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Publicação:
Uso da plataforma vibratória para equinos submetidos ao exercício

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Orientador

Ferraz, Guilherme de Camargo

Coorientador

Pós-graduação

Ciências Veterinárias - FCAV 33004102072P9

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

As plataformas vibratórias (PV) são dispositivos capazes de gerar oscilações mecânica que se distribuem pelo organismo, sendo consideradas uma forma de exercício passivo. Este tipo de exercício é classicamente conhecido como vibração de corpo inteiro (VCI). Diversos benefícios do uso da VCI têm sido descritos, como ativação neuromuscular, melhora do desempenho físico e desenvolvimento do equilíbrio e da mobilidade funcional. A VCI tem sido estudada e usada em muitas aplicações em seres humanos, tanto como parte de protocolo fisioterapêutico e não farmacológico, ou como método alternativo ou suplementar ao exercício. Entretanto, as informações sobre VCI são relativamente limitadas na espécie equina. O presente estudo objetivou investigar os efeitos do uso da VCI como método de recuperação após exercício intenso em cavalos. Para tal, foram utilizados oito cavalos, sem raça definida, sendo um macho castrado e sete fêmeas, com idade entre sete e 19 anos e massa corpórea média de 406 ± 33 kg. Inicialmente, os animais foram submetidos a teste de esforço incremental para determinação da velocidade correspondente ao limiar de lactato (VLL) e, consequentemente, da carga externa da sessão de exercício intenso (SEI). Os animais foram distribuídos em três grupos experimentais, em delineamento cross-over, sendo que todos os grupos realizaram uma SEI (5 min de aquecimento, 2 min a 110% da VLL e 3 min a 130% da VLL). O grupo controle (GC) realizou recuperação ativa, ao passo, na esteira. O grupo negativo (GN) foi utilizado como controle negativo, sendo colocado sob a PV desligada. O grupo vibração de corpo inteiro (VCI) realizou o período de recuperação na PV, num protocolo que consistiu em cinco etapas de 2 min, com frequências decrescentes de 76, 66, 55, 46 e 32 Hz. O período de recuperação durou 10 minutos para todos os grupos. Foram feitas biópsias do músculo glúteo médio antes (0), imediatamente após (DT), 3 e 6h após o tratamento, para avaliação histopatológica muscular por meio da coloração hematoxilina-eosina (HE) e do conteúdo de transportadores monocarboxilatos 4 (MCT4). A frequência cardíaca (FC) foi monitorada durante toda a SEI e o período de recuperação. Foram feitas coletas sanguíneas para determinação de lactato e glicose plasmáticos nos momentos 0, imediatamente depois da SEI (DS), antes do tratamento (AT), DT, 10 min (10min) e 1h após o fim do tratamento. Também foram feitas coletas sanguíneas para determinação da atividade sérica da enzima creatina quinase (CK) antes, 1, 3, 6, 12 e 24 h após o tratamento. As coletas de sangue também foram realizadas para realização de análises de gases e eletrólitos sanguíneos, nos momentos 0, DS e DT. Nos mesmos momentos foi feita a aferição da temperatura retal (TR). Também foram realizadas análises de termografia infravermelha (TIV) da face lateral do pescoço na região pré-escapular esquerda, da região do quadríceps femoral do membro pélvico esquerdo, da região cárpica de ambos os membros torácicos (MT) e da visão lateral dos tendões flexores do MT esquerdo e direito, nos momentos 0 e DT. Aplicou-se análise de variância para medidas repetidas no tempo seguido pelo teste T pareado, com correção de Bonferroni. Para as análises de HE foi realizada análise de variância de uma via para dados não paramétricos por meio do teste de Kruskal-Wallis, seguido pelo teste de Dunnett (P<0,05). A SEI induziu hiperlactatemia e acidose metabólica moderada em todos os grupos experimentais. A FC aumentou em todos os grupos após a SEI, entretanto foi maior no GC em relação aos grupos VCI e GN no momento DT. Entre os grupos, não houve alteração da TR, lactatemia, glicemia e conteúdo proteico de MCT4. A TR, lactatemia, glicemia, gases e eletrólitos sanguíneos aumentaram após a SEI para todos os grupos. O conteúdo proteico de MCT4 diminui 3 e 6h após o tratamento em todos os grupos. Na TIV foi possível observar aumento de temperatura imediatamente depois do tratamento em todas as áreas avaliadas, para todos os grupos experimentais, sem diferença entre os grupos. A CK apresentou elevação em todos os grupos, 6, 12 e 24h após as intervenções. Na HE observou-se aumento da degeneração e necrose muscular 3 e 6h após as intervenções para todos os grupos, e aumento do infiltrado inflamatório 3h após para o grupo VCI. Concluiu-se que o protocolo de VCI utilizado neste estudo não foi capaz de acelerar a recuperação da lactatemia e do equilíbrio ácido-base de cavalos submetidos ao exercício intenso em esteira, nem promoveu alterações na temperatura da superfície cutânea ou na resposta inflamatória muscular causada pelo exercício intenso.

Resumo (inglês)

Vibrating platforms (VP) are devices capable of generating mechanical oscillations that are distributed throughout the body, being considered a form of passive exercise. This type of exercise is classically known as whole-body vibration (WBV). Several benefits of using WBV have been described, such as neuromuscular activation, improved physical performance and development of balance and functional mobility. WBV has been studied and used in many applications in humans, as part of a physiotherapeutic and non-pharmacological protocol, and as an alternative or supplementary method to exercise. However, information on WBV is relatively limited in the equine species. The present study aimed to investigate the effects of WBV as a recovery method after intense exercise in horses. Eight crossbreed horses were used, one castrated male and seven females, aged between seven and 19 years old and with an average body mass of 406 ± 33 kg. Initially, the animals were subjected to an incremental effort test to determine the speed corresponding to the lactate threshold (SLT), and, consequently, the external load of the intense exercise session (IES). The animals were distributed into three experimental groups, in a cross-over design, with all groups undergoing an IES (5 min warm-up, 2 min at 110% SLT and 3 min at 130% SLT). The control group (CG) performed active recovery, while walking on the treadmill. The negative group (NG) was used as a negative control, being placed on the VP turned off. The whole-body vibration (WBV) group performed the recovery period in VP, in a protocol that consisted of five 2-min steps, with decreasing frequencies of 76, 66, 55, 46 and 32 Hz. The recovery period lasted 10 min for all groups. Biopsies of the gluteus medius muscle were taken before (0), immediately after (AT), 3 and 6h after treatment, for muscle histopathological evaluation using hematoxylin-eosin (HE) staining and monocarboxylate transporter 4 (MCT4) content. Heart rate (HR) was monitored throughout the IES and recovery period. Blood samples were collected to determine plasma lactate and glucose at moments 0, immediately after IES (AS), before treatment (BT), AT, 10 min (10min) and 1h after the end of treatment. Blood samples were also taken to determine the serum activity of the enzyme creatine kinase (CK) before, 1, 3, 6, 12 and 24h after treatment. Blood collections were also carried out to perform blood gas and electrolyte analyzes at moments 0, AS and AT. At the same time, rectal temperature (RT) was measured. Infrared thermography (IRT) analyzes were also performed on the lateral aspect of the neck in the left prescapular region, the quadriceps femoris region of the left pelvic limb, the carpal region of both thoracic limbs (TL) and the lateral view of the flexor tendons. of the left and right TL, at moments 0 and AT. ANOVA for repeated measures was applied followed by the paired T test with Bonferroni correction. For HE analyses, one-way ANOVA was performed for non-parametric data using the Kruskal-Wallis test, followed by the Dunnett test (P<0.05). IES induced hyperlactatemia and moderate metabolic acidosis in all experimental groups. HR increased in all groups after IES, however, it was higher in the CG compared to the WBV and NG groups at AT. Between groups, there was no change in RT, lactatemia, glycemia and MCT4 protein content. RT, lactatemia, blood glucose, blood gases and electrolytes increased after IES for all groups. The protein content of MCT4 decreased 3 and 6h after treatment in all groups. In IRT it was possible to observe an increase in temperature immediately after treatment in all areas evaluated, for all experimental groups, with no difference between groups. CK showed an increase in all groups, 6, 12 and 24 h after the interventions. In HE, an increase in muscle degeneration and necrosis was observed 3 and 6 h after the interventions for all groups, and an increase in inflammatory infiltrate 3 h after for the WBV group. It was concluded that the WBV protocol used here was not able to accelerate the recovery of lactatemia and acid-base balance in horses subjected to intense treadmill exercise, nor did it promote changes in skin surface temperature or in the muscular inflammatory response caused by intense exercise.

Descrição

Palavras-chave

Medicina Veterinária, Equilíbrio ácido-base, Frequência cardíaca, Equino, Fisioterapia, Exercício físico

Idioma

Português

Como citar

CARVALHO, J. R. G. - Uso da plataforma vibratória para equinos submetidos ao exercício - 2024, 113f - Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) - Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2024.

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