Logotipo do repositório
 

Publicação:
Efeitos do aquecimento dos oceanos nas respostas anti-predatórias de anfípodes marinhos a pistas de alarme de coespecíficos em interações presa-predador

Carregando...
Imagem de Miniatura

Orientador

Costa, Tânia Marcia
Arvigo, Alexandre Luis
Zuben, Claudio José von

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Ciências Biológicas - IB

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

As mudanças ambientais associadas ao aumento da temperatura têm sido apontadas como prejudiciais aos processos de geração, propagação e recepção de sinais químicos emergentes da interação entre presa e predador. Essas interações possuem uma importância significativa para a regulação das dinâmicas de comunidades ecológicas e de suas cadeias tróficas. O objetivo deste trabalho foi investigar se haveria mudanças nos comportamentos anti-predatórios de anfípodes induzidos pela presença da pista de alarme de coespecífico considerando o cenário de mudanças do clima. Foram realizadas avaliações do comportamento dos indivíduos da geração F2 criados nas condições de aquecimento da água (30,8°C) e controle (26°C), desde a geração F0. Foram 10 minutos de experimento com amostragem focal instantânea. A pista de alarme [de coespecífico, heteroespecífico (controle negativo) ou controle] foi adicionada ao final dos oito minutos no volume de 2 ml. Através da análise multivariada de variância (MANOVA) foram encontradas diferenças significativas para as temperaturas da água [Wilks' Lambda = 0,32, F(18; 36) = 2,40, p = 0,004]. O teste de TukeyHSD permitiu constatar que a taxa de uso de abrigo dos anfípodes nascidos em águas quentes, quando transferidos para o ambiente aquecido, foi maior que os demais grupos. Portanto, é possível que a mudança da temperatura possa agir como estímulo para alguns organismos, fazendo-os modificar a busca e uso de abrigo. Em contraste, atividades exploratórias diminuem quando a temperatura do ambiente é elevada acima de 26°C. Tal condição poderia ser explicada pelo fato de que os anfípodes, quando se encontram em temperaturas mais altas que as de preferência, tenderiam a convergir sua energia vital para a produção de enzimas e proteínas que amenizassem os efeitos negativos causados pela elevada temperatura do ambiente. Em conclusão, o aumento da temperatura da água alterou o comportamento anti-predatório de anfípodes em relação à busca e o uso de abrigo e no momento em que os organismos tendem a buscar menos por abrigo, eles se tornam mais vulneráveis à predação e essa desregularidade pode causar graves consequências em cascata no ecossistema.

Resumo (inglês)

The environmental changes associated with the increase in temperature have been identified as harmful to the processes of generation, propagation and reception of chemical signals emerging from the interaction between prey and predator. These interactions have a significant importance for the regulation of the dynamics of ecological communities and their trophic chains. The objective of this work was to investigate whether there would be changes in the anti-predatory behavior of amphipods induced by the presence of the conspecific alarm cue considering the climate change scenario. Evaluations of the behavior of individuals of the F2 generation were carried out in the conditions of water heating (30.8°C) and control (26°C), since the F0 generation. It was 10 minutes of experiment with instantaneous focal sampling. The alarm cue [from conspecific, heterospecific (negative control) or control] was added at the end of eight minutes in a volume of 2 ml. Through multivariate analysis of variance (MANOVA), significant differences were found for water temperatures [Wilks' Lambda = 0.32, F(18; 36) = 2.40, p = 0.004]. The TukeyHSD test showed that the rate of shelter use by amphipods born and raised at control temperature, when transferred to a warm environment, was higher than the other groups. Therefore, it is possible that the change in temperature can act as a stimulus for some organisms, causing them to modify the search and use of shelter. In contrast, exploratory activities decrease when the ambient temperature is raised above 26°C. Such a condition could be explained by the fact that amphipods, when they are at temperatures higher than those they prefer, would tend to converge their vital energy to produce enzymes and proteins that mitigate the negative effects caused by the high temperature of the environment. In conclusion, the increase in water temperature altered the anti-predatory behavior of amphipods in relation to seeking and using shelter and, when organisms tend to seek less shelter, they become more vulnerable to predation and this irregularity can cause serious cascading consequences in the ecosystem.

Descrição

Palavras-chave

Comunicação química, Mudanças climáticas, Comportamento animal, Alarm clue, Climate changes, Anti-predatory behavior

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados

Unidades

Departamentos

Cursos de graduação

Programas de pós-graduação