Videoaula como instrumento para o desenvolvimento da autonomia: guia didático para alunos do ensino médio

Abstract

Com intuito de destacar a importância das metodologias ativas no processo de aprendizagem e indicar atividades que utilizem videoaulas de diferentes maneiras pelos alunos do Ensino Médio, este trabalho elaborou o Guia Instrucional para Estudo com Videoaulas (GIEV). Na etapa prévia à construção do guia, foi elaborado um questionário virtual com perguntas abertas e fechadas e enviado a 45 alunos de uma instituição particular de ensino da cidade de Bauru. Posteriormente, além de revisão bibliográfica, foram analisadas as opiniões dos usuários quanto à efetividade do aprendizado autônomo. Essa análise apontou que muito alunos utilizam videoaulas apenas como atividade obrigatória exigida pelo professor e não se apropriam da ferramenta - apenas oito alunos (17,8%) responderam usar videoaulas para produzir resumo próprio e três (6,7%) para elaboração de mapa conceitual, atividades que indicam maior grau de autonomia durantes os estudos -, embora consigam apontar características que facilitem o aprendizado - grande parte das respostas indicou que resumos ao final da aula (32 respostas, 71,1%), uso de animações (28 respostas, 62,2%) e mapas mentais (25 respostas, 55,6%) são elementos importantes na caracterização positiva de uma videoaula. Com esses dados e as análises feitas, criou-se o guia didático com três modos de uso (pré-aula, pós-aula e revisão) aplicado e testado pelos alunos da mesma instituição que responderam a novo formulário virtual avaliando a usabilidade e opinando sobre melhorias no produto. Com resultados positivos satisfatórios segundo os próprios usuários, espera-se, com o referido guia, que o potencial de autonomia discente seja otimizado para o estudo com videoaulas e que haja transmissão, absorção e uso do conhecimento entre organizações públicas e privadas.

Intending to highlight the importance of active methodologies in the learning process and indicate activities that use video classes in different ways by high school students, this work developed the GIEV (Instructional Guide for Study with Video Classes). In the prior stage of the development of the guide, a virtual questionnaire with open and closed questions was prepared and sent to 45 students from a private educational institution in the city of Bauru. Subsequently, in addition to a bibliographic review, the users' opinions regarding the effectiveness of autonomous learning were analyzed. This analysis showed that many students use video lessons only as a mandatory activity required by the teacher and do not appropriate the tool - only eight students (17.8%) responded using video classes to produce their own summary and three (6.7%) to prepare a conceptual map, activities that indicate a greater degree of autonomy during their studies -, although they can point out characteristics that facilitate learning - most of the responses indicated that summaries at the end of the class (32 responses, 71.1%), use of animations (28 responses, 62.2%) and mind maps (25 responses, 55.6%) are important elements in characterizing positive of a video lesson. With these data and the analyzes made, the didactic guide was created with three modes of use (pre-class, post-class, and review), applied and tested by students from the same institution who responded to a new virtual form evaluating usability and giving opinions on improvements in the product. With satisfactory positive results according to the users themselves, with the aforementioned guide, the expectation is that the potential of the student's self-reliance will be optimized for the study with video classes and that there will be a transmission, absorption, and use of knowledge between public and private organizations.