Análise dos Relatórios PeNSE (2015-2019): tempo de tela, participação em aulas de Educação Física e saúde mental

Abstract

Este trabalho tem como objetivo analisar os resultados dos dois últimos relatórios da Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar - PeNSE (2015 e 2019) em relação aos seguintes indicadores: a) tempo de tela, b) participação em aulas de Educação Física e c) Saúde Mental, considerando analisar diferenças em relação aos níveis de ensino (Fundamental – Anos finais e Ensino Médio), gênero e região federativa, com foco especial no estado de São Paulo. Trata-se de uma análise documental e a revisão literária das seguintes variáveis: a) tempo de tela; b) participação em aulas de Educação Física e c) saúde mental, utilizando o PeNSE e a literatura bibliográfica atual das variáveis para comparação de dados. Os resultados mostram que o uso de tempo de tela dos escolares estão cada vez mais alto, fazendo com que haja uma intervenção quanto ao uso de telas enquanto os escolares estão no ensino infantil e ensino fundamental I, pois quando esses alunos chegam no ensino fundamental II e ensino médio é notório o aumento no tempo de tela desses alunos, segundo os dados do PeNSE (2015-2019). O desinteresse pelas aulas de educação física tem tido maior ênfase no Ensino Médio, pois esta é a fase em que o fenômeno se apresenta de forma mais consistente, sendo assim, preciso reforçar a necessidade de fortalecer o papel da educação física no ambiente escolar, garantindo que todos os estudantes tenham acesso a práticas que promovam a saúde desses alunos. A saúde mental vem, desde 2015, tendo um grande aumento na prevalência dos indicadores de solidão, poucos amigos e perda de sono, mostrando como cada vez mais a saúde mental vem necessitando a criação de políticas públicas e a necessidade de criação de programas e ações de saúde mental para os escolares. Espera-se que o presente estudo promova o conhecimento entre professores de Educação Física, na escola e para as famílias, de forma a indicar como essas variáveis analisadas no estudo podem ajudar a refletirem sobre urgente melhoria da saúde dos escolares.

This study aims to analyze the results of the last two reports from the National School Health Survey - PeNSE (2015 and 2019) regarding the following indicators: a) screen time, b) participation in Physical Education classes, and c) Mental Health, considering differences in relation to education levels (Final Years of Elementary School and High School), gender, and federative regions, with a special focus on the state of São Paulo. It involves a documentary analysis and a literature review of the following variables: a) screen time; b) participation in Physical Education classes; and c) mental health, using PeNSE data and current literature on these variables for data comparison. The results show that students' screen time is increasingly high, highlighting the need for intervention on screen use while students are in early childhood education and the first years of elementary school. According to PeNSE data (2015-2019), by the time these students reach the final years of elementary school and high school, there is a noticeable increase in screen time. Disinterest in physical education classes is more pronounced in high school, as this is the phase in which the phenomenon is more consistently observed. Therefore, it is necessary to reinforce the importance of physical education in the school environment, ensuring that all students have access to practices that promote their health. Mental health indicators, such as loneliness, having few friends, and loss of sleep, have seen a significant increase since 2015, demonstrating the growing need for public policies and the creation of mental health programs and actions for students. It is expected that this study will promote awareness among Physical Education teachers, schools, and families, indicating how the variables analyzed in the study can help reflect on the urgent need to improve students' health.