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Efeitos da fragmentação nos padrões morfológicos de aves de sub-bosque

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Orientador

Galetti, Mauro

Coorientador

Pós-graduação

Ecologia, Evolução e Biodiversidade - IB

Curso de graduação

Título da Revista

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Mudanças rápidas nos ambientes naturais podem afetar a qualidade do habitat das espécies, levando a alterações fenotípicas aceleradas. Essas mudanças podem ocorrer por seleção natural e efeitos ambientais, influenciando múltiplos grupos ecológicos. Um método para detectar essas alterações é a análise da assimetria flutuante. Neste estudo, testamos se a fragmentação da Mata Atlântica influencia a diversidade morfológica e a assimetria flutuante de quatro aves florestais de sub-bosque (barranqueiro-de-olho- branco, chupa-dente, tangará-dançarino e tiê-preto). Para isso, ajustamos modelos de regressão linear, usando métricas de paisagem (cobertura florestal e conectividade funcional) como variáveis preditoras e a assimetria flutuante como variável resposta. Propusemos duas hipóteses sobre a assimetria: (1) maior cobertura florestal reduz a assimetria flutuante; (2) a conectividade funcional segue o mesmo padrão. Também formulamos hipóteses sobre os bicos: (1) em áreas fragmentadas, a seleção favorece bicos menores e mais versáteis; (2) em áreas preservadas, bicos maiores podem ser vantajosos para exploração de recursos específicos. Para chupa-dente, encontramos relação significativa entre cobertura florestal e morfologia: indivíduos em áreas mais preservadas apresentaram bicos menores e menor assimetria nos tarsos. Para as demais espécies, não houve relação significativa com as variáveis de paisagem. Assim como o bico, os tarsos são fundamentais para locomoção e ecologia, e sua assimetria pode refletir estresse ambiental. Nossos achados sugerem que a perda de habitat pode impulsionar rápidas mudanças evolutivas.

Resumo (inglês)

Rapid changes in natural environments can affect habitat quality for species, leading to accelerated phenotypic alterations. These changes may occur through natural selection and environmental effects, influencing multiple ecological groups. One method to detect such alterations is the analysis of fluctuating asymmetry. In this study, we tested whether the fragmentation of the Atlantic Forest influences the morphological diversity and fluctuating asymmetry of four understory forest bird species (White-eyed Foliage- gleaner, Rufous Gnateater, Blue Manakin, and Ruby-crowned Tanager). To do so, we fit linear regression models using landscape metrics (forest cover and functional connectivity) as predictor variables and fluctuating asymmetry as the response variable. We proposed two hypotheses regarding asymmetry: (1) greater forest cover reduces fluctuating asymmetry; (2) functional connectivity follows the same pattern. Additionally, we formulated hypotheses concerning beak morphology: (1) in highly fragmented areas, selection favors smaller, more versatile beaks; (2) in less fragmented areas, larger beaks may be advantageous for exploiting specific food resources. For the Rufous Gnateater, we found a significant relationship between forest cover and morphology: individuals in more forested areas exhibited smaller beaks and lower tarsus asymmetry. No significant relationships with landscape variables were observed for the other species. Like the beak, the tarsus plays a crucial role in locomotion and ecology, and its asymmetry may indicate environmental stress. Our findings suggest that habitat loss may drive rapid evolutionary changes.

Descrição

Palavras-chave

Aves neotropicais, Fragmentação do habitat, Variação morfológica, Respostas evolutivas rápidas, Neotropical birds, Habitat fragmentation, Morphological variation, Rapid evolutionary responses

Idioma

Português

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