Animais não humanos e divulgação científica: um estudo sobre a Revista Scientific American Brasil (2002-2007)

Abstract

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A maneira como a humanidade se relaciona com animais foi alterada em diversos momentos ao longo da história. Em vários momentos conseguimos encontrar diferentes valores atribuídos à diferentes animais configurando uma relação que abrange desde a criação de animais para o consumo humano, até relações de vínculos familiares, frequentemente presente quando se observa animais domésticos. Atualmente, como consequência dos problemas resultantes da chamada crise ambiental, inclusive por uma série de fatores globais associados às mudanças climáticas, como furacões e tsunamis, a relação homem e animais não-humanos vêm sendo repensada, principalmente quando a atividade humana interfere negativamente nos hábitos de algum animal. Diversos meios de comunicação têm exercido um papel importante na sensibilização para as questões relativas à temática ambiental e, a fim de despertar a consciência ecológica dos leitores, algumas publicações veiculam temas relacionados à animais não humanos. Esses animais, domésticos e familiares à nossa espécie ou tidos como selvagens, são comumente apresentados nessas publicações, de acordo com algum interesse humano, desde relações afetivas até ao controle de vetores de doenças, ou uso de animais em pesquisas científicas, representando assim, uma abordagem antropocêntrica, além da visão utilitarista desses animais. Em 2002, a revista Scientific American passou a contar com uma edição brasileira, colaborando para o aumento de periódicos de divulgação científica, e na quantidade de artigos deste tipo publicados em português, disponíveis para o leitor brasileiro. Uma revista dessa natureza, frequentemente apresenta em seu conteúdo, matérias que abordam animais. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho é investigar a relação humanos e animais, veiculada pela revista de divulgação científica Scientific American Brasil nos seus primeiros cinco anos, a fim de...