Publicação: Autocuidado com a saúde sexual e reprodutiva por homens transgênero
dc.contributor.advisor | Duarte, Marli Teresinha Cassamassimo [UNESP] | |
dc.contributor.author | Sase, Mariana Kaori | |
dc.contributor.coadvisor | Tonete, Vera Lúcia Pamplona [UNESP] | |
dc.date.accessioned | 2024-04-05T12:10:20Z | |
dc.date.available | 2024-04-05T12:10:20Z | |
dc.date.issued | 2024-02-23 | |
dc.description.abstract | Introdução: por discordar com moralidades sociais, a transexualidade foi por muito tempo considerada, pela ciência e saúde, como desordem mental. Até os dias atuais, ocasiona em desigualdades, discriminações e preconceitos que interferem no processo saúde-doença e na atenção à saúde daqueles que a vivenciam. Objetivo: analisar experiências de autocuidado com a saúde sexual e reprodutiva por homens transgênero sob o referencial da vulnerabilidade em saúde. Método: estudo de abordagem qualitativa, desenvolvido com homens transgênero maiores de 18 anos. Os dados foram obtidos por entrevista semiestruturada, contendo questões sobre características sociodemográficas, comportamentais e de utilização dos serviços de saúde dos participantes e as norteadoras do estudo: Você poderia me falar sobre como faz a prevenção de câncer de colo útero e de mama? E de infecções sexualmente transmissíveis? As entrevistas foram realizadas no período de outubro de 2003 a janeiro de 2024, de forma remota pela plataforma Google Meet e, presencialmente, no Ambulatório Transexualizador do município de Botucatu. Os depoimentos foram gravados em mídia eletrônica, transcritos e analisados por meio de técnicas da Análise de Conteúdo, vertente temática e do referencial da Vulnerabilidade nas dimensões Individual, Programática e Social. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina de Botucatu (Parecer nº 4.891.498). Resultados: participaram 14 homens transgênero, entre 20 a 40 anos, a maioria branca, com nível superior de escolaridade, heterossexual e com parceria fixa, trabalhadores e/ou estudantes, com renda mensal entre 1 a 6 salários mínimos. Referente a exames preventivos, dez tinham realizado exame sorológico de infecções sexualmente transmissíveis, com dois mantendo periodicidade, e quanto à coleta do exame citopatológico, nove participantes a tinham realizado. A realização do exame de mamografia não foi avaliada devido à faixa etária dos entrevistados. Os relatos apreendidos foram sistematizados em três temas: 1. “Experiências positivas no cuidado em saúde sexual e reprodutiva”; 2. “Barreiras enfrentadas na prevenção de agravos à saúde sexual e reprodutiva”; 3. “Estratégias desenvolvidas para o autocuidado em saúde sexual e reprodutiva”; cada um deles com seus respectivos núcleos de sentido. Experiências favoráveis e de empoderamento para o autocuidado em saúde sexual e reprodutiva de homens transgênero foram identificadas. Entretanto, foi possível identificar, ao mesmo tempo, experiências desfavoráveis às ações preventivas de câncer de colo e de mama e de infecções sexualmente transmissíveis e relacioná-las a vulnerabilidade desse grupo em suas três dimensões. Considerações finais: a vulnerabilidade individual, programática e social demonstrada pelos homens transgênero estudado vem impactando negativamente no cuidado em saúde, sendo que suas experiências positivas de vida e junto aos serviços de saúde mostraram seus potenciais para a superação dos problemas enfrentados, especialmente, no que se refere ao reconhecimento de seus direitos de cidadania, da importância da realização dos exames preventivos e da promoção do autocuidado em saúde sexual e reprodutiva. | pt |
dc.description.abstract | Introduction: Because it disagrees with social moralities, transsexuality was for a long time considered, by science and health, as a mental disorder. To this day, it results in inequalities, discrimination and prejudices that interfere with the health-disease process and the health care of those who experience it. Aim: to analyze self-care experiences with sexual and reproductive health by transgender men under the framework of health vulnerability. Method: qualitative study, developed with transgender men over 18 years of age. The data were obtained through a semi-structured interview, containing questions about the participants' sociodemographic, behavioral characteristics and use of health services and the study guidelines: Could you tell me about how you prevent cervical and breast cancer? What about sexually transmitted infections? The interviews were carried out from October 2003 to January 2024, remotely via the Google Meet platform and, in person, at the Transsexual Outpatient Clinic in the city of Botucatu. The statements were recorded on electronic media, transcribed and analyzed using Content Analysis techniques, thematic aspects and the Vulnerability framework in the Individual, Programmatic and Social dimensions. Results: 14 transgender men participated, aged between 20 and 40 years old, majority white, with higher education, heterosexual and in a relationship, workers and/or students, with a monthly income between 1 and 6 minimum wages. Regarding preventive exams, ten had performed a serological exam for sexually transmitted infections, with two maintaining frequency, and regarding the collection of the cytopathological exam, nine participants had performed it. Mammography examination was not considered due to participants age. The reports seized were systematized into three themes: 1. “Positive experiences in sexual and reproductive health care”; 2. “Barriers faced in preventing sexual and reproductive health problems”; 3. “Strategies developed for self-care in sexual and reproductive health”; each of them with their respective cores of meaning. Favorable and empowering experiences for self-care in sexual and reproductive health for transgender men were identified. However, it was possible to identify, at the same time, experiences that were unfavorable to preventive actions for colon and breast cancer and sexually transmitted infections and relate them to the vulnerability of this group in its three dimensions. Conclusion: the individual, programmatic and social vulnerability demonstrated by the transgender men studied has had a negative impact on health care, and their positive experiences in life and with health services have shown their potential for overcoming the problems faced, especially with regard to recognition of their citizenship rights, the importance of carrying out preventive exams and promoting self-care in sexual and reproductive health. | en |
dc.identifier.citation | SASE, Mariana Kaori. Autocuidado em saúde sexual e reprodutiva por homens transgênero. Orientador(a): Marli Teresinha Cassamassimo Duarte. Coorientador(a): Vera Lúcia Pamplona Tonete. 2024. Trabalho de Conclusão de Residência (Residência Multiprofissional em Saúde da Família) - Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Botucatu, 2024. | |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/11449/254989 | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | Universidade Estadual Paulista (Unesp) | |
dc.rights.accessRights | Acesso restrito | |
dc.subject | Pessoas transgênero | pt |
dc.subject | Autocuidado | pt |
dc.subject | Saúde sexual | pt |
dc.subject | Saúde reprodutiva | pt |
dc.title | Autocuidado com a saúde sexual e reprodutiva por homens transgênero | |
dc.title.alternative | Transgender men's sexual and reproductive health selfcare | en |
dc.type | Trabalho de conclusão de residência | pt |
dspace.entity.type | Publication | |
unesp.campus | Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Medicina, Botucatu | pt |
unesp.embargo | 24 meses após a data da defesa | |
unesp.examinationboard.type | Banca restrita | |
unesp.graduateProgram | Programa de Residência em Saúde da Família da Faculdade de Medicina - FMB |
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