Publicação: Confinamento de bezerros no período de transição secas-águas e seus efeitos sobre a recria e a terminação
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Autores
Orientador
Siqueira, Gustavo Rezende 
Prados, Laura Franco
Coorientador
Pós-graduação
Zootecnia - FCAV
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Objetivou-se com esse estudo avaliar o impacto da combinação de manejo na transição secas-águas (pasto vs. confinamento) e estratégias nutricionais nas águas (suplemento mineral vs. suplemento proteico energético) sobre o desempenho de bezerros Nelore durante a recria e também na fase de terminação em confinamento. Foram utilizados 120 bovinos Nelores não castrados com 10 ± 1 meses de idade e peso corporal (PC) inicial de 173 ± 23 kg (ao início quatro animais foram abatidos para comporem o grupo referência). A recria foi dividida em transição secas-águas (dia 1 a 63) e águas (dia 64 a 244), e depois foi realizada a terminação (dia 245 a 385) em confinamento. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados (PC inicial como fator de blocagem), em esquema fatorial 2 × 2, sendo o fator 1 manejo na transição secas-águas (pasto vs. confinamento) e o fator 2 estratégia de suplementação durante a recria no período das águas (suplemento mineral vs. suplemento proteico energético). Os tratamentos consistiram em: 1) bezerros a pasto recebendo suplemento proteico energético (5 g/kg PC)na transição e suplemento mineral (ad libitum) nas águas (PSM); 2) bezerros a pasto recebendo suplemento proteico energético (5 g/kg PC) na transição e suplemento proteico energético (3 g/kg PC) nas águas (PSPE); 3) bezerros em confinamento na transição e em pastagem recebendo suplemento mineral (ad libitum) nas águas (CSM); 4) bezerros em confinamento na transição e em pastagem recebendo suplemento proteico energético (3 g/kg PC) nas águas (CSPE). Ao final da recria foram abatidos 12 animais, um de cada lote para compor o grupo referência dos animais durante a recria e inicial do confinamento. Na terminação, os 104 animais remanescentes foram confinados por 141 dias, receberam a mesma dieta (sendo mantidos os mesmos lotes da recria) e ao final todos foram abatidos. O peso corporal, ganho médio diário (GMD), variáveis de pasto e parâmetros sanguíneos foram analisados como medidas repetidas no tempo. Não houve tripla interação entre os fatores e dias experimentais para nenhuma das variáveis analisadas (P ≥ 0,101). Ao final da transição secas-águas (dia 63) os animais confinados tenderam (P = 0,095) em ser 13,9 kg mais pesados que os animais do pasto e ao final da terminação os animais confinados na transição secas-águas foram 18,5 kg (P = 0,036) mais pesados que os animais do pasto. Do dia 63–91, os bezerros submetidos ao manejo pasto tiveram maior GMD (P < 0,001), em 0,284 kg/dia, quando comparados aos bezerros submetidos ao confinamento. Houve interação (P < 0,001) entre manejo na transição secas-águas e dias experimentais para altura e massa de forragem, o uso do confinamento como forma de manejo na transição secas-águas aumentou a altura do pasto em todos os dias experimentais com exceção do dia 13, pois esta foi a coleta inicial e aumentou a massa de forragem dos pastos nos seguistes dias experimentais 92, 144, 172, 200. Ocorreu interação entre manejo na transição secas-águas e dias experimentais para concetrações plasmáticas de albumina (P = 0,011) e aspartato aminotransferase (P = 0,013). Na terminação (dia 245 – 385), os animais que receberam a estratégia nutricional no período das águas de suplemento proteico energético (3 g/kg PC) tiveram maior peso de carcaça quente (P = 0,001) e maior ganho diário de carcaça (P = 0,001) comparado aos animias que receberam suplemento mineral. O uso do confinamento como manejo na transição secas-águas aumentou o consumo de matéria seca (P = 0,008) na terminação a partir da 6ª semana até o final. Animais que foram confinados na transição tiveram 0,95 kg/dia mais ganho de carcaça diário que os animais do manejo pasto (P = 0,016). A utilização do confinamento como manejo na transição secas-aguas altera a estrutura do dossel forrageiro sem alterar sua composição química. O uso do manejo de confinamento na transição secas-águas não altera o desempenho durante a recria, porém aumenta o peso corporal, o ganho diário de carcaça e tende em aumentar o peso de carcaça quente dos animais no final da terminação comparados a animais que foram empregados o manejo de suplementação proteico energética (5 g/kg PC) a pasto.
Resumo (inglês)
The objective of this study was to evaluate the impact of the combination of management in the dry-to-rainy transition (pasture vs. drylot) and nutritional strategies in the rainy season (mineral supplement vs. energy protein supplement) on the performance of Nellore calves during growing and finishing phase. One hundred twenty non-castrated Nellore cattle (10 ± 1 months of age and initial body weight [BW] of 173 ± 23 kg) were used (at the beginning, four animals were slaughtered to compose the reference group). The growing phase was divided into dry-to-rainy transition (days 1 to 63) and rainy (day 64 to 244), and then the finishing phase (day 245 to 385) on the feedlot. The animals were used in a randomized block design (initial PC as blocking factor), in a 2 × 2 factorial arrangement, with factor 1 handling in the dry-to-rainy transition (pasture vs. drylot) and factor 2 supplementation strategy during the growing phase in the rainy season (mineral supplement vs. energy protein supplement). The treatments consisted of 1) calves on pasture receiving an energy protein supplement (5 g/kg BW) in the transition and mineral supplement (ad libitum) in the rainy season (PMS); 2) calves on pasture receiving an energy protein supplement (5 g/kg BW) in the transition and an energy protein supplement (3 g/kg BW) in the rainy (PEPS); 3) drylot calves in transition and pasture receiving mineral supplement (ad libitum) in the rainy (DMS); 4) drylot calves in the transition and pasture receiving an energy protein supplement (3 g/kg BW) in the rainy (DEPS). At the end of the growing phase, 12 animals were slaughtered, one from each treatment to compose the animals' reference group during the finishing phase. At the finishing phase, the remaining 104 animals were fed in a feedlot for 141 days, received the same diet (the same lots were maintained), and at the end, all animals were slaughtered. Body weight, average daily gain (ADG), pasture variables and blood parameters were analyzed as repeated measures over time. There was no triple interaction between the factors and experimental days for any of the variables analyzed. At the end of the dry-to-rainy transition, the drylot animals tended (P = 0.095) to be 13.9 kg heavier than the pasture animals. At the end of the finishing phase, the drylot animals were 18.5 kg (P = 0.036) heavier than grazing animals. In the 63 to 91 experimental days, calves submitted to grazing management had a greater ADG (+ 0.284 kg/day) than drylot calves. There was interaction (P <0.001) between management in the dry-to-rainy transition and experimental days for height and forage mass, the use of drylot as a form of management in the dry-to-rainy transition increased the height of pasture in all experimental days except on the initial collection and increased the forage mass of the pastures in the following experimental days 92, 144, 172, 200. There was an interaction between management in the dry-to-rainy transition and experimental days for albumin (P = 0.011) and aspartate aminotransferase (P = 0.013). For the nutritional strategies in the rainy season, animals that received an energy protein supplement (3 g/kg BW) had a higher hot carcass weight (P = 0.001) and greater daily carcass gain (P = 0.001). The use of drylot as management in the dry-to-rainy transition increased the dry matter intake (P = 0.008) at the feedlot from the 6th week until the end. Drylot animals had 0.95 kg/day more carcass gain than animals from pasture management (P = 0.016). The use of drylot as management in the dry-to-rainy transition alters the forage canopy structure without changing its chemical composition. The use of drylot management in the dry-to-rainy transition does not alter performance during the growing phase, but increases body weight, daily carcass gain and tends to increase the hot carcass weight of the animals at the end of the finishing phase.
Descrição
Palavras-chave
Carcaça, Estratégia nutricional, Histórico animal, Recria, Suplementação, Animal historic, Carcass, Growing phase, Nutritional strategy, Supplementation
Idioma
Português
