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Publicação:
Cosmese mamária e qualidade de vida em pacientes submetidas à cirurgia oncoplástica

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Orientador

Vieira, René Aloísio da Costa

Coorientador

Pós-graduação

Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Introdução: O tratamento conservador da mama (TCM) consagrou-se como procedimento oncologicamente seguro para o câncer de mama. Entretanto, desfechos cosméticos do TCM, muitas vezes, são insatisfatórios. Nesse sentido, a cirurgia oncoplástica mamária (COM), no intuito de garantir melhor cosmese, agregou ao tratamento oncológico, conceitos e técnicas da cirurgia plástica, aumentando também as indicações de conservação da mama. No entanto, a literatura é limitada quanto ao real impacto da COM na manutenção da cosmese mamária e na qualidade de vida (QV) das pacientes, o que justifica o presente estudo. Material e métodos: Estudo transversal, prospectivo, que incluiu aleatoriamente pacientes submetidas à TCM, com ou sem COM, para câncer de mama. As pacientes fizeram auto-avaliação do resultado cosmético das mamas pós-tratamento e tiveram-nas fotografadas. Além disso, tiveram a QV avaliada através dos questionários EORTC QLQ-30, EORTC QLQ-BR23 e BCTOS. As fotos foram analisadas pelo BCCT.core e por seis cirurgiões da mama, divididos em dois grupos (mastologistas e cirurgiões plásticos), através das escalas de Harvard, Garbay e Fituosi. Para a análise de concordância entre as variáveis categóricas, utilizou-se o teste Kappa e Weighted Kappa; entre as variáveis contínuas, o Índice de Correlação Interclasse e, para a avaliação da associação entre os resultados de COM e simetrização, o teste qui-quadrado. Resultados: Foram avaliadas 300 pacientes, 228 (76,0%) submetidas ao TCM clássico e 72 (24,0%) à COM; destas, 37 (51,4%) receberam simetrização contralateral. As pacientes submetidas à COM eram mais jovens (p = 0,004), possuíam maior escolaridade (p = 0,01), menor intervalo de tempo desde o final do tratamento (p = 0,02), tumores com maiores dimensões (p = 0,003) e mais propensos a receber quimioterapia neoadjuvante (p = 0,05). Com base nos questionários de QV, não foi observada diferença entre os grupos. Frente ao resultado cosmético geral, a correlação foi fraca entre pacientes e observadores (BCCT.core e cirurgiões); as pacientes avaliaram como bom ou excelente em 78,8% dos casos, seguido dos mastologistas (34%), BCCT.core e cirurgiões plásticos (30%). Na avaliação pela escala de Fituosi, houve moderada correlação entre os dois grupos de cirurgiões; já pela escala de Garbay, a correlação foi excelente. Na avaliação cosmética, oncoplastia e simetrização não interferiram nos resultados. Conclusão: As pacientes tendem a avaliar-se melhor do que os cirurgiões da mama, os quais apresentaram correlação aceitável; entretanto, a cirurgia oncoplástica não influenciou na cosmese e na qualidade de vida.

Resumo (inglês)

Introduction: Breast conserving treatment (BCT) has established itself as an oncologically safe procedure for breast cancer. However, cosmetic outcomes of BCT are often unsatisfactory. In this sense, Oncoplastic Breast Surgery (OBS), in order to ensure better cosmesis, added to the oncological treatment, concepts and techniques of plastic surgery, also increasing the indications for breast conservation therapy. However, the literature is limited as to the real impact of COM in maintaining breast cosmesis and in the quality of life (QL) of patients, which justifies the present study. Material and methods: Cross-sectional, prospective study, which randomly included patients undergoing BCT, with or without OBS, for breast cancer. The patients self-evaluated the cosmetic result of the post-treatment breasts and had them photographed. In addition, their QL was assessed using the EORTC QLQ-30, EORTC QLQ-BR23 and BCTOS questionnaires. The photos were analyzed by BCCT.core and six breast surgeons, divided into two groups (mastologists and plastic surgeons), using the Harvard, Garbay and Fituosi scales. For the analysis of agreement between categorical variables, the Kappa and Weighted Kappa tests were used; among continuous variables, the Interclass Correlation Index and, for the evaluation of the association between the results of OBS and symmetrization, the chi-square test. Results: 300 patients were evaluated, 228 (76.0%) submitted to classical BCT and 72 (24.0%) to OBS; of these, 37 (51.4%) received contralateral symmetrization. The patients submitted to OBS were younger (p = 0.004), had higher education (p = 0.01), shorter time interval since the end of treatment (p = 0.02), larger tumors (p = 0.003) ) and more likely to receive neoadjuvant chemotherapy (p = 0.05). Based on the QL questionnaires, there was no difference between groups. In the evaluation of the general cosmetic result, the correlation was weak between patients and observers (BCCT.core and surgeons); patients rated it as good or excellent in 78.8% of cases, followed by mastologists (34%), BCCT.core and plastic surgeons (30%). In the evaluation using the Fituosi scale, there was a moderate correlation between the two groups of surgeons; on the Garbay scale, the correlation was excellent. In the evaluation of cosmesis, oncoplasty and symmetrization did not interfere in the results. Conclusion: Patients tend to evaluate themselves better than breast surgeons, who presented an acceptable correlation; however, oncoplastic surgery did not influence cosmesis and quality of life.

Descrição

Palavras-chave

Câncer de mama, Cirurgia conservadora, Tratamento conservador, Cirurgia oncoplástica, Qualidade de vida, Cosmese, Breast cancer, Conserving surgery, Conserving treatment, Oncoplastic surgery, Quality of life, Cosmesis

Idioma

Português

Como citar

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