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Publicação:
Efeitos do silenciamento da enzima antioxidante Sulfiredoxina na quimiossensibilidade de células tumorais prostáticas

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Orientador

Felisbino, Sérgio Luis

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Ciências Biomédicas - IBB

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

O câncer de próstata (CaP) é o segundo câncer mais prevalente em homens no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Dentre as diferentes fases de progressão do CaP, destaca-se as mais avançadas, de pior prognóstico, com perfil metastático e resistentes à castração, que já não respondem efetivamente ao uso de quimioterápicos. Estudos recentes demonstraram que nesses estágios há superexpressão da enzima antioxidante Sulfiredoxina (SRXN1), que, por sua vez, está correlacionada ao mau prognóstico tumoral. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a quimioressistência de células prostáticas PNT-2, DU145 e PC-3 após o knockdown de SRXN1, a fim de avaliar o seu possível uso como tratamento adjuvante na clínica junto ao quimioterápico docetaxel. O silenciamento foi realizado por meio de siRNA (25nM) contra o RNAm de SRXN1, o qual foi validado por RT-qPCR. Para obtenção da curva dose/resposta pela exposição ao quimioterápico docetaxel, as células prostáticas foram expostas às doses crescentes do fármaco (1 à 25nM) e as taxas de viabilidade celular foram medidas pelo ensaio de MTT após 24h, 48h e 72h de exposição. Ainda, a viabilidade celular das linhagens PNT-2, DU145 e PC-3 foram analisadas após a combinação do tratamento docetaxel (10nM e/ou 20nM) + siRNA durante os tempos de 24h, 48h e 72h. Para avaliação da migração celular, foram realizados ensaios de Wound Healing (WH) após exposição à docetaxel (10nM e/ou 20nM) e após tratamento combinado de docetaxel + siRNA, ambos nos tempos de 24h, 48h e 72h. Os resultados de viabilidade celular (MTT) demonstraram que, na linhagem epitelial normal PNT-2, não houve diferença significativa entre o tratamento com docetaxel e o tratamento combinado, sugerindo que o silenciamento de SRXN1 não adiciona efeitos colaterais às células benignas durante o tratamento com quimioterápico. Na linhagem tumoral prostática resistente à castração DU145, a qual mostrou-se menos dependente de SRXN1, os resultados demonstraram que o tratamento apenas com docetaxel promoveu diminuição mais acentuada na taxa de viabilidade celular quando comparado ao tratamento combinado. Já a linhagem tumoral prostática resistente à castração PC-3, por sua vez, apresentou queda maior na viabilidade celular após tratamento combinado (docetaxel + siRNA) quando comparado ao tratamento isolado com docetaxel. Ademais, os resultados obtidos no teste de WH demonstraram que houve uma diminuição mais acentuada na capacidade migratória das linhagens PNT-2 e PC-3 com o tratamento combinado quando comparado ao tratamento apenas com docetaxel, já a DU145 não demonstrou diferença significativa. Tais achados reforçam a hipótese que o knockdown da SRXN1 compromete seletivamente a viabilidade das células tumorais que possuem um metabolismo dependente dessa enzima antioxidante, sem acarretar efeitos adicionais de toxicidade em células normais. Assim, esse estudo sugere que, dentro da medicina de precisão do CaP, os inibidores de SRXN1 podem ser uma estratégia terapêutica no uso combinado com quimioterápicos, melhorando a performance dos mesmos. Para os demais perfis oncológicos que não apresentam dependência metabólica de SRXN1, novas abordagens terapêuticas podem ser investigadas.

Resumo (inglês)

Prostate cancer (PCa) is the second most prevalent cancer in men in Brazil, according to the National Cancer Institute (INCA). Among the different stages of progression of PCa, the most advanced, with the worst prognosis, with a metastatic profile and resistant to castration, which no longer respond effectively to the use of chemotherapy, stand out. Recent studies have shown that in these stages there is overexpression of the antioxidant enzyme Sulfiredoxin (SRXN1), which, in turn, is correlated with poor tumor prognosis. Given the above, the present study aimed to evaluate the chemoresistance of PNT-2, DU145 and PC-3 prostatic cells after SRXN1 knockdown, in order to evaluate its possible use as an adjuvant treatment in the clinic with the chemotherapy drug docetaxel. Silencing was performed using siRNA (25nM) against SRXN1 mRNA, which was validated by RT-qPCR. To obtain the dose/response curve for exposure to the chemotherapy drug docetaxel, the prostate cells were exposed to increasing drug doses (1 to 25nM) and cell viability rates were measured by the MTT assay after 24h, 48h and 72h of exposure. Also, cell viability of PNT-2, DU145 and PC-3 strains were analyzed after the combination of docetaxel (10nM and/or 20nM) + siRNA treatment during 24h, 48h and 72h. To evaluate cell migration, Wound Healing (WH) assays were performed after exposure to docetaxel (10nM and/or 20nM) and after combined docetaxel + siRNA treatment, both at 24h, 48h and 72h. Cell viability (MTT) results demonstrated that, in the normal PNT-2 epithelial lineage, there was no significant difference between docetaxel treatment and combined treatment, suggesting that SRXN1 silencing does not add side effects to benign cells during treatment with chemotherapy. In the castration-resistant prostate tumor cell line DU145, which was less dependent on SRXN1, the results showed that treatment with docetaxel alone promoted a more pronounced decrease in cell viability when compared to combined treatment. The PC-3 castration-resistant prostate tumor cell line, in turn, showed a greater drop in cell viability after combined treatment (docetaxel + siRNA) when compared to isolated treatment with docetaxel. In addition, the results obtained in the WH test showed that there was a more pronounced decrease in the migratory capacity of the PNT-2 and PC-3 strains with the combined treatment when compared to the treatment with docetaxel alone, while the DU145 did not show a significant difference. Such findings reinforce the hypothesis that the SRXN1 knockdown selectively compromises the viability of tumor cells that have a metabolism dependent on this antioxidant enzyme, without causing additional effects of toxicity in normal cells. Thus, this study suggests that, within CaP precision medicine, SRXN1 inhibitors can be a therapeutic strategy in combination with chemotherapy drugs, improving their performance. For other oncological profiles that do not show metabolic dependence on SRXN1, new therapeutic approaches can be investigated.

Descrição

Palavras-chave

Câncer de próstata, Estresse oxidativo, Docetaxel, Knockdown, Tratamento adjuvante, Prostate cancer, Oxidative stress, Docetaxel, Adjuvant treatment

Idioma

Português

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