Práticas corporais de aventura na educação física escolar: uma proposta de ensino do trekking de regularidade nos anos finais do ensino fundamental

Abstract

O presente trabalho apresenta uma possível abordagem de ensino/aprendizagem da prática corporal de aventura na natureza o Trekking de Regularidade. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 2017, apresenta as Práticas Corporais de Aventura como uma das unidades a serem tematizadas nas aulas de Educação Física, e subdivide-as em objetos de conhecimento, separou-as sob o local onde ocorrem: no ambiente urbano e na natureza. O primeiro, para os sextos e sétimos anos do ensino fundamental e, o segundo, para os oitavos e nonos anos. Nesta perspectiva este estudo é realizado com duas turmas do 8º ano do ensino fundamental de uma escola da rede pública estadual de ensino do Estado de São Paulo. Dispõe de uma proposta da prática corporal adaptada do Trekking de Regularidade, o Trekking de Regularidade Pedagógico. O objetivo deste estudo foi analisar e descrever a elaboração e aplicação do Trekking de Regularidade nos anos finais do Ensino Fundamental como proposta de ensino/aprendizagem. Partindo da concepção que a adaptação não o distancia de sua forma tradicional e apresenta as propriedades observadas que lhe são inerentes: Interpessoalidade; (b) Interatividade com a Natureza; (c) Cooperatividade; (d) Consciência de Preservação; (e) Flexibilidade; (f) Promoção da Saúde; (g) Interdisciplinaridade. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, utilizando o Diário de Campo como instrumento para a coleta de dados, no qual foram descritas/anotadas as principais observações no decorrer das vivencias. Para a análise dos dados, este estudo valeu-se dos pressupostos da análise de conteúdo, organizando os dados em categorias: (des)conhecimento prévio e sentidos significados e (re)significados. Os resultados demonstraram benefícios da tematização do Trekking de Regularidade Pedagógico, nas aulas de Educação Física, retornando eficácia dessa adaptação.

This paper presents a possible teaching/learning approach to the adventure body practice of regularity trekking. The National Common Curriculum Base (BNCC), approved in 2017, presents Adventure Body Practices as one of the units to be thematized in Physical Education classes, and subdivides them into objects of knowledge, separating them according to where they occur: in the urban environment and in nature. The former for the sixth and seventh years of elementary school and the latter for the eighth and ninth years. With this in mind, this study was carried out with two 8th grade classes at a public school in the state of São Paulo. It proposes a body practice adapted from Regularity Trekking, called Pedagogical Regularity Trekking. The aim of this study was to analyze and describe the development and application of Regularity Trekking in the final years of elementary school as a teaching/learning proposal. Starting from the concept that the adaptation does not distance it from its traditional form and presents the observed properties that are inherent to it: Interpersonality; (b) Interactivity with Nature; (c) Cooperativeness; (d) Preservation Awareness; (e) Flexibility; (f) Health Promotion; (g) Interdisciplinarity. This is a qualitative study, using the Field Diary as an instrument for data collection, in which the main observations during the experiences were described/noted. For data analysis, this study used the assumptions of content analysis, organizing the data into categories: (dis)prior knowledge and meanings and (re)meanings. The results showed the benefits of thematizing Pedagogical Regularity Trekking in Physical Education classes, returning the effectiveness of this adaptation.