Desempenho agronômico e fisiológico de feijão à adubação potássica sob estresse hídrico

Abstract

O presente estudo investigou o desempenho fisiológico do feijão-comum (Phaseolus vulgaris) sob diferentes condições de adubação potássica e estresse hídrico. A pesquisa foi conduzida em casa de vegetação, utilizando um latossolo vermelho-amarelo de textura média. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x6, com 4 repetições. Os tratamentos consistiram em duas fontes de potássio (fertilizante organomineral - e cloreto de potássio) e seis doses de cada fonte equivalentes a 0, 50, 100, 150, 200 e 250 kg ha-1). A irrigação foi realizada por gotejamento, com manejo baseado na tensão da água no solo. Foram avaliados parâmetros agronômicos (área foliar, massa verde, massa seca e número de vagens) e fisiológicos (assimilação de CO2, taxa transpiratória, condutância estomática e quenching fotoquímico). Os resultados mostraram que a adubação com FOM promoveu maior área foliar, massa verde e massa seca em comparação ao KCl, especialmente nas doses mais elevadas (200 e 250 kg ha-1). O número de vagens também foi significativamente maior nas plantas tratadas com FOM. Em relação aos parâmetros fisiológicos, a assimilação de CO2 e a taxa transpiratória aumentaram linearmente com o incremento da dose de FOM, indicando maior atividade fotossintética e eficiência no uso da água. A condutância estomática também foi maior nas plantas tratadas com FOM, sugerindo um melhor controle da perda de água por transpiração. O quenching fotoquímico, por sua vez, mostrou diferença significativa apenas na dose mais alta de FOM, indicando uma resposta diferenciada ao estresse em comparação ao KCl. Em conclusão, a adubação com fertilizante organomineral potássico mostrou-se promissora para o cultivo de feijão-comum sob condições de estresse hídrico moderado, promovendo melhorias no desempenho agronômico e fisiológico das plantas e na qualidade do solo. No entanto, mais estudos são necessários para avaliar a viabilidade econômica e ambiental dessa prática em diferentes sistemas de produção e para aprofundar o conhecimento sobre os mecanismos fisiológicos envolvido

The present study investigated the physiological performance of common bean (Phaseolus vulgaris) under different potassium fertilization and water stress conditions. The research was conducted in a greenhouse, using a medium-textured red-yellow Latosol. The experimental design was completely randomized, in a 2x6 factorial scheme, with 4 repetitions. The treatments consisted of two potassium sources (organomineral fertilizer - FOM and potassium chloride - KCl) and six doses of each source equivalent to 0, 50, 100, 150, 200 and 250 kg ha-1 ). Irrigation was carried out by drip, with management based on soil water tension. Agronomic (leaf area, green mass, dry mass and number of pods) and physiological (CO2 assimilation, transpiration rate, stomatal conductance and photochemical quenching) parameters were evaluated. The results showed that fertilization with FOM promoted greater leaf area, green mass and dry mass compared to KCl, especially at the highest doses (200 and 250 kg ha-1). The number of pods was also significantly higher in plants treated with FOM. Regarding the physiological parameters, CO2 assimilation and transpiration rate increased linearly with the increase in the FOM dose, indicating greater photosynthetic activity and water use efficiency. Stomatal conductance was also higher in plants treated with FOM, suggesting better control of water loss through transpiration. Photochemical quenching, in turn, showed a significant difference only at the highest dose of FOM, indicating a different response to stress compared to KCl. In conclusion, fertilization with potassium organomineral fertilizer proved to be promising for the cultivation of common bean under moderate water stress conditions, promoting improvements in the agronomic and physiological performance of plants and in soil quality. However, further studies are needed to assess the economic and environmental viability of this practice in different production systems and to deepen knowledge about the physiological mechanisms involved.