled water (C - Contact control: distilled water; TMX - Thiamethoxam insecticide: 0.2 µg of i. a./µL; DFC contact - Fungicide Difenoconazole: 2.5 µg a.i./µL; T+D contact - Association: 0.2 µg a.i. of thiamethoxam plus 2.5 µg a.i./µL). The field stage consisted of eight
experimental units in a protected environment, each equipped with an A. mellifera colony housed in Langstroth nucleus hives and ten pots of the San Andreas strawberry variety. The plants were sprayed with the leaflet dose of TMX and DFC, reduced to an area of 0.16 m², so the treatments used were: C - Control: plantssprayed with distilled water; S/A X - Without Bees (self-pollination): plants sprayed with distilled water; TMX - Thiamethoxam insecticide: 0.00075g of i.a. /m² diluted in distilled water; DFC - Fungicide Difenoconazole: 0.06 ml a.i./m² diluted in distilled water; T+D - Association: 0.00075g a.i. of thiamethoxam plus 0.06 ml a.i. of difenoconazole/m² diluted in distilled water. The population development of the colonies was analyzed over seven weeks and the daily mortality of the bees for 15 days after the application of the treatments, as well as the quantity, weight, length and diameter, titratable acidity, total soluble solids and PH of the fruit produced. Finally, chapter four contains the implications of the work. The survival tests in the laboratory showed that the pesticides, alone or in combination, are harmful and cause bee mortality in a short space of time, with the TMX and T+D treatments standing out as lethal doses, both for exposure via ingestion and contact. In the field, the parameters analyzed showed no significant differences between the control and the treatments
Descrição
Palavras-chave
Abelhas, Toxicidade de agrotóxicos, Fragaria x ananassa Duch, Agricultural production, Bees, Fragaria x ananassa Duch, Pesticides
Idioma
Português
Como citar
ASTOLFI, Aline. Efeito do tiametoxam e difenoconazol em abelhas Apis mellifera e produtividade da cultura do morangueiro por meio da polinização dirigida. Orientador: Ricardo de Oliveira Orsi. 2025. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu. 2025.