Publicação:
Uso de aditivos em dietas para bovinos confinados

dc.contributor.advisorMachado Neto, Otávio Rodrigues [UNESP]
dc.contributor.authorRibeiro, Richard Vaquero [UNESP]
dc.contributor.coadvisorDeniz, Matheus
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2025-02-05T17:39:02Z
dc.date.available2025-02-05T17:39:02Z
dc.date.issued2024-12-20
dc.description.abstractDois estudos foram conduzidos para avaliar o efeito de aditivos alimentares sobre o desempenho de bovinos durante os períodos de adaptação e confinamento total, bem como em animais em condições de pasto. No primeiro estudo, 120 touros Nelore foram divididos em dois grupos de peso corporal e alocados dentro dos grupos em 24 baias (5 touros/baia). Os seguintes tratamentos dietéticos foram aplicados: MVY: monensina a 18 mg/kg de matéria seca (MS) + virginiamicina a 15 mg/kg de MS + levedura viva a 2 g/animal/dia; NLY: narasina a 13 mg/kg de MS + levedura viva a 2 g/animal/dia; NYC: narasina a 13 mg/kg de MS + cultura de levedura a 7 g/animal/dia; NDY: narasina a 13 mg/kg de MS + levedura seca ativa a 1 g/animal/dia. Os tratamentos foram fornecidos durante o período de adaptação (d1–d21). Amostras de sangue foram coletadas ao final do período de adaptação para avaliar o perfil metabolomico do soro sanguíneo. Durante o período de adaptação de 21 dias, os touros alimentados com NYC tenderam (P = 0,09) a apresentar maior ganho médio diário em comparação aos alimentados com MVY. O consumo de matéria seca (CMS), peso corporal final e a eficiência alimentar foram semelhantes entre os tratamentos. Durante o período de terminação (d22 – d115), os touros alimentados com NLY apresentaram menor (P = 0,04) CMS como porcentagem do peso corporal em relação aos que receberam MVY. Nem a energia líquida observada nem a relação energia líquida observada/esperada diferiram entre os tratamentos (P > 0,05). Não houve efeitos dos tratamentos (P > 0,05) sobre as características da carcaça. Touros alimentados com NDY passaram mais tempo descansando (P = 0,03) e tenderam (P ≤ 0,10) a realizar menos refeições por dia e a consumir mais por refeição em comparação aos alimentados com MVY. O lactato foi o metabólito sérico mais importante para separação de todos os tratamentos, apresentando maior concentração no grupo MVY. Os três metabólitos mais importantes para diferenciar os grupos MVY e NLY foram lactato, creatina e valina, com concentrações mais altas no grupo MVY. Já para diferenciar MVY e NYC, os principais metabólitos foram 3-fenilpropionato, hipurato e betaína, com concentrações mais altas no grupo NYC. Assim, a narasina pode substituir a combinação de monensina e virginiamicina em dietas de adaptação para touros Nelore quando administrada com produtos à base de levedura, e a combinação NYC apresenta resultados promissores. No segundo estudo, uma meta-análise avaliou os efeitos da suplementação de monensina sobre o desempenho de bovinos de corte, parâmetros ruminais e digestibilidade total em diferentes sistemas de alimentação, incluindo ração total (TMR), ração parcial (pTMR) e pasto. O conjunto de dados incluiu 131 publicações revisadas por pares, abrangendo 349 médias de tratamento. Os efeitos da suplementação de monensina foram avaliados usando as diferenças médias ponderadas (WMD) entre os grupos controle (dietas sem monensina) e tratamento (dietas com monensina). A heterogeneidade foi explorada por meio de meta-regressão e análise de subgrupos, considerando fatores como dieta, dose de monensina e características experimentais. A suplementação com monensina reduziu (P < 0,01) o CMS (pasto: -0,92 kg/dia; pTMR: -0,12 kg/dia; TMR: -0,25 kg/dia) e aumentou o ganho médio diário (GMD = 0,06, 0,05 e 0,02 kg/dia, respectivamente) em todos os sistemas de alimentação. No sistema pTMR, o grupo genético e o delineamento experimental influenciaram (P < 0,01) o efeito da monensina sobre as concentrações ruminais de propionato e butirato. Além disso, o consumo de suplemento e o tipo afetaram o efeito da monensina sobre a conversão alimentar (CA) e a concentração ruminal de propionato. No sistema pTMR, um consumo de monensina entre 200 e 300 mg/dia promoveu a melhor melhora na CA (WMD = -1,07 kg/kg; P = 0,011). No sistema TMR, o grupo genético, classe sexual, período de engorda e os níveis de concentrado e proteína bruta na dieta influenciaram (P < 0,01) o efeito da monensina sobre CMS e GMD. O tipo de forragem afetou o efeito da monensina sobre GMD, acetato, butirato e isovalerato (P < 0,01). A suplementação de monensina até 15 mg/kg MS em dietas TMR melhorou a CA (WMD = -0,54 kg/kg; P = 0,001) e aumentou o GMD (WMD = 0,055 kg/dia; P = 0,001). Os efeitos da monensina sobre GMD, CMS e parâmetros ruminais variaram entre sistemas de alimentação e foram influenciados por fatores como composição da dieta, níveis de consumo de monensina, grupo genético, classe sexual e condições experimentais. Assim, todos esses fatores devem ser considerados ao analisar a resposta à monensina, em vez de focar apenas nos efeitos gerais.pt
dc.description.abstractTwo studies were conducted to evaluate the effect of feed additives on cattle performance during the adaptation and total feedlot periods, as well as in animals under pasture conditions. One hundred twenty Nellore bulls were divided into two body weight groups (lighter half and heavier half) and assigned within groups to 24 pens. The following dietary treatments were applied: MVY: monensin at 18 mg/kg of dry matter (DM) + virginiamycin at 15 mg/kg of DM + live yeast at 2 g/animal/day; NLY: narasin at 13 mg/kg of DM + live yeast at 2 g/animal/day; NYC: narasin at 13 mg/kg of DM + yeast culture at 7 g/animal/day; NDY: narasin at 13 mg/kg of DM + active dry yeast at 1 g/animal/day. Treatments were administered during the adaptation period (d1–d21). Blood samples were collected at the end of the adaptation period for serum metabolome profiling. During the 21-day adaptation period, bulls fed NYC tended (P = 0.09) to have a greater average daily gain than bulls fed MVY. Dry matter intake (DMI), final body weight, and feed efficiency were similar (P > 0.05) among treatments. During the finishing period, bulls fed NLY had a lower (P = 0.04) DMI as a percentage of body weight than bulls receiving MVY. Neither observed net energy nor observed/expected net energy ratio differed among treatments (P > 0.05). There were no treatment effects (P > 0.05) on the carcass traits. Bulls fed NDY spent more time resting (P = 0.03) and tended (P ≤ 0.10) to have fewer meals per day and greater DMI per meal than animals fed MVY. Lactate was the most important serum metabolite for discriminating all treatment groups, with a higher concentration in the MVY group. The three most important metabolites for discriminating the MVY and NLY groups were lactate, creatine, and valine, whose concentrations were higher in the MVY group. The three most important metabolites for discriminating MVY and NYC were 3-phenylpropionate, hippurate, and betaine, whose concentrations were higher in the NYC group. Thus, narasin can replace the combination of monensin and virginiamycin in adaptation diets for Nellore bulls when administered together with yeast products, with NYC combination showing a great potential. In the second study, a meta-analysis evaluated the effects of monensin supplementation on beef cattle performance, ruminal parameters, and total tract digestibility in different feeding systems, including total mixed ration (TMR), partial TMR, and pasture. The dataset included 131 peer-reviewed publications that comprised 349 treatment means. The effects of monensin supplementation were evaluated using the weighted mean differences (WMD) between the control (diets without monensin) and treatment (diets with monensin) groups. Heterogeneity was explored through meta-regression and subgroup analysis, which considered factors inherent to the animal, such as diet, monensin dose, and experimental traits. Monensin supplementation reduced (P < 0.01) dry matter intake (DMI) (pasture: -0.92 kg/day; partial TMR: -0.12 kg/day; TMR: -0.25 kg/day) and increased average daily gain (ADG = 0.06, 0.05 and 0.02 kg/day, respectively) in all feed systems. In the partial TMR system, genetic group and experimental design influenced (P < 0.01) the effect of monensin on propionate and butyrate ruminal concentrations. Additionally, supplement intake and type affected the effect of monensin on feed conversion ratio (FCR) and propionate ruminal concentration. In the partial TMR system, a monensin intake of 200–300 mg/day promoted the greatest improvement in FCR (WMD = -1.07 kg/kg; P = 0.011). In the TMR system, genetic group, sex class, fattening period, and dietary concentrate and crude protein levels influenced (P < 0.01) the effect of monensin on DMI and ADG. Forage type affected the effect of monensin on ADG, acetate, butyrate, and isovalerate (P < 0.01). Monensin inclusion up to 15 mg/kg DM in TMR diets improved FCR (WMD = -0.54 kg/kg; P = 0.001) and increased ADG (WMD = 0.055 kg/day; P = 0.001). The effects of monensin on ADG, DMI, and ruminal parameters varied across feeding systems and were influenced by factors such as diet composition, monensin intake levels, genetic group, sex class, and experimental conditions. Thus, all these factors should be considered when analyzing the response to monensin rather than focusing solely on the general effects.en
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.description.sponsorshipIdCapes, codigo de financiamento 01
dc.identifier.capes33004102002P0
dc.identifier.citationRIBEIRO, R.V. - Uso de aditivos em dietas para bovinos confinados - 2025, 76f - Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", Jaboticabal, 2024.pt
dc.identifier.doiF
dc.identifier.lattes4074726855418120
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11449/260350
dc.language.isoeng
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso abertopt
dc.subjectAntimicrobianospt
dc.subjectBovinos de cortept
dc.subjectConfinamentopt
dc.subjectDesempenhopt
dc.subjectLeveduraspt
dc.titleUso de aditivos em dietas para bovinos confinadospt
dc.title.alternativeUse of feed additives in diets for feedlot cattlept
dc.typeDissertação de mestradopt
dspace.entity.typePublication
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabalpt
unesp.embargoOnlinept
unesp.examinationboard.typeBanca públicapt
unesp.graduateProgramCiência Animal - FCAVpt
unesp.knowledgeAreaNutrição e alimentação animalpt
unesp.researchAreaNutrição de bovinos de corte.pt

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