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O sentimento de esperança e o sofrimento emocional em adolescentes em tempos pós-pandêmicos

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Orientador

Tognetta, Luciene Regina Paulino

Coorientador

Pós-graduação

Educação Escolar - FCLAR

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Considerando o contexto atual e a atuação dos seres humanos como sujeitos que vivenciam, participam, intervém e atuam sobre a realidade, o trabalho ora descrito teve como ponto de partida investigar o sentimento de esperança no futuro e o sofrimento emocional a partir da escuta de 3276 1meninos e meninas adolescentes dos 7º, 8º e 9º anos das escolas de ensino fundamental (anos finais) da rede pública e privada em tempos pós-pandêmicos. Além de um procedimento ético e humanizador, político e pedagógico, a escuta deve ser pensada como uma atitude ontológica de reconhecimento dos meninos e meninas adolescentes na condição de pessoas em si mesmas, em sua igualdade e em suas diferenças em relação aos adultos, conferida pela condição peculiar de desenvolvimento, uma escuta sensível que respeite as adolescências. A partir dessas afirmações, surgiram algumas indagações: Meninos e meninas adolescentes têm manifestado o sentimento de esperança quanto ao seu futuro? Meninos e meninas adolescentes têm manifestado problemas de sofrimento emocional? Existirá uma relação entre o sentimento de esperança e o sofrimento emocional autopercebidos por meninos e meninas adolescentes? Haverá diferenças entre a manifestação desses sentimentos e as variáveis de gênero, raça e tipo de escola. Optamos pela revisão bibliográfica acerca dos descritores esperança, adolescentes e sofrimento emocional. A presente pesquisa de caráter exploratório, descritivo e com abordagem quanti- qualitativa tem por objetivos verificar se existem relações entre o sentimento de esperança e a frequência do sofrimento emocional entre adolescentes; verificar se existem relações entre a frequência de sofrimento emocional e o sentimento de esperança manifestados por adolescentes que autodeclaram diferentes cor/raça; verificar se existem relações entre a frequência de sofrimento emocional e o sentimento de esperança manifestados por adolescentes de diferentes gêneros; verificar se existem relações entre a frequência de sofrimento emocional e o sentimento de esperança manifestados por adolescentes de diferentes tipos de escolas - públicas e particulares e validar um instrumento de mensuração do sentimento de esperança, em tempos pós-pandêmicos. A hipótese da presente pesquisa é que quanto mais alto o escore de sofrimento emocional menor o escore de esperança e vice-versa. Com relação ao sofrimento emocional e o diálogo com as variáveis desta pesquisa, os resultados evidenciam que há problemas de sofrimento emocional em ambos os tipos de escolas, sendo a pontuação mediana para as escolas particulares ligeiramente superior à das escolas públicas e as meninas adolescentes apresentaram os maiores escores. Quanto ao sentimento de esperança, os resultados encontrados indicam que as e os adolescentes obtiveram maiores frequências de respostas em categorias individualistas, que não souberam responder e a indícios de sofrimento emocional, respectivamente, sendo a última categoria mais frequente entre as meninas. Foi possível encontrar evidências do caráter correlacional entre o sofrimento emocional e o sentimento de esperança autopercebidos pelos adolescentes confirmando-se a hipótese inicial de uma relação entre os dois constructos: adolescentes com alto escore de sofrimento emocional tiveram baixos escores de sentimento de esperança e vice-versa. Ressalta-se assim, a necessidade da convivência cuidadosa dentro dos tempos e espaços da escola para a promoção do bem-estar a si e ao outro, sobretudo assegurando a quem é de direito - os meninos e as meninas adolescentes - a esperança por um futuro melhor.

Resumo (inglês)

Considering the current context and the role of human beings as subjects who experience, participate in, intervene in, and act upon reality, this study aimed to investigate the feeling of hope for the future and emotional distress by listening to 3,276 adolescent boys and girls from the 7th, 8th, and 9th grades of public and private middle schools in the post-pandemic period. Beyond being an ethical, humanizing, political, and pedagogical procedure, listening should be understood as an ontological attitude of recognizing adolescent boys and girls as individuals in their own right, in both their equality and differences from adults, given their unique developmental condition. This requires a sensitive approach that respects the diversity of adolescent experiences. Based on these premises, several questions emerged: Do adolescent boys and girls express a sense of hope for their future? Do adolescent boys and girls report experiencing emotional distress? Is there a relationship between the self-perceived sense of hope and emotional distress among adolescent boys and girls? Are there differences in the manifestation of these feelings based on gender, race, and type of school? We opted for a literature review on the descriptors "hope," "adolescents," and "emotional distress." This exploratory and descriptive study, with a quantitative and qualitative approach, aims to determine whether there is a relationship between the sense of hope and the frequency of emotional distress among adolescents; assess whether there is a relationship between the frequency of emotional distress and the sense of hope among adolescents who self-identify with different racial backgrounds; examine whether there is a relationship between the frequency of emotional distress and the sense of hope among adolescents of different genders; investigate whether there is a relationship between the frequency of emotional distress and the sense of hope among adolescents from different types of schools—public and private; and validate a tool for measuring the sense of hope in the post-pandemic period. The hypothesis of this study is that the higher the emotional distress score, the lower the hope score, and vice versa. The results indicate an average emotional distress score of moderate intensity (24.62 points), with some extreme cases reaching close to 100, highlighting the need for concern regarding the well-being of adolescents experiencing distress.

Resumo (espanhol)

Considerando el contexto brasileño actual y el papel del ser humano como sujeto que experimenta, participa, interviene y actúa sobre la realidad, el trabajo aquí descrito tuvo como punto de partida investigar el sentimiento de esperanza y el sufrimiento emocional a partir de la escucha de niños y niñas adolescentes de 8º y 9º grados de escuelas primarias públicas y privadas (últimos años) en tiempos post pandémicos. Además de ser un procedimiento ético, humanizador, político y pedagógico, la escucha debe ser vista como una actitud ontológica de reconocimiento de los chicos y chicas adolescentes como personas en sí mismas, en su igualdad y en sus diferencias con los adultos, conferidas por su peculiar condición evolutiva, una escucha sensible y respetuosa de la adolescencia. A partir de estas afirmaciones, han surgido algunas preguntas: ¿han expresado los chicos y chicas adolescentes un sentimiento de esperanza en su futuro? ¿Han manifestado los chicos y chicas adolescentes problemas de angustia emocional? ¿Existe correspondencia entre el sentimiento de esperanza y el malestar emocional autopercibido entre chicos y chicas adolescentes? ¿Existen diferencias entre la manifestación de estos sentimientos y las variables de género, raza y tipo de escuela? Optamos por una revisión bibliográfica sobre los descriptores esperanza, adolescentes y malestar emocional. El objetivo de este estudio exploratorio, descriptivo y cuantitativo fue validar un instrumento de medida del sentimiento de esperanza, conocer la prevalencia de este sentimiento entre los adolescentes, comprobar si existen diferencias entre género, raza y tipo de escuela y si existe correspondencia entre el sentimiento de esperanza y el sufrimiento emocional autopercibido entre chicos y chicas adolescentes. El instrumento de investigación fue un cuestionario online que contenía ítems relacionados con el perfil, el sentimiento de esperanza y el malestar emocional y dos escalas - la primera, un cuestionario con ítems sobre el sentimiento de esperanza y la segunda, construida y validada en Brasil sobre el malestar emocional en adolescentes.

Descrição

Palavras-chave

Esperança, Adolescentes, Sofrimento emocional, Hope, Adolescents, Emotional suffering, Esperanza, Sufrimiento Emocional

Idioma

Português

Citação

MACIEL, D. C. O sentimento de esperança e o sofrimento emocional em adolescentes em tempos pós-pandêmicos. 2025. 257f. Tese (Doutorado em Educação Escolar) - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2025.

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