Desengajamento moral e bullying em aulas de educação física na escola

Abstract

A violência dentro da escola é, nos dias de hoje, um dos grandes desafios a serem superados pelos indivíduos que fazem parte desse ambiente. E nas aulas de Educação Física não é diferente, sendo um ambiente propício ao aparecimento desses comportamentos inadequados. Um desses comportamentos é o bullying, fenômeno que está presente no cotidiano escolar e muitas vezes passa despercebido pela gestão escolar e professores. Esse fenômeno acontece de forma repetitiva, de um indivíduo a outro, causando grandes impactos à vítima. Buscando entender esses comportamentos foi utilizado como referencial teórico a Teoria Social Cognitiva, de Albert Bandura, mais especificamente o Desengajamento Moral, forma pela qual o indivíduo justifica seus atos transgredindo as normas éticas e morais, sem reconhecer o efeito na vítima. Participaram do estudo 216 alunos com idade entre 10 e 15 anos, desses 42,6% do sexo masculino e 57,4% do sexo feminino, matriculados em duas escolas de Ensino Fundamental público da cidade de Rio Claro, SP. Com os alunos foram aplicados um questionário com inventário sobre o bullying e uma escala de Desengajamento Moral adaptada (BOARDLEY & KAVUSSANU, 2008). Foi observada a percepção dos alunos quanto a cometeu (51,2% - poucas vezes) e sofreu bullying (47,7% - poucas vezes) durante as aulas com esses comportamentos. Em relação aos mecanismos de Desengajamento Moral o mecanismo comparação vantajosa (m = 3,38) foi o que obteve maior média entre os oito postulados na teoria. Sabendo dessas questões, cabe a todos os envolvidos no ambiente escolar o desenvolvimento de possibilidades que visem um melhor entendimento sobre essas questões e elaboração de estratégias a fim de diminuir esses comportamentos no ambiente escolar, tornando-o cada vez mais favorável ao desenvolvimento do aluno