Logo do repositório

Efeito do sombreamento e da camada de serapilheira em gramíneas invasoras sob florestas em restauração

Carregando...
Imagem de Miniatura

Orientador

Engel, Vera Lex

Coorientador

Pós-graduação

Ciência Florestal - FCA

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A presença de gramíneas exóticas invasoras dificulta a sucessão e estruturação de florestas em processo de restauração, bloqueando ou retardando a entrada de indivíduos regenerantes nativos. Temos observado que áreas em restauração, independentemente da idade, ainda tendem a apresentar gramíneas no sub-bosque, mesmo com dossel já formado. Com o objetivo de compreender quais outros fatores podem influenciar na supressão dessas gramíneas, buscamos estudar parte da estrutura da floresta e a camada de serapilheira sobre o solo. Selecionamos seis áreas em restauração, com idades variando entre 6 a 21 anos, e instalamos 14 transectos distribuídos entre essas áreas, amostrando em campo: biomassa de gramíneas (Urochloa decumbens Stapf. e Megathyrsus maximus Jacq.) e serapilheira, porcentagem de cobertura de gramíneas sobre o solo, profundidade da camada de serapilheira, cobertura de dossel, estratificação do sub-bosque e radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente. Em experimento controlado, também testamos a eficiência da serapilheira no bloqueio da emergência de U. decumbens, com sementes acima da camada de serapilheira (chuva de sementes) e abaixo da camada e substrato (banco de sementes) à pleno sol e sombrite 50%. Nossa análise de correlação apontou a estratificação do sub-bosque como fator sem influência sobre as gramíneas e sem relação com nenhuma outra variável. Por análise de regressão, modelo linear generalizado (GLM), averiguamos quais preditoras têm maior efeito sobre as gramíneas: os dois melhores modelos selecionaram, igualmente, cobertura do solo por serapilheira e RFA. Nossos resultados indicam que 200 g/m² de serapilheira sobre o solo da floresta possa controlar a presença de U. decumbens; e para M. maximus, 400 g/m² de serapilheira. Também evidenciamos que, uma camada contínua de 2 cm de serapilheira no solo garante o bloqueio da emergência de U. decumbens, independente se as sementes estão acima ou abaixo dessa camada. Logo, tanto a biomassa de serapilheira como a profundidade de cobertura sobre o solo podem ser considerados barreiras eficientes à emergência das gramíneas, sobretudo U. decumbens. Podendo, esse material orgânico, ser um eficiente indicador para monitorar projetos em restauração.

Resumo (inglês)

The presence of invasive exotic grasses hinders the succession and structuring of forests in the process of restoration, blocking or delaying the entry of regenerating native individuals. We have observed that areas under restoration, regardless of age, still tend to have grasses in the understory, even with an already formed canopy. In order to understand what other factors can influence the suppression of these grasses, we to study part of the forest structure and the litter layer on the ground. We selected six areas under restoration, with ages ranging between 6 to 21 years, and installed 14 transects distributed among these areas, sampling in the field: biomass of grasses (Urochloa decumbens Stapf. and Megathyrsus maximus Jacq.) and litter, grass cover percentage on the ground, litter layer depth, canopy cover, understory stratification and incident photosynthetically active radiation (RFA). In a controlled experiment, we also tested the litter efficiency in blocking the emergence of U. decumbens, with seeds above the litter layer (seed rain) and below the layer and substrate (seed bank) in full sun and 50% shade. Our correlation analysis pointed to understory stratification as a factor without influence on grasses and unrelated to any other variable. By regression analysis, generalized linear model (GLM), we investigated which predictors have the greatest effect on grasses: the two best models selected the litter layer and RFA. Our results indicate that 200 g/m² of litter on the forest floor can control the presence of U. decumbens; and for M. maximus, 400 g/m² of litter. We also showed that a continuous layer of 2 cm of litter in the soil guarantees the blocking of the emergence of U. decumbens, independently if the seeds are above or below this layer. Therefore, both the litter biomass and the depth of cover over the ground can be considered efficient barriers to the emergence of grasses, especially for U. decumbens. This organic material can be an efficient indicator to monitor restoration projects.

Descrição

Palavras-chave

Megathyrsus maximus, Urochloa decumbens, Indicadores da restauração, Restoration indicators, Indicadores de restauracíon, Monitoramento da restauração, Monitoring restoration, Seguimiento de la restauración, Mata Atlântica, Atlantic Forest Brazil, Bosque Atlántico del Brasil

Idioma

Português

Citação

Itens relacionados

Unidades

Item type:Unidade,
Faculdade de Ciências Agronômicas
FCA
Campus: Botucatu


Departamentos

Cursos de graduação

Programas de pós-graduação