O desmatamento em Paragominas e o papel das ONGs
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Data
Autores
Orientador
Souza, Angelita Matos 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Rio Claro - IGCE - Geografia
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
O trabalho analisa o processo de desmatamento em Paragominas, no estado do Pará, relacionando-o ao contexto histórico da ocupação da Amazônia e ao papel desempenhado por organizações não governamentais na reversão desse quadro. Inicialmente, apresenta a problemática do desmatamento amazônico, destacando a expansão da fronteira agropecuária, a exploração madeireira e as políticas desenvolvimentistas que impulsionaram a devastação florestal. O objetivo central é compreender de que forma o município, que figurava entre os maiores desmatadores do país, conseguiu transformar sua imagem e consolidar-se como referência em governança ambiental e sustentabilidade. Metodologicamente, a pesquisa combina revisão bibliográfica, análise documental, dados quantitativos do desmatamento e estudo de caso, permitindo articular a dinâmica regional com a experiência local. O estudo demonstra que Paragominas vivenciou intensa degradação ambiental e conflitos sociais até ser incluída, em 2008, na lista dos municípios que mais desmatavam na Amazônia. Frente a esse cenário, a atuação conjunta do poder público, produtores rurais e ONGs – como Imazon, TNC e Greenpeace – resultou em iniciativas inovadoras, entre as quais o Projeto Município Verde. Os resultados apontam expressiva redução nas taxas de desmatamento, recuperação do acesso a crédito e mercados, além de fortalecimento da imagem de Paragominas como modelo de gestão ambiental. A pesquisa conclui que, apesar dos desafios estruturais e contradições ainda presentes, a experiência local demonstra a viabilidade de conciliar desenvolvimento econômico e preservação florestal, configurando-se como referência para outras realidades amazônicas.
Resumo (inglês)
The study analyzes the deforestation process in Paragominas, in the state of Pará, linking it to the historical context of Amazonian land occupation and the role played by non-governmental organizations in reversing this scenario. It first presents the issue of Amazon deforestation, highlighting the expansion of the agricultural frontier, logging activities, and developmentalist policies that drove forest degradation. The main objective is to understand how the municipality, once listed among the largest deforesters in the country, managed to transform its image and establish itself as a reference in environmental governance and sustainability. Methodologically, the research combines bibliographic review, documentary analysis, quantitative deforestation data, and case study, enabling articulation between regional dynamics and the local experience. The study shows that Paragominas experienced intense environmental degradation and social conflicts until it was included, in 2008, in the list of municipalities with the highest deforestation rates in the Amazon. From that moment, the joint action of public authorities, rural producers, and NGOs – such as Imazon, TNC, and Greenpeace – resulted in innovative initiatives, including the Green Municipality Project. The results indicate a significant reduction in deforestation rates, recovery of access to credit and markets, and the strengthening of Paragominas’ reputation as a model of environmental management. The research concludes that, despite structural challenges and remaining contradictions, the local experience demonstrates the feasibility of reconciling economic development and forest conservation, serving as a reference for other Amazonian contexts.
Descrição
Palavras-chave
Desmatamento, Amazônia, Paragominas, ONGs, Sustentabilidade, Deforestation, Amazon, Sustainability, NGOs
Idioma
Português

