Efeito antitumoral e anti-inflamatório da nanopiperina em células de câncer de cabeça e pescoço
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Data
Orientador
Lisoni, Flávia Cristina Rodrigues 

Coorientador
Pós-graduação
Biociências (Genética) - IBILCE
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
O carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço (HNSCC) é uma doença genética causada por mutações em células somáticas, cujo desenvolvimento é influenciado por fatores ambientais e inflamatórios. O gene da prostaglandina endoperóxido sintetase 2 (PTGS2) é um dos principais reguladores inflamatórios e frequentemente encontra-se superexpresso em tumores de HNSCC resistentes e reincidentes, mesmo em pacientes tratados com a quimioterapia convencional, estando associado com metástase e progressão tumoral. A piperina é um agente regulador dessa via inflamatória, com perfil mais seguro em relação aos anti-inflamatórios convencionais, aminoalcaloide natural com conhecida atividade antitumorigênica e antimetastática. No entanto, a piperina é altamente hidrofóbica e por isso possuí baixa biodisponibilidade, o que pode ser melhorado com a utilização de nanotecnologia. Assim, o objetivo do estudo foi analisar o efeito de nanopartículas de poli ácido lático-co-ácido glicólico (PLGA), carregadas com piperina (nanopiperina), como um possível agente antitumoral e anti-inflamatório, em linhagens celulares de HNSCC. Para isso, linhagens de células tumorigênicas HEp-2 e CAL27 foram tratadas com nanopiperina, isoladamente ou em combinação com cisplatina, por 4, 24 e 48 horas e submetidas às análises celulares e moleculares, incluindo ensaios de avaliação da morfologia, proliferação, viabilidade, migração celular, citotoxicidade apoptose e expressão gênica. Os resultados obtidos sugerem que a nanopiperina promoveu alterações morfológicas, a partir de 85 μM, com redução de citoplasmas e aumento do núcleo, além de um efeito antiproliferativo após 24 horas de tratamento, inclusive em conjunto com a cisplatina. Foram observados sinais morfológicos de morte celular, como formação de bolhas na membrana (blebs) e diminuição do tamanho celular, e confirmada por citômetro de fluxo, com até 20% das células em apoptose final. Os resultados também sugerem uma diminuição no processo de migração celular quando as células foram tratadas com a nanopiperina, associada a redução na expressão dos genes MMP-2 e PTGS2. Em conjunto, nossos dados mostram que a nanopiperina tem efeito antiproliferativo, antimigratório e anti-inflamatório, podendo ser um fármaco com potencial para o tratamento complementar do carcinoma de cabeça e pescoço, abrindo novas possibilidades para terapias inovadoras nessa doença.
Descrição
Palavras-chave
Inflamação Aspectos imunológicos, Nanopartículas, Cultura de células, Nanoparticles, Cell culture, Tumores, Tumors
Idioma
Português
Citação
CUNHA, Lucas Francisco Zanusso. Avaliação da atividade antitumoral e anti-inflamatória da nanopiperina em células de câncer de cabeça e pescoço. 2025. Dissertação (Mestrado em Biociências) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio Preto, 2025.

