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Filosofia da simbiose: escutar a terra e cultivar saberes no ensino de filosofia

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Orientador

Gelamo, Rodrigo Pelloso

Coorientador

Pós-graduação

Educação - FFC

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Na presente tese de doutorado, investigamos o ensino de Filosofia a partir do problema da desterritorialização do saber, um processo que desconecta o conhecimento de nossa terra e da história, fragmentando relações e ignorando nossa ancestralidade. Propomos uma Filosofia da simbiose, fundamentada em nossos estudos sobre ancestralidades. A educação formal nos afasta da diversidade que nos cerca, silenciando ritmos e relações que nos vinculam a humanos e não humanos. Reconhecer o poder da terra em regenerar o que foi devastado pode nos ensinar a cuidar, a sonhar juntos e a agir em sincronia com a vida. No primeiro capítulo, discutimos a desterritorialização do saber a partir da perspectiva dos povos ancestrais. No ensino de Filosofia, esse processo se manifesta tanto na institucionalização excessiva do ensino quanto no foco exclusivo na tradição filosófica europeia, que ignora os problemas do nosso território. Argumentamos que a raiz desse problema está na desconexão com nossa ancestralidade e que uma educação ambiental crítica pode ser um caminho para a reconexão. Para enfrentar essa desterritorialização, propomos, no segundo capítulo, uma investigação filosófica interdisciplinar sobre o universo dos fungos e do mundo microscópico. Esses organismos funcionam como lentes para compreendermos os processos ecológicos que sustentam nossas relações, ao mesmo tempo que nos conectam com nossa ancestralidade não humana e fornecem a base para nossa Filosofia da simbiose. Por fim, no último capítulo, investigamos as conexões não lineares que emergem das relações ecológicas, explorando tessituras, redes oníricas e fúngicas. Ou seja, estudamos as sincronias como formas de saber que nos conduzem à inteligência das conexões fundamentais à biodiversidade. Com isso, buscamos compreender como uma organização escolar pode dialogar com as dinâmicas da floresta, construindo uma rede comunitária de saberes dentro da escola. Esta tese propõe um ensino de Filosofia que cultive essas conexões, que aprenda com as imprecisões e que amplie o espaço para a escuta da terra e para o cultivo de saberes. Somente assim poderemos reaprender a sonhar juntos.

Resumo (inglês)

In this doctoral thesis, we investigate the teaching of Philosophy through the lens of the problem of the deterritorialization of knowledge, a process that disconnects knowledge from our land and history, fragmenting relationships and ignoring our ancestry. We propose a Philosophy of Symbiosis, grounded in our studies on ancestralities. Formal education distances us from the diversity around us, silencing rhythms and relationships that connect us to both humans and non-humans. Recognizing the power of the earth to regenerate what has been devastated can teach us to care, to dream together, and to act in sync with life. In the first chapter, we discuss the deterritorialization of knowledge from the perspective of ancestral peoples. In the teaching of Philosophy, this process manifests both in the excessive institutionalization of education and in the exclusive focus on the European philosophical tradition, which ignores the problems of our own territory. We argue that the root of this issue lies in the disconnection from our ancestry and that critical environmental education can be a path to reconnection. To address this deterritorialization, in the second chapter, we propose an interdisciplinary philosophical investigation into the universe of fungi and the microscopic world. These organisms serve as lenses to understand the ecological processes that sustain our relationships, while also connecting us to our non-human ancestry and providing the foundation for our Philosophy of Symbiosis. Finally, in the last chapter, we investigate the non-linear connections that emerge from ecological relationships, exploring textures, dreamlike networks, and fungal networks. In other words, we study synchronies as forms of knowledge that lead us to the intelligence of the fundamental connections essential to biodiversity. Through this, we seek to understand how a school organization can engage with the dynamics of the forest, building a community network of knowledge within the school. This thesis proposes a Philosophy education that cultivates these connections, learns from uncertainties, and expands the space for listening to the earth and nurturing knowledge. Only then can we relearn how to dream together.

Descrição

Palavras-chave

Filosofia, Ensino de filosofia, Filosofia Estudo e ensino, Educação ambiental, Ancestralidade, Genealogia, Simbiose, Sincronia, Coincidência, Territorialização do saber, Philosophy Study and teaching

Idioma

Português

Citação

SANTOS, Iraceles Ishii dos. Filosofia da simbiose: escutar a terra e cultivar saberes no ensino de filosofia. 2025. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marília, 2025.

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