Um resumo sobre inteligência vegetal: possibilidades de considerá-la como fenômeno

Abstract

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O termo inteligência já foi objeto de atenção em diversas áreas do conhecimento. Entretanto, fora do contexto de vertebrados superiores, ele tem sido motivo de controvérsia, sobretudo ao passo que caminhamos rumo a uma melhor compreensão de plantas em geral, e observamos que há paralelos possíveis de serem feitos entre o comportamento de animais que consideramos como inteligentes, e o de plantas. Vegetais, apesar de seu estilo de vida séssil e ínfima semelhança com organismos do reino animal, lidam com as adversidades e variações ambientais bióticas e abióticas de maneira mais calculada e complexa do que aparentam. Novos estudos vêm observando recentemente no comportamento vegetal, um termo alternativo à proeminente plasticidade fenotípica que esses organismos apresentam, características que constituem atributos chave dentro das definições recorrentes do termo, que é possível inferir a eles a qualidade de inteligência. Percepção sensorial detalhada, aprendizado, memória metabólica, reconhecimento de si e de indivíduos adjacentes, antecipação de eventos e ações coerentes, capacidade de escolha individual, comunicação intra e extraespecífica, sinalização celular integrativa de curta e longa distância, tanto hormonal como de natureza elétrica, modulação comportamental baseada em sinalização sistêmica, individualidade, espontaneidade e comunicação são alguns dos fenômenos já observados, que fundamentam o argumento de que plantas agem não como autômatos, mas sim por meio de uma leitura detalhada de seu ambiente, em ações complexas de como irá a responder aos estímulos ambientais. Esses fenômenos, caso melhor compreendidos, divulgados, e considerados como subproduto de uma intenção, ao invés de uma resposta padronizada e automática, expandem as possibilidades pedagógicas, teóricas e práticas no que tange nossa relação com os vegetais. Além de poder se tornar importantes...