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Publicação:
Tempos históricos e suas velocidades: o neoliberalismo no plano internacional e nacional

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Orientador

Passos, Rodrigo Duarte Fernandes dos

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Relações Internacionais - FFC

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Durante os últimos quatro anos(2019-2022), foi possível notar no Brasil um retorno de políticos de direita ao poder, após os últimos governos eleitos terem uma inclinação à esquerda (“2003- 2016”), além de uma grande presença de discursos e políticas que remetem ao neoliberalismo, que se apresenta de forma dominante em nível internacional. Tendo isso em vista, faz-se necessário uma melhor compreensão da ascensão de Jair Messias Bolsonaro à presidência do Brasil, e como o seu governo de extrema direita está conectado com a hegemonia neoliberal, além de buscar entender o lugar do fascismo como ideia e como prática em seu governo, em termos sumários das temporalidades históricas. O primeiro objetivo é responder ao problema: Como avaliar os tempos históricos nacional e internacional do advento neoliberal ligado a Bolsonaro? O segundo objetivo é testar a hipótese de que a hegemonia neoliberal se desdobra nacionalmente com diferentes tempos, sendo no Brasil uma peculiar expressão autoritária sob Bolsonaro. Usam-se fontes bibliográficas e autores que dialogam com a referida temática, como análises de Robert Warburton Cox (1981) e Immanuel Maurice Wallerstein (2007), buscando obter um panorama geral de como o neoliberalismo se desenvolveu em diferentes formatos e velocidades, em nível nacional e internacional, ao mesmo tempo que o encara criticamente. Primeiramente, considera-se que há em curso um discurso que assegura a permanência de certos grupos privilegiados no topo da hierarquia do poder, conforme a abordagem de Wallerstein (2007). Tal discurso foi elaborado para atender os interesses de um grupo específico, mas ao mesmo tempo deve servir universalmente, de modo que justifique a desigualdade existente. O crescente individualismo, o desmonte do Estado de Bem-Estar Social, o triunfo das reformas neoliberais e o enfraquecimento do movimento trabalhista organizado são alguns dos resultados e objetivos desse discurso. Isso está em conformidade com a análise de Cox (1981) na medida em que o autor também se questiona quais e de quem são os valores que predominam, pois são esses que priorizam os direitos de certos grupos ao invés de outros. Ademais, Cox e Wallerstein pensam em diferentes tempos históricos, isto significa tentar entender as dimensões da vida em termos da velocidade da transformação. Tais fatos tem relação com a eleição de Bolsonaro, pois o mesmo é considerado um político de extrema direita e defensor do modelo neoliberal. As consequências de suas políticas, em conjunto com a pandemia do Coronavírus, incluem o desemprego em massa, um grande aumento da inflação e da insegurança alimentar, tornando mais do que necessário um olhar crítico para suas ações, já que possuem laços com o neoliberalismo e o insustentável modo de produção capitalista. Conclui-se que o governo Bolsonaro articula um tempo específico de componentes autoritários e neoliberais no seu nexo com o plano internacional. Cox suscita reflexão para encontrar novas possibilidades de ordem, algo que logicamente conterá elementos propositivos de transformação. Tais elementos podem e devem ser aplicados para construir uma visão crítica do que acontece na sociedade brasileira nos dias atuais, não devendo ser aceitos sem questionamentos os modelos impostos pelas classes dominantes para manter e expandir seu poder e privilégios, às custas de todo o resto da população. Logo, a Teoria Crítica mostra-se essencial para pensar maneiras de entender a realidade brasileira e buscar transformá-la.

Resumo (inglês)

During the last four years (2019-2022), it was possible to see in Brazil a return of right-wing politicians to power, after the last two elected governments were left-wing (“2003-2016”), in addition to a large presence of speeches and policies that refer to neoliberalism, which presents itself in a dominant form at the international level. With this in mind, a better understanding of Jair Messias Bolsonaro's rise to the presidency of Brazil is needed, and how his far-right government is connected with neoliberal hegemony, in addition to seek to understand the place of fascism as an idea and as a practice in its government, in summary terms of historical temporalities. The first objective is to answer the question: How to assess the national and international historical times of the rising neoliberalism linked to Bolsonaro? The second objective is to test the hypothesis that neoliberal hegemony developed nationally with different times, being in Brazil a peculiar authoritarian expression under Bolsonaro’s government. We used bibliographical sources and authors that dialogue with this theme, such as analyzes by Robert Warburton Cox (1981) and Immanuel Maurice Wallerstein (2007), seeking to obtain an overview of how neoliberalism developed in different formats and times, nationally and internationally, while looking at it critically. Firstly, there is an ongoing discourse that ensures the permanence of certain privileged groups at the top of the power pyramid, according to Wallerstein's approach (2007). Such discourse was designed to meet the interests of a specific group, but at the same time it should work universally, so as to justify the existing inequality. Growing individualism, the dismantling of the Welfare State, the triumph of neoliberal reforms and the weakening of the organized labor movement are some of the results and objectives of this discourse. This is in line with Cox's analysis (1981) insofar as the author also questions which and whose values prevail, as they prioritize the rights of certain groups over others. Also, Cox and Wallerstein think in different historical times, this means they are trying to understand the dimensions of life in terms of the speed of transformation. Such facts are related to Bolsonaro winning the Brazilian elections, as he is considered to be an extreme right-wing politician and defender of the neoliberal model. The consequences of his policies, along with the Coronavirus pandemic, include mass unemployment, a large increase in inflation and food insecurity, therefore, it is necessary to look critically at his actions, as they have ties to neoliberalism and the unsustainable capitalist mode of production. It is concluded that the Bolsonaro government articulates a specific time of authoritarian and neoliberal components in its nexus with the international scenario. Cox seeks to find new possibilities of order, something that will logically contain transformative elements. Such elements can and should be applied to build a critical view of what currently happens in Brazilian society, and the models imposed by the dominant classes to maintain and expand their power and privileges, at the expense of everyone else, should not be accepted without question. Therefore, Critical Theory proves to be essential to think about ways to understand the Brazilian reality and seek to transform it.

Descrição

Palavras-chave

Brasil, Neoliberalismo, Teoria crítica, Brazil, Neoliberalism, Critical theory

Idioma

Português

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