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Resposta de estresse, do sistema metabólico e imune inato após manejo e exposição aérea em pacu (Piaractus mesopotamicus) alimentado com dieta suplementada com taurina

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Orientador

Urbinati, Elisabeth Criscuolo

Coorientador

Sorrente, Thais Lucato

Pós-graduação

Curso de graduação

Jaboticabal - FCAV - Ciências Biológicas

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Práticas diárias de manejo com os peixes são inevitáveis na aquicultura e podem ser estressantes para esses animais, ativando assim uma sequência de reações biológicas. Essas reações são conhecidas como respostas de estresse e sua função é ajustar o organismo para se defender da condição adversa e manter a homeostase. Com a ativação de um eixo neuroendócrino, ocorre a liberação de catecolaminas e cortisol que irão ativar respostas secundárias como as respostas metabólicas sustentando a demanda de energia do mecanismo de estresse. Um sistema sensível a essas práticas de manejo é o sistema imune inato, que pode ser agudamente ativado e é um indicador do estado de saúde dos animais. Uma estratégia capaz de amenizar os efeitos negativos do estresse na saúde dos peixes é o uso de aditivos na alimentação. A taurina (TAU) é considerada um aminoácido não essencial, e sua suplementação dietética possui diversos benefícios para os peixes, como ações antiestresse e resistência a doenças. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação dietética de taurina em dietas do pacu (Piaractus mesopotamicus) em respostas de desempenho zootécnico, do sistema metabólico e do sistema imune inato após alimentação dos peixes por 45 dias e exposição dos mesmos a um estressor agudo, sendo esse estressor um procedimento comum no ambiente de criação que é a perseguição e captura dos peixes seguida de exposição aérea. Um total de 180 peixes foram distribuídos em 9 tanques de 310L (20 peixes/tanque) e separados em 3 tratamentos que correspondiam a 3 concentrações de taurina na ração: T0: 0%; T1: 1%; T2: 2%. Os peixes foram pesados no início do experimento e aos 15, 30 e 45 dias, sendo o alimento consumido registrado diariamente. Após 45 dias, os animais foram anestesiados (benzocaína, 0,1g/L) e o sangue colhido: antes do estressor (0h/basal), 1 h, 3 h e 24 h depois do estressor para determinação de biomarcadores sanguíneos de estresse (glicose no plasma), indicadores metabólicos (triglicerídeos e colesterol), e de imunidade inata (atividade respiratória de leucócitos, atividade hemolítica sérica do sistema complemento e concentração sérica de lisozima). Após coleta do sangue, os peixes foram pesados e medidos (crescimento), e eutanasiados para a pesagem do fígado e gordura. Com a obtenção dos pesos, foram calculados índices corporais como: índice hepatossomático (IHS) e índice gordura-viscero-somático (IGVS). Avaliando os resultados de desempenho zootécnico, o grupo controle apresentou maiores ganhos de peso, enquanto que a suplementação com TAU promoveu taxa de crescimento específico mais elevada. Em relação a conversão alimentar, o resultado foi semelhante para todos os tratamentos, sem efeito da adição do aminoácido e com melhora ao longo das amostragens. Os indicadores morfométricos não apresentaram diferença no tempo ou por ação da TAU. De modo geral, os resultados dos indicadores de estresse e metabólicos não apresentaram diferenças por influência da TAU, com flutuações apenas nos valores de colesterol. O sistema imune inato não foi afetado pela TAU, mas apenas em função do manejo, que ativou resposta de estresse semelhantemente em todos os tratamentos, ativou a ARL e a atividade do sistema complemento. Assim, a taurina não mostrou efeito promotor de crescimento nos peixes e, metabolicamente, aumentou as concentrações de colesterol, sugerindo ação na dinâmica dos lipídeos, e não afetou a resposta imune inata dos animais. Apenas o manejo estressor foi capaz de induzir resposta de estresse, e ativação da resposta imune inata. Dessa forma, a suplementação dietética com TAU para a modulação do estresse, do sistema metabólico e imune inato do animal, nas concentrações aplicadas no presente estudo, torna-se dispensável. Novos estudos utilizando diferentes protocolos experimentais são recomendados.

Resumo (inglês)

Daily management practices with fish are inevitable in aquaculture and can be stressful for these animals, thus activating a sequence of biological reactions. These reactions are known as stress responses, and their function is to adjust the organism to defend itself against the adverse condition and maintain homeostasis. With the activation of a neuroendocrine axis leads to release of, catecholamines and cortisol, which, in turn, activate secondary responses such as metabolic responses that sustain the energy demand of the stress mechanism. One system sensitive to these management practices is the innate immune system, which can be acutely activated and is an indicator of the animals' health status. A strategy capable of mitigating the negative effects of stress on fish health is the use of feed additives. Taurine (TAU) is considered a non-essential amino acid, and its dietary supplementation has several benefits for fish, such as anti-stress actions and disease resistance. Thus, the objective of this study was to evaluate the effect of dietary taurine supplementation in pacu (Piaractus mesopotamicus) diets on zootechnical performance, metabolic system, and innate immune system responses after feeding the fish for 45 days and exposing them to an acute stressor. This stressor was a common procedure in the farming environment: chasing and netting the fish followed by air exposure. A total of 180 fish were distributed into 9 tanks of 310L (20 fish/tank) and separated into 3 treatments corresponding to 3 taurine concentrations in the feed: T0: 0%; T1: 1%; T2: 2%. The fish were weighed at the beginning of the experiment and at 15, 30, and 45 days, with daily feed consumption recorded. After 45 days, the animals were anesthetized (benzocaine, 0.1g/L) and blood was collected: before the stressor (0h/baseline), 1 h, 3 h, and 24 h after the stressor for the determination of blood stress biomarkers (plasma glucose), metabolic indicators (triglycerides and cholesterol), and innate immunity (leukocyte respiratory burst activity, serum hemolytic activity of the complement system, and serum lysozyme concentration). After blood collection, the fish were weighed and measured (growth), and euthanized for liver and fat weighing. With the obtained weights, body indices were calculated, such as: hepatosomatic index (HSI) and viscero-somatic fat index (VSFI). Evaluating the zootechnical performance results, it is noted that the control group had greater weight gains, while the taurine-supplemented treatments had greater specific growth. Regarding the feed conversion ratio, the result was similar for all treatments. The addition of the amino acid did not have a significant effect but improved the feed conversion ratio over the sampling periods. In the analysis of morphometric indicators, no significant differences were observed either. Overall, the results of the stress and metabolic indicators showed no differences between treatments, with only cholesterol presenting a variation. The innate immune system evaluated also showed no significant differences between treatments, with the animals having an initial response to stress but without the activation of other systems. Thus, dietary supplementation with TAU for the modulation of stress, the metabolic system, and the animal's innate immune system, in the concentrations applied in the present study, becomes dispensable. New studies using different experimental protocols are recommended.

Descrição

Palavras-chave

Manejo de peixe, Estresse, Aditivos, Taurina

Idioma

Português

Citação

NASSIF, A. R. Resposta de estresse, do sistema metabólico e imune inato após manejo e exposição aérea em pacu (Piaractus mesopotamicus) alimentado com dieta suplementada com taurina. 2025. 57 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho, Jaboticabal, 2025.

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Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
FCAV
Campus: Jaboticabal


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