Influência da prostaglandina em búfalos submetidos a colheita de sêmen por eletroejaculador

Abstract

Esta pesquisa analisou a efetividade de diversas doses de prostaglandina administrada antes da colheita de sêmen por eletroejaculador em touros bubalinos, mestiços da raça Murrah, visando reduzir o tempo de ejaculação durante o procedimento andrológico. Assim como também avaliou os aspectos fisiológicos, o comportamento, a temperatura e a correlação da testosterona e cortisol. Foram utilizados 27 bubalinos com idade entre 20 e 36 meses, divididos em três grupos, o grupo controle (n°=9), recebeu 5mL de solução fisiológica, o grupo II (n°=9) recebeu 2,5mL de prostaglandina e o grupo III (n°=9) recebeu 5mL da mesma substância, respectivamente; Na avaliação dos aspectos fisiológicos, a variável TR (temperatura retal) e FR (frequência cardíaca) apresentaram correlação significativa (P˂0,05), já a variável FR (frequência respiratória) não apresentou correlação significativa com as demais. O uso da prostaglandina em diferentes concentrações não causou uma diferença significativa no tempo de ejaculação apresentando valor (P˃0,05). No comportamento foi avaliado as alterações presentes nas variáveis, apresentando média dos grupos estabelecidas em percentuais, abertura de narina 85.15%, vocalização 63.13%, sialorréia 85.18%, alteração de cabeça 100%, atitude de deitar 29.44%, atitude de ajoelhar 63.15% e na saída do brete, 77% saíram andando e 22% correndo. A temperatura analisada por meio de termografia por infravermelho, a variável TTD (temperatura do testículo direito) apresentou uma correlação significativa com a TTE (temperatura do testículo esquerdo) (P˂0,05), com a TOLHO (temperatura do olho) e com a TMUFLA (temperatura da mufla) também apresentou uma correlação significativa a (P˂0,01); A variável TTE com a TTD e a TOLHO apresentou correlação significativa a (P˂0,05), e com a TMUFLA não houve correlação significativa. Na variável TOLHO, houve correlação significativa com a TTE a (P˂0,05) e com a TMUFLA a (P˂0,01), já com a TTD não apresentou correlação significativa. Na comparação da variável TMUFLA houve correlação significativa (P˂0,01); com a TTD e TOLHO e na comparação com a TTE não houve correlação significativa. Na comparação entre a testosterona e o cortisol, as médias não apresentaram diferenças significativas, apresentando valores superiores a (P˃0,05). Os resultados deste estudo demonstraram que, a prostaglandina dinoprost trometamina não apresentou um efeito no tempo de ejaculação. Em relação os aspectos fisiológicos, as alterações evidenciadas nos parâmetros, provavelmente foram causadas por mecanismos de termorregulação. O percentual elevado das alterações de comportamento durante o procedimento andrológico por eletroejaculador, indicam que tais variáveis podem ser excelentes marcadores de dor e desconforto. As diferenças de temperaturas dos órgãos demonstram que a termografia por infravermelho auxilia no exame, sendo uma ferramenta de grande valia na reprodução. E a contenção no brete não influenciou na correlação de testosterona e cortisol de touros bubalinos.

This research analyzed the effectiveness of various doses of prostaglandin administered before sêmen collections by electroejaculator in buffalo bulls, hybrids of the Murrah bred, aiming to reduce the ejaculation time during the andrological procedure. Similary, it also assessed the physiological aspects, behavior, temperature, and the correlation betwen testosterone and cortisol. A total of 27 buffaloes aged betwen 20 and 36 months were used. divided into three groups: the control group (n°=9) received 5mL of saline solution, group II (n°=9) received 2,5mL of prostaglandin, and group III (n°=9) received 2,5mL of the same substance, respectively. In the evaluation of physiological aspects, the variable TR (rectal temperature) and FC (heart rate) showed a significant correlation (P˂0,05), while the variable FR (respiratory rate) did not show a significant correlation with the others. The use of prostaglandin at different concentrations did not cause a significant difference in ejaculation time, presenting a value (P˃0,05). The behavior was evaluated for changes in the variables, showing the mean of the groups established in percentages: nostril opening 85.15%, vocalization 63.13%, sialorrhea 85.15%, head alteration 100%, lying atitude 29.44%, kneeling atitude 63.15%. Regarding the exit from the squeeze chute, 77% left walking and 22% running. The temperature analyzed throug infrared thermography, physiological paramentres were evaluated, and plasma testosterone and cortisol levels were measured. The use of prostaglandin at different concentrations did not cause a significant difference in ejaculation time, presenting a value (P˃0,05), which demonstrates that dinoprost trometamol my not have a significant effect on ejaculation time. In the analysis of infrared thermography, the variable TTD (temperature of the right testicle) showed a significant correlation with TTE (temperature of left testicle) (P˂0,05), with TOLHO (temperature of the eye) and with TMUFLA (temperature of the mufla) also showing a significant correlation (P˂0,01); The variable TTE showed a significant correlation with TTD and TOLHO (P˂0,05) while there was no significant correlation with TMUFLA. In the variable TOLHO, there was a significant correlation with TTE at (P˂0,05) and with TMUFLA at (P˂0,01), while there was no significant correlation with TTD. In the comparison of the TMUFLA variable, there was a significant correlation (P˂0,01) with TTD, and in the comparison with TTE, there was no significant correlation. In the correlation between testosterone and cortisol, the means did not show significant diferences, preseting vallues greater than (P˃0,05). The results of this study demonstrated that dinoprost tromethamine did not have a effect on ejaculation time. Regarding the physiological aspects, the changes evidenced in the paramenters were likely caused by thermoregulation mechanisms. The high percentage of behavioral changes during the andrological procedure using na electroejaculator indicates that such variables can be excellent markers of pain and discomfort, suggesting new studies to refine the techinique, equipment, and management in buffaloes.