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Salas de aula, design e emoção: uma investigação sobre a expressão emocional de estudantes do ensino médio

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Orientador

Portugal, Cristina

Coorientador

Pós-graduação

Design - FAAC

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

As dinâmicas sociais em constante transformação e o crescente acesso à educação básica evidenciaram a necessidade de aprimorar o processo de aprendizagem dos estudantes; entretanto, o espaço da sala de aula permaneceu pouco alterado em sua essência, limitando seu potencial como instrumento didático-pedagógico que promove a interação social e o desenvolvimento educacional. Diante disso, a presente pesquisa de campo investigou a relação afetiva entre estudantes do segundo ano do ensino médio de uma escola pública e o layout de suas salas de aula, sob a perspectiva do Design de Interiores, do Design Emocional e do Design em Situações de Ensino-Aprendizagem. Analisou-se aspectos subjetivos como percepção, emoção e preferência, bem como o nível de satisfação dos estudantes em relação ao espaço. A metodologia empregou uma abordagem qualiquantitativa, utilizando pesquisa bibliográfica, avaliações pós-ocupação, observações do comportamento, e aplicação de questionários com uma amostra composta por 30 estudantes voluntários, além de entrevista com a gestão pedagógica. Os resultados comprovaram que o layout do ambiente influenciou parcialmente a expressão emocional e, consequentemente, impactou parcialmente a satisfação com o espaço. Outros fatores, como a estética, o conforto térmico, os aspectos pedagógicos e a rotina cansativa, dominaram as respostas, indicando que a sala de aula é composta por elementos tão intrinsecamente conectados que se torna inviável uma análise compartimentada, e que qualquer solução proposta deve considerar os aspectos afins. A predominância do tédio e do desinteresse foram notadas, enquanto demandas por conforto físico (climatização, infraestrutura) foram consistentes, e a socialização emergiu como o principal gerador de emoções positivas. A investigação da preferência pelos layouts elencados revelou um paradoxo entre a preferência pelo arranjo em duplas, devido seu potencial para socialização, e pelo arranjo em fileiras, por sua eficiência na concentração individual. Apesar disso, a estrutura em fileiras obteve nenhuma escolha em relação à flexibilidade, em contraponto às estruturas em grupos/blocos e semicírculo/ferradura. Os resultados permitiram identificar conexões entre fatores afetivos e satisfação, e resultaram na proposição de diretrizes projetuais para ambientes adaptáveis, que conciliam o foco individual com a aprendizagem colaborativa e dialógica, promovendo maior eficácia no processo de ensino e aprendizagem.

Resumo (inglês)

Social dynamics in constant transformation and the growing access to basic education have highlighted the need to improve students' learning processes. However, the classroom space has remained largely unchanged in its essence, limiting its potential as a didactic-pedagogical instrument that promotes social interaction and educational development. Given this, the present field research investigated the affective relationship between second-year high school students from a public school and the layout of their classrooms, from the perspective of Interior Design, Emotional Design, and Design in Teaching-Learning Situations. Subjective aspects such as perception, emotion, and preference, as well as students' satisfaction level in relation to the space, were analyzed. The methodology employed a qualitative and quantitative approach, utilizing bibliographic research, post-occupancy evaluations, behavioral observations, and the application of questionnaires with a sample composed of 30 volunteer students, in addition to an interview with the pedagogical management. The results demonstrated that the environment's layout partially influenced emotional expression and, consequently, partially impacted satisfaction with the space, as other factors such as aesthetics, thermal comfort, pedagogical aspects, and a tiring routine dominated the responses, indicating that the classroom is composed of elements so intrinsically connected that a compartmentalized analysis becomes unfeasible, and any proposed solution must consider related aspects. The predominance of boredom and disinterest was noted, while demands for physical comfort (climate control, infrastructure) were consistent, and socialization emerged as the main generator of positive emotions. The investigation of preference for the listed layouts revealed a paradox between the preference for the arrangement in pairs, due to its potential for socialization, and the arrangement in rows, for its efficiency in individual concentration. Despite this, the structure in rows received no choices regarding flexibility, in contrast to the groups/blocks and semicircle/horseshoe structures. The results allowed for the identification of connections between affective factors and satisfaction, and led to the proposition of design guidelines for adaptable environments that reconcile individual focus with collaborative and dialogical learning, promoting greater effectiveness in the teaching and learning process.

Descrição

Palavras-chave

Design, Design de interiores, Cognição ambiental, Expressão emocional, Arquitetura, Environmental cognition, Emotional expression, Architecture, Architecture

Idioma

Português

Citação

RAPOSO, Felipe Pereira. Salas de aula, design e emoção: uma investigação sobre a expressão emocional de estudantes do ensino médio. 2025. 166 f. Dissertação (Mestrado em Design) – Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru, 2025.

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